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Concentrados no novo ano para manter nível de 2008
SUSANA CARDOSO

É verdade que o ciclo positivo trilhado pela equipa nos últimos três jogos, onde não conheceu a derrota - empate na Figueira da Foz e triunfos sobre o Leixões e Setúbal, este último na Taça de Portugal Millennium -, parece ter colocado um ponto final nas oscilações que se verificaram esta época. Hoje à tarde, em casa do Rio Ave, é de esperar um Guimarães de volta à melhor forma. Pelo menos este foi o desejo formulado pelo treinador Manuel Cajuda, empenhado no rápido regresso da filosofia do ano passado. "Temos de ser favoritos em todos os jogos, com a mentalidade de jogar para ganhar, mesmo sabendo que nem sempre será possível". Foi desta forma que começou a lançar o duelo com os vila-condenses, o primeiro compromisso de 2009, no qual espera, pelo menos, "pontuar, até porque se a equipa não perder fora e ganhar em casa será fantástico". "Se a cada dois jogos fizermos quatro pontos será muito bom", acrescentou.

Sem querer alargar-se em comentários às declarações do presidente do clube, Emílio Macedo da Silva, nas quais o líder vimaranense vincou a ideia de que os minhotos não estão "a fazer um campeonato à imagem do Vitória", o treinador lá contrapôs a sua visão: "Dentro da realidade dos últimos seis meses não estamos abaixo das expectativas, mas dentro delas é provável que sim", confidenciou, enquanto se mostrou satisfeito pelo facto de as lesões terem "deixado de incomodar, permitindo à equipa uma maior força".

Quando a conversa chegou aos tão desejados reforços de Inverno, o responsável técnico vitoriano recusou-se a falar "daquilo que não aconteceu", porque foi assim que venceu "todas as batalhas". "Quando vim para cá não escolhi os jogadores e foi com estes que venci. Não podemos desvalorizar o que não existe. As minhas grandes vaidades são com estes jogadores", rematou.

O Benfica dá mais do que se viu na Trofa"
M.S.

Ó Quim! Como é que ficou o Benfica?" Do alto da escadaria que conduz aos campos de treinos do Guimarães, um adepto tardio, de pronúncia cerrada e riso na voz, sintetizou o sentimento com que amanheceram os adeptos vimaranenses. Como em tudo, há excepções, e também houve quem não gostasse de ver tanto Benfica na televisão, por maior que tenha sido a surpresa da derrota na Trofa, na véspera. Revoltado, o homem já tinha saudades de rever a vitória da equipa de Cajuda, em Vila do Conde. Nuns e noutros, alegria e ansiedade conduzem ao mesmo fim: amanhã, o Guimarães tem a hipótese de acentuar a crise encarnada, na Taça da Liga. Excepcionalmente, houve uma voz do balneário a antecipar o reencontro com o clube da Luz, que foi mais feliz em Guimarães do que na Trofa. Por mais agradável que seja a ideia de mais uma noite de festa com pronúncia do Norte, Moreno não crê que a história da 13ª jornada traduza a natureza do Benfica. "Com os problemas dos outros, a gente não se preocupa", começou por referir, num exercício defensivo, adequado à condição de central, porém sem deixar de reconhecer que a exibição da equipa de Quique Flores ficou aquém das expectativas. "Sinceramente, espero e sei que o Benfica dá mais do que se viu na Trofa", admitiu, sem se desviar da ideia inicial: "Os problemas do Benfica não nos dizem respeito." Sobretudo quando o ano começou vitorioso, farto em golos (2-4 ao Rio Ave). "Fez-nos bem!", recordou, alegre. "O Vitória está na luta", sublinhou depois, porque, mesmo quando as contas da I Liga são postas de parte por 90 minutos, como na Carlsberg Cup, o defesa acredita que será "capaz de se assumir", disposto a "correr e marcar mais". "É a grandeza do clube que o exige".

Pimentel escreveu:Vamos ver se é mesmo a escolha acertada

Johny89 escreveu:

Pimentel escreveu:Vamos ver se é mesmo a escolha acertada

Claro que é acertada, o campeonato português é bem mais competitivo que o Romeno, e indo para o Guimarães dá mais nas vistas do que na Roménia ...

goleador escreveu:cajuda em maus lençois

Cícero vai-se embora com Rio Ave à espreita
BRUNO FILIPE MONTEIRO

Meio ano depois de ter chegado a Guimarães a custo zero, transferido dos russos do Dínamo de Moscovo, Cícero está de partida da Cidade-Berço. O avançado não convenceu Nelo Vingada durante a pré-temporada e acabou incluído na lista de dispensados dos vitorianos. A notícia não foi propriamente uma surpresa para este descendente de guineenses formado nas escolas do Braga, que já se encontra no mercado (português e estrangeiro) à procura de uma nova morada. Hipóteses parecem não faltar, sendo o Rio Ave uma delas. Para já, no entanto, prefere não adiantar muito em relação ao futuro, embora não coloque de lado a possibilidade de voltar a emigrar. "Estou a ver o que é melhor para mim. Só quero é jogar", revelou a O JOGO.

Por ainda estar contratualmente ligado ao Guimarães por mais uma temporada, Cícero terá sempre de se sentar à mesa com os dirigentes vimaranenses antes de tomar qualquer decisão. A rescisão é uma possibilidade, apesar de, nesta altura, as duas partes ainda não terem conversado sobre o assunto. O avançado, que na última temporada alinhou apenas em quatro jogos e não fez qualquer golo, espera ter uma reunião nos próximos dias, até porque deseja ver resolvida a situação "o mais rápido possível". O interesse, de resto, parece ser mútuo, uma vez que Emílio Macedo e seus pares pretendem ter a questão dos excedentários - desta lista constam ainda os nomes dos brasileiros Wênio, Paulo Henrique e Felipe Tigrão - solucionada, no máximo, até segunda-feira.