Actualidade: Pré-Temporada 2008/2009

Eficácia galega num justo triunfo



Para defrontar o Corunha, o técnico maritimista escolheu o melhor “onze” entre os atletas disponíveis. Apostando uma vez mais no 4x4x2, como havia prometido, Lori Sandri viu a sua equipa falhar a primeira grande oportunidade do jogo logo aos 10 minutos, num lance em que Manu, servido por João Luiz, desperdiçou na “cara” do guarda-redes espanhol.
Na resposta, o Corunha mostrou quanto letal era o seu contra-ataque e deste modo inaugurou o marcador, por intermédio de Riki, com um remate à meia-volta, após um passe longo de Juan Rodriguez.
O Marítimo reagiu de forma tímida à vantagem dos galegos, mas Zé Gomes, aos 24’ obrigou Daniel a uma intervenção apertada.
Com Djalma em destaque, o Marítimo equilibrou o jogo, mas Juan Rodriguez fez o 2-0, ainda antes do intervalo, num cabeceamento no interior da área, após um livre cobrado por Sérgio.
Na etapa complementar, Sandri voltou a experimentar o 3x5x2, fazendo entrar Marcinho e Miguelito. Com isso, a equipa assumiu o controlo da partida, mas voltou a mostrar ineficácia ofensiva em três oportunidades claras de golo, uma das quais por Pedro Moutinho, com a bola a embater na barra.
O Corunha, por sua vez, revelou dificuldades neste período em impor o seu jogo, apesar de se mostar sempre mais perigoso. As duas equipas acabaram reduzidas a dez, devido às expulões de Guardado e Zé Gomes e o resultado não se alterou até final.

Marítimo 0 - Corunha 2
Estádio Olímpico, em Caracas.
Árbitro: Mikel Gómez (Venezuela).
MARÍTIMO: Marcos, Zé Gomes, Fernando Cardozo, João Guilherme e Carlos Fernandes, João Luiz, Olberdam (cap.), Sidnei e Djalma, Manu e Bruno Fogaça.
Jogaram ainda: Miguelito, Marcinho, Gonçalo, Pedro Moutinho e Debray.
Treinador: Lori Sandri.
DEP. CORUNHA: Daniel Aranzubia , Manuel Pablo (cap.), Zé Castro, Lopo, Pisco, Filipe, Sérgio, Juan Rodriguez, Valerón, Riki e Lafita
Jogaram ainda: Guardado, Omar Bravo, Mista e Guanan.
Treinador: Miguel Angel Lotina.
Acção disciplinar: cartão amarelo para Riki (36), João Luiz (36) e Guardado (85). Cartão vermelho para Guardado (85) e para Zé Gomes (89).
Golos: Riki (11) e Juan Rodriguez (40).

Folga antecede regresso a Portugal amanhã à tarde
O plantel “verde-rubro” vai gozar hoje uma merecida folga, o que irá permitir aos atletas e restantes componentes da comitiva poderem conhecer Caracas e efectuarem algumas compras.
Amanhã a equipa regressa a Portugal. O voo está previsto para as 16h15 locais (21h45 na Madeira) e a chegada a Lisboa verificar-se-á pelas 06h00. Segue-se o voo de ligação para o Porto, pelas 10h00, e uma viagem de autocarro para Melgaço, localidade onde a equipa vai cumprir a derradeira fase do estágio de pré-temporada e onde irá realizar mais quatro jogos, com o Vianense, Celta de Vigo, Trofense e Chaves. O regresso à Região está aprazado para o dia 14 de Agosto.

Verde-rubros de visita à “Academia do Bacalhau”
A comitiva maritimista cumpre hoje o seu derradeiro compromisso social na Venezuela, com uma visita à sede da Academia do Bacalhau, em Caracas.
Ontem, porém, após a partida com o Corunha, atletas, técnicos e dirigentes foram até Turumo, à sede social do Centro Marítimo da Venezuela, onde foram agraciados com um jantar.
Foi uma oportunidade mais para o convívio com os emigrantes madeirenses que voltaram a acolher a comitiva madeirense com grande entusiasmo. Nesse particular, há a destacar a forma carinhosa como os “verde-rubros” têm sido sempre acolhidos pela comunidade.

Cinco mil adeptos assistiram ao “duelo” ibérico
A organização do jogo entre o Marítimo e o Deportivo da Corunha informou que foram vendidos cinco mil ingressos para o jogo. Um número abaixo daquilo que era previsível, já que o encontro vinha despertando grande interesse entre os emigrantes madeirenses e espanhóis residentes em Caracas. Os altos preços dos bilhetes (oscilavam entre 23 e 90 euros), afastou muitos adeptos do estádio.

Marítimo na Venezuela
Esboço do onze

Tendo por base os três desafios disputados em solo venezuelano, alguns jogadores parecem partir em vantagem para Melgaço no que diz respeito à luta por um lugar no onze.
Embora ainda exista tempo para 'apanhar o comboio', a verdade é que Lori Sandri tem já ideias bem definidas relativamente aos elementos que poderão merecer a sua confiança na primeira fase da época.
Começando pela baliza, Marcos continua a ser o escolhido, como era, aliás, previsível. Depois, tudo mudará consoante a táctica utilizada. Partindo do pressuposto que o 3x5x2 é o modelo que mais tem agradado ao treinador (conforme reconhece o próprio), os três centrais - pelo menos até à chegada de Van der Linden, que está ainda a recuperar de uma lesão - serão João Guilherme, Cardozo e Carlos Fernandes. Se o esquema incluir uma linha defensiva de quatro defesas, Fernandes deriva para a esquerda, com Zé Gomes a posicionar-se no flanco oposto.
Mas voltando ao 3x5x2, no meio-campo Lori Sandri impõe a obrigação de correr pelos corredores a Zé Gomes e Miguelito, enquanto o miolo tem sido ocupado por Olberdam e João Luiz, estando ainda à espera de entregar a organização do jogo ao capitão Bruno Fernandes.
Na frente é que tudo se complica, com Manu e Djalma (este tem a dupla de missão de situar-se na zona central, derivando depois para a direita sempre que necessário) a se adiantarem na corrida com Paulo Jorge, que terá de recuperar o tempo perdido agora em Melgaço.
No posto de ponta-de-lança têm alternado Fogaça e André Pinto, muito embora pertençam a Pedro Moutinho as melhores indicações no tocante a essa função. Trio que já conhece o nome do eventual novo adversário pela titularidade, o uruguaio Taborda, avançado que o Marítimo está a tentar adquirir.

Dia de folga e viagem
A equipa técnica concedeu folga aos seus pupilos no dia de ontem, condicionando-os somente à obrigação de jantar no hotel. A partir de então, os atletas voltaram a estar em regime de concentração. De resto, a viagem para Melgaço inicia-se às 21h45 de amanhã (16h15, na Venezuela), com a chegada a Lisboa a estar prevista para as 6h30. A ligação para o Porto está marcada para as 10 horas, seguindo-se nova viagem, desta feita de autocarro, até Melgaço.

Djalma e Olberdam em evidência
Concluída a primeira metade do estágio de pré-temporada, é tempo para retirar algumas ilações. E no plano positivo, há que referir o nome de dois elementos que parecem prontos a desempenhar papéis de relevo na estrutura do conjunto de Lori Sandri: Djalma e Olberdam.
O primeiro, que esteve com um pé fora do clube, foi o único capaz de criar desequilíbrios ao longo dos três jogos de preparação, tendo inclusive apontado dois dos três golos que a equipa marcou em solo venezuelano. Seja no meio ou nas alas, Djalma assume-se como o 'ás' dos madeirenses, parecendo capaz de assumir sozinho as despesas do ataque.
Quanto a Olberdam, que até capitaneou a equipa nos jogos frente ao Caracas FC e Corunha, desempenhou na perfeição o papel de líder. O médio apresenta já uma boa forma física que lhe permitiu vencer quase todas as lutas individuais com os seus adversários. Foi a melhor unidade do miolo e deverá ter lugar garantido no onze ao lado de... Bruno.

3x5x2 em vantagem
Lori Sandri admite que tem gostado do esquema mas diz que os testes vão prosseguir

No final da primeira etapa do estágio maritimista, já existe um ponto de referência em relação à forma como o Marítimo apresentar-se-á nas diferentes provas em que está envolvido.
Lori Sandri reconheceu que o modelo que inclui três centrais tem sido o que mais lhe agradou até ao momento, como sucedeu durante o encontro frente ao Desportivo da Corunha. "Utilizámos o 4x3x3 na primeira parte para ver como é que a equipa se comportava, mas na segunda optei por voltar ao 3x5x2 e acho que melhorámos no segundo tempo" apontou o técnico.
No entanto, e embora tenha gostado "mais" da etapa complementar, pensa continuar a efectuar experiências a este nível, mas admite que o modelo com três defesas "possa ser um ponto de trabalho no início". Ainda assim, acrescenta que dispõe de "mais quatro jogos" de preparação em Melgaço, os quais aproveitará para "continuar a promover alterações", dando mostras de ainda não estar completamente certo do melhor dispositivo para o Marítimo, até porque faltam algumas unidades importantes na equipa, nomeadamente o capitão Bruno.
De resto, e restringindo a conversa ao jogo com o Desportivo da Corunha, o técnico reconhece a superioridade dos espanhóis. "Encontrámos um adversário mais qualificado, com uma qualidade técnica um pouco superior à nossa" referiu, antes de abordar as incidências do jogo.
Lori Sandri considerou que os seus pupilos até começaram "bem" e poderiam ter "conseguido ganhar vantagem o que certamente mudaria a história do jogo". Assim não aconteceu e acabaram "surpreendidos no contra-ataque e sofrer um golo. A partir daí o Corunha dominou todo o primeiro tempo", descreveu.
Com a mudança na estrutura táctica, o Marítimo melhorou segundo o treinador "dispôs de mais oportunidades, enquanto o Corunha preferiu apostar no contra-ataque". Lori Sandri considerou que a equipa "atingiu os objectivos pretendidos" com a realização do encontro, "embora o resultado seja diferente" daquele que queria.

Direcção viu falhas
Em jeito de balanço ao estágio promovido em Caracas, Lori Sandri deu nota bem negativa à forma como a Liga Premier conduziu a operação... "A organização falhou muito, mas não sou eu que vou estar a criticar. A direcção estava aí, sabe o que ocorreu", aludiu.
O importante, conforme vincou, é que o plantel "realizou o seu trabalho, independentemente das dificuldades. Esta etapa compreendia três jogos e conseguimos realizá-los" valorizou.

Zé Gomes na 'berlinda'
A expulsão do lateral Zé Gomes no final da partida diante do Desportivo da Corunha não caiu bem à equipa técnica. "A expulsão do Zé Gomes será resolvida internamente e depois veremos o que faremos" começou por salientar Lori Sandri.
Para o treinador, "independentemente de tratar-se de um jogo amigável", a equipa técnica "não gosta de ter ninguém expulso". O defesa terá alegadamente agredido um atleta do Corunha quando tentava ganhar posição junto à área contrária. O árbitro auxiliar acompanhou o lance e pediu ao seu chefe de equipa para expulsar o maritimista.
Primeiro, o juiz equivocou-se dando ordem de expulsão a Pedro Moutinho e foi Zé Gomes que ajudou a diluir as dúvidas, dando um passo em frente no sentido de reconhecer que tinha sido o protagonista do lance.

Em foco
Poucos foram os que aguardavam a comitiva maritimista em Turumo, no Centro Marítimo da Venezuela. O horário tardio da visita não ajudou, o facto do dia seguinte ser de trabalho também não e o resultado frente ao Corunha, esse, tornou tudo um pouco mais complicado.
O presidente do Centro, Sidónio Rodrigues, primou pela ausência em virtude de estar gozar um período de férias, e em representação da direcção esteve o madeirense Gregório Vicente e o lisboeta Victor da Silva. Os cerca de 500 sócios da instituição não aproveitaram a oportunidade para conhecer os jogadores, apenas uma dezena de pessoas compareceu, desdobrando-se em esforços para obter fotos com todos os atletas. E conseguiram-no! Após o jantar, o plantel maritimista pôde observar o espólio do Marítimo local, com os atletas a mostrarem-se surpreendidos com a quantidade de taças que simbolizam o enorme sucesso da filial número 6 dos verde-rubros.
Perder? Nem a feijões! E os imigrantes que assistiram ao encontro frente ao Desportivo da Corunha que o digam... De facto, o cariz particular do embate não incutiu menor seriedade à forma como os adeptos do Marítimo digeriram a derrota.
Tristes e chateados com a maneira como a equipa se comportou, alguns evocaram mesmo o passado para comparar e criticar a postura do conjunto actual. Também por isso não foi de estranhar que a saída dos portugueses do estádio tivesse sido bem mais apressada do que a dos espanhóis. Esses, que estiveram em maioria, não descoloram um segundo da comitiva do Corunha. Cânticos, pedidos de autógrafos e fotografias em catadupa, que quase impediram o treino posterior ao embate para os atletas que não foram utilizados.

Fazer de Taborda o novo Makukula
Um novo Maukukula. É isso que a administração do Marítimo pretende de Taborda, o avançado cuja cedência estão a tentar conseguir junto do Deportivo da Corunha.
O avançado uruguaio, contratado em 2005 pelos espanhóis ao Defensor Sporting a troco de 2,9 milhões de euros, não tem sido feliz em Espanha.
Nunca conseguiu impor-se pela sua qualidade e além disso tem sido vítima de sucessivas lesões musculares que complicaram ainda mais a sua afirmação na equipa. Aliás, neste momento Taborda está a contas com mais um ligeiro problema de ordem muscular, que impediu que acompanhasse a equipa na digressão pela Venezuela.
Para além das suas semellhanças com Makukula no que toca à forma de jogar - possante, bom no jogo aéreo e não muito evoluído tecnicamente - Taborda acaba assim por ter uma história recente semelhante à do ex-jogador do Marítimo, que chegou à Região com o objectivo de relançar a sua carreira após anos sucessivos de azares e lesões.
A passagem pelo Marítimo foi a melhor coisa que aconteceu a Makukula e também ao Sevilha, clube a que estava ligado e que acabou por vender o jogador ao Benfica por valores muito interessantes e é com o exemplo do agora jogador do Benfica que Carlos Pereira tem procurado convencer o presidente do Corunha, Augusto César Lendoiro.
Embora jogue muito pouco, Taborda ganha cerca de 450 mil euros/ano no Corunha uma verba elevada e à qual há a juntar os 2,9 milhões de euros pagos pelo clube espanhol para a sua contratação.
Caso seja bem sucedido na Madeira, Taborda poderá abrir outras 'portas', permitindo ao 'Depor' recuperar o investimento e é esse argumento que Pereira utilizou junto do presidente do Corunha.
Resta saber se Lendoiro se vai deixar convencer.

Contra-ataque melhorou com o sistema 4x4x2



«Defrontámos um adversário mais qualificado e com uma qualidade técnica um pouco superior à nossa. Tivemos um bom começo de jogo e até poderíamos ter saído na frente, o que certamente mudaria até a própria história do jogo, mas fomos surpreendidos no contra-ataque. Tomámos um golo e aí o Corunha praticamente dominou todo o primeiro tempo», disse Lori Sandri no final do embate com os espanhóis, que venceram o encontro por 2-0, golos obtidos na primeira metade.
Ainda no entender do técnico dos madeirenses, «no segundo tempo, com as modificações à maneira de jogar, conseguimos equilibrar o jogo e tivemos mais oportunidades de poder definir mais em relação ao primeiro tempo, através do nosso contra-ataque. É claro que, em termos de resultados, fica um poquinho aquém do que gostaríamos...».
Sem se deter, sempre foi dizendo que era objectivo «mudar o contra-ataque, o primeiro tempo em 4x3x3, para poder observar como é que a equipa ia se comportar contra uma grande equipa. Depois, na segunda metade, retornei ao sistema que vinha enpregando (4x4x2) e acho que melhorou mais, mesmo tendo em conta a postura também do Corunha».
Antevendo o futuro e os próximos compromissos antes do início oficial da Liga portuguesa, Sandri referiu que o Marítimo «vai ter ainda mais quatro jogos e vou diversificar. Temos de analisar todas as opções mas gostei da forma como terminámos o jogo com o Corunha. Terei, então, de reformular a filosofia do nosso ataque, algo que irei observar agora daqui para a frente».

Bolas paradas e... altas
Regressando à análise do jogo com os galegos, lembrou o golo sofrido de bola parada e alertou que a equipa «nas bolas altas», lances a partir dos quais «tomámos os golos da outra partida, também de bola parada».
Numa análise à digressão pela Venezuela, o treinador dos “verde-rubros” aludiu ao facto de a organização «ter falhado muito e não sou eu que vou estar a criticar isso. Essa parte cabe à direcção estava aí e ela sabe o que ocorreu. Quanto a nós, realizámos o nosso trabalho, às vezes com uma certa dificuldade, mas acabámos por fazer três jogos que é o que precisávamos...».

Zé Castro gostou do Marítimo e salienta «boa equipa»
Zé Castro, central do Corunha, disse «estar satisfeito no Corunha e sinto que posso fazer uma temporada bastante boa. Até agora estou a gostar. Na 1.ª parte da digressão havia muito calor para treinar e as condições não são as melhores. Há muita gente espanhola e portuguesa por aqui (Venezuela) e, neste caso, só por isso, vale a pena». De acordo com o jogador, o lugar no centro da defesa que ocupou «foi o treinador que me pediu», reconhecendo ser bom «saber que tenho pessoas que apostam em mim. É muito bom para a minha evolução». Noutro contexto, lembrou que «no ano passado as coisas não me correram muito bem, mas agora quero voltar a jogar e evoluir cada vez mais para chegar onde quero». «Sou ainda jogador do Atlético de Madrid, mas o Corunha tem uma opção de compra, vamos ver. Quero fazer a melhor época possível e sei que tenho que trabalhar bem e tudo virá por acréscimo», disse. Quanto ao Marítimo: «sinceramente gostei e tem uma boa equipa...».

Comitiva insular de folga conheceu Caracas
Ontem, último dia em terras venezuelanas, a comitiva maritimista cumpriu uma merecida folga. Conhecer a capital Caracas e compras foi o “prato forte” da delegação madeirense, num dia em que também foi cumprido o derradeiro compromisso social. Tratou-se da visita à sede da Academia do Bacalhau, com atletas, técnicos e dirigentes a tomarem conhecimento da referida instituição. Referência, ainda, para mais um convívio com os emigrantes madeirenses radicados naquele país, que diga-se acolheram com grande entusiasmo, durante todos os dias, a comitiva insular na Venezuela.

Segue-se estágio em Melgaço até ao dia 14
A delegação madeirense deixa hoje a Venezuela, regressando ao território nacional. O voo que tratá a colectividade insular até ao nosso País sai às 16h15 locais (21h45 na Região) rumo a Lisboa, onde deverá chegar pelas 6h00. Depois de quatro horas na capital, os “verde-rubros” viajam para o Porto (10h00), empreendendo em seguida uma viagem (de autocarro) até Melgaço, no Minho. Vianense, Celta de Vigo, Trofense e Chaves são os adversários nesta fase, com o regresso à Madeira a acontecer dia 14 do corrente.

Trajados a rigor
Ontem foi, também, dia de provas, mas fora do relvado, para os jogadores do Marítimo, que tiveram de experimentar os novos fatos que serão utilizados nas deslocações esta temporada, nomeadamente nas que dizem respeito à Taça UEFFA. Para o efeito, alguns elementos da marca Enrico Silvani, responsável pela manufactura da indumentária, deslocaram-se propositadamente a Melgaço para tirar as medidas dos craques maritimistas, tal como documenta a foto, com mo defesa João Guilherme em destaque.

Bruno é a única “baixa”
Evolui praticamente na máxima força o plantel do Marítimo neste estágio em Melgaço. Sem lesões a lamentar, Lori Sandri tem contado com a total disponibilidade de 26 jogadores nos treinos que tem orientado. O “capitão” Bruno tem sido o único ausente das sessões limitando-se a fazer corrida em torno do relvado. Na Holanda continua o central Van der Linden a recuperar de uma lesão no joelho.

“A doer”
Depois de na véspera terem feito apenas um treino de desentorpecimento muscular, devido à longa viagem que fizeram entre a Venezuela e Alto-Minho, os atletas do Marítimo já não foram poupados a esforços na sessão de trabalho de ontem, tendo Lori Sandri orientado duas sessões, com quase duas horas cada uma, onde já introduziu o contacto com a bola.

Primeiros golos
Na sessão de treino matinal, um dos exercícios contemplados foi a simulação de situações de ataque e defesa, com o técnico dos verde-rubros a dividir o plantel em quatro grupos, para uma espécie de duas “mini-peladinhas” que decorreram junto às balizas. Destaque nesses aprontos para os primeiros golos deste estágio, com Olberdam, que bisou, Luís Olim, Sidnei e Gonçalo a fazerem o gosto ao pé, com tentos de belo efeito.

Finalização
De tarde, houve novo preparo, com Lori Sandri a privilegiar desta feita o aperfeiçoamento da finalizaçao, primeiro com remates livres e depois com oposição. Destaque para Marcinho e João Coimbra, na primeira das fases, a revelarem pontaria acertada.

Pereira no sábado
O líder maritimista Carlos Pereira, cuja presença no continente é esperada este sábado, irá substituir o director Jacinto Vasconcelos na chefia da comitiva “verde-rubra”. Carlos Pereira deve chegar ao norte do país a tempo do primeiro jogo da equipa, frente ao Vianense, sábado às 18h00, permitindo que Jacinto Vasconcelos regresse à Madeira, depois de já ter acompanhado o grupo na digressão venezuelana.

Clima ameno
Coincidência, ou não, desde que o Marítimo chegou a Melgaço, a temperatura no Alto-Minho desceu significativamente em relação às anteriores semanas. O calor abrasador que se fez sentir nos últimos dias, deu lugar a um céu cinzento, com a constante ameaça de chuva, e com temperaturas bastante amenas para este período do ano. Algo que Lori Sandri, certamente, agradecerá que se mantenha nos próximos dias…

'Titulares' derrotados



Nesta altura do 'campeonato', já são bem visíveis as opções do técnico Lori Sandri no tocante à composição das suas primeiras escolhas. Assim sendo, é possível exaltar o facto do treino de conjunto matinal, desenvolvido ontem, ter sido ganho pela equipa que foi composta por segundas soluções - único golo foi apontado por André Pinto.
Conjunto secundário que, refira-se, deverá iniciar o encontro de hoje, diante do Vianense, a partir das 18 horas, enquanto o principal terá de medir forças amanhã, à mesma hora, frente ao Celta de Vigo. Eis a equipa para hoje: Marcelo, Briguel, Balu, Luís Olim, Carlos Fernandes, Ortiz, Sidnei, Marcinho, Gonçalo, André Pinto e Debray.
À tarde, o preparo foi dominado por acertos tácticos e posicionais no relvado, com Lori Sandri a mostrar-se bastante interventivo.

“Onze” testado para jogo com o Vianense
O Marítimo tem hoje, às 18h00, o primeiro dos quatro encontros de preparação que vai fazer no norte do país, durante este estágio. O adversário desta tarde é o Vianense, equipa de Viana do Castelo, recém promovida à 2ª divisão nacional. Para este ensaio, teoricamente com baixo grau de dificuldade, Lori Sandri já testou, no treino matinal de ontem, aquele que poderá ser o onze para a partida de. Na habitual peladinha, o treinador brasileiro formou uma equipa, assente num esquema de três centrais, formada por: Marcos, Fernando, João Luíz e Cardozo, José Gomes, Olberdam, João Guilherme e Miguelito, Manu, Pedro Moutinho e Djalma, reforçada posteriormente com as entradas de Paulo Jorge, João Coimbra e Bruno Fogaça. Curiosamente, no apronto de ontem esta formação “titular” perdeu com os “suplentes”, com os golos de Carlos Fernandes e André Pinto a fazerem a diferença.

Cadência de jogos “quase” ininterrupta
O dia de hoje marca o início de uma série de jogos quase diária que a equipa do Marítimo vai efectuar até à próxima quarta-feira, o final deste estágio no norte do país. Assim, além do ensaio desta tarde frente ao Vianense, amanhã a um novo teste, desta feira contra os espanhóis do Celta de Vigo, no habitual Torneio Município de Melgaço. Na 2.ª feira, não está agendada qualquer partida, mas nos dias seguintes, surgem novamente os ensaios, desta feita frente Trofense, adversário na I Liga, e com Chaves, na apresentação da equipa flaviense aos sócios.

“Capitão” volta a queixar-se...
Depois do discurso de semblante pesado, da parte da manhã, devido à lesão que o tem impedido de treinar, Bruno voltou a sentir dores, no apronto da tarde. Poucos minutos depois de ter começado os exercícios de restabelecimento da mazela. o médio voltou a queixar-se do gémeo da perna esquerda, que o obrigaram a parar imediatamente a marcha. O “capitão” passou o resto da sessão a aplicar gelo sobre a zona dorida.

Balú à espreita de... um lugar
O jogador brasileiro, que habitualmente alinha na equipa B, teve, depois da digressão na Venezuela, nova oportunidade para, em Melgaço, provar ao técnico Lori Sandri o seu valor e tentar assegurar uma vaga na formação principal. Balú espera “afirmar-se de vez na equipa principal do Marítimo” e para tal acha que a sua polivalência pode ajudar: “No futebol temos que nos adaptar. Todos termos uma posição preferencial, eu sinto-me melhor a “trinco”, mas se for preciso a central...”.

Marítimo-Guimarães adiado e na televisão
O jogo Marítimo-Guimarães, da 2.ª jornada da Liga, que estava inicialmente marcado para o dia 31 de Agosto (domingo), será adiado para o dia seguinte, ou seja para a segunda-feira 1 de Setembro, a partir das 19h15, isto tendo em vista a transmissão televisiva da partida pela Sport TV. O adiamento prende-se também com o facto do Guimarães ter que disputar, a 27 Agosto, a 2.ª mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões, na Suíça ante o Basileia.

Marítimo 1 Vianense 0
Fogaça no meio de uma chuva de golos perdidos
Vitória magra diante do Vianense reflecte uma finalização desastrosa.





Quem erra assim... não merece perdão. Antes, sim, um valente castigo. E se o adversário não se chamasse Vianense (II Divisão) e tivesse só um pouco mais de qualidade, o Marítimo teria certamente a devida penalização pela forma esbanjadora como desperdiçou as oportunidades flagrantes de que dispôs.
O mais perdulário, é preciso que se diga, foi o madeirense Gonçalo - embora tenha sido igualmente o que mais trabalhou na frente de ataque -, começando por enviar uma bola ao ferro logo nos primeiros segundos. Depois, nem isolado conseguiu encontrar o caminho das redes do Vianense por duas ocasiões. Mais atletas seguiram-lhe o exemplo no primeiro período do desafio, autenticamente de sentido único: o das redes do Vianense.
A segunda parte foi semelhante, embora o caudal ofensivo dos verde-rubros tenha diminuído de intensidade por culpa, em parte, do recuo dos homens do Vianense, bem mais comedidos depois do vendaval atacante a que foram sujeitos na etapa complementar.
Paulo Jorge, aos 61 minutos, ou seja, dois minutos após a sua entrada, mostrou também pontaria desafinada, permitindo a intervenção do guardião Vítor já em plena pequena-área.
E foi preciso entrar Fogaça para ensinar a 'arte', salvo seja, de introduzir o esférico dentro da baliza adversária. Bem servido por Marcinho, o avançado rematou cruzado, sem hipóteses para o guarda-redes Vítor, o melhor em campo. Faltava somente um quarto de hora para o final do encontro, tempo mais do que suficiente para mais uma ou outra perdida maritimista... Hoje, segue-se o Celta de Vigo (18 horas).

Em foco
Independentemente de ter assegurado ontem a aquisição de um novo reforço, o avançado Lello, Carlos Pereira continua a envidar esforços por mais aquisições. Logo após ter chegado ao Porto, o líder reuniu no Hotel Sheraton, junto ao Estádio do Bessa, com um empresário, a mesma unidade hoteleira onde se encontra António Oliveira, presidente do Estrela da Amadora e a comitiva da Lázio, que hoje defronta o FC Porto. Resta saber se houve resultados práticos dessa reunião.
O Marítimo não enjeitou a possibilidade de assistir ao embate de ontem, entre a Naval 1º de Maio e o Sporting da Covilhã, na Figueira da Foz, que assinalou a apresentação dos navalistas aos sócios e que terminou com a vitória dos navalistas por 2-0. A equipa de Ulisses Morais, adversária dos verde-rubros na 1ª jornada, foi observada pelo 'adjunto' João Luís, na companhia do secretário-técnico João Camacho. Duo que não pôde, logicamente, presenciar a partida do Marítimo em Melgaço.

"Iam faltar orelhas"
O técnico verde-rubro reconhece que o Marítimo foi desatroso no capítulo da finalização. Aliás, se o encontro de ontem fosse a 'doer', Lori Sandri garante, em tom descontraído, que "iam faltar orelhas" aos seus pupilos. "Pelo volume de jogo e oportunidades de golo que criámos, poderíamos ter uma concretização mais acertada", argumentou.
Situação que será trabalhada a partir deste momento. "Até agora temos treinado mais a parte física. Mais para a frente vamos aprimorar melhor as definições (finalizações)", revelou. No mais, reconheceu que a maior parte dos jogadores utilizados ontem fazem parte da "equipa B", enquanto frente a Celta e Trofense vai apostar numa formação mais próxima da que "iniciar o campeonato".

Fogaça disfarçou falta de pontaria



Triunfo suado do Marítimo (1-0), ontem, frente ao Vianense, equipa recém promovida à II divisão nacional, naquele que foi o primeiro ensaio dos “verdes rubros” no estágio em Melgaço. A formação madeirense, apesar de dominar todo o jogo, sentiu neste teste muitas dificuldades no capitulo da finalização e só a um quarto de hora do final da partida conseguiu construir a vitória.
O técnico Lori Sandri utilizou nesta partida uma equipa que se pode considerar de “segunda linha”, testando uma estratégia de 4x4x2, com algumas adaptações como foi caso de Luís Olim, a defesa central, e o reforço francês Debray, a jogar mais recuado no apoio aos avançados Gonçalo e André Pinto
O primeiro tempo foi de sentido único, com uma avalanche de ataque dos madeirenses, que apesar das inúmeras oportunidades de que dispuseram para inaugurar o marcador mostraram-se muito displicentes.
O avançado Gonçalo foi o exemplo mais claro da falta de pontaria dos “verde-rubros” desperdiçando três soberanas ocasiões logo no primeiro quarto de hora de jogo.
Dos reforços que alinharam neste primeiro tempo, destaque apenas para algumas movimentações de Debray, e para um par de subidas pelo flanco de Carlos Fernandes.
Marcinho e Sidnei assinaram bons pormenores na etapa inicial, tentando, com remates de longa distância colmatar, a pouca produtividade dos homens da frente.
Perante uma equipa do Vianense muito macia no capitulo ofensivo, o último reduto dos insulares foi quase um espectador na etapa inicial, limitando-se a controlar as ténues investidas contrária, explicando-se assim o nulo com que se chegou ao intervalo.

Fogaça resolve
No segundo tempo, apesar das entradas de Miguelito (46´) e Paulo Jorge (59´) e Bruno Fogaça (65’), os maritimistas voltaram a sentir muitos dificuldades para penetrar na coesa teia defensiva do Vianense, que jogando de forma mais compacta dificultavam as manobras atacantes dos insulares.
Aos 74’ a resistência da equipa nortenha acabou por ceder, quando Marcinho descobriu uma linha de passe para isolar Bruno Fogaça, que com um remate cruzado não deu qualquer hipótese ao guardião do Vianense.
Os reforços Miguelito e Paulo Jorge deixaram bons apontamentos nesta segunda metade, injectando mais dinamismo à equipa, mas ainda assim foi claro que precisam mais entrosamento.

Marítimo 1 Vianense 0
Centro de Estágios de Melgaço
Árbitro: Fernando Gonçalves
MARÍTIMO: Marcelo, Briguel, Balú, Carlos Fernandes, Henrique Ortiz, Sidnei, Marcinho, Debray, André Pinto e Gonçalo.
Jogaram ainda: Miguelito, Paulo Jorge, Bruno Fogaça, João Coimbra e Fernando.
Treinador: Lori Sandri
VIANENSE: Victor, Simão, Artur, Armando, Joel, Israel, João Cunha, Romeu, Branco, Pedras e Tchide
Jogaram ainda: Conrado, Rui André, Cristiano, Zé Miguel e Costa.
Treinador: António Fidalgo
Acção disciplinar: nada a assinalar.
Golo: Bruno Fogaça (74).

João Luís foi observar a Naval 1.º de Maio
João Luís, adjunto de Lori Sandri, deslocou-se ontem à tarde à Figueira da Foz, acompanhado pelo secretário-técnico, João Camacho, a fim de observar “in-loco” o encontro particular entre a Naval 1.º de Maio e o Sporting da Covilhã. O objectivo da viagem ao Estádio José Bento Pessoa, teve a ver com uma necessária análise aos figueirenses que serão adversários dos “verde-rubros” na primeira jornada da Liga, no dia 24 de Agosto.

Lori Sandri reconhece falta de produtividade
No final da partida, Lori Sandri reconheceu que neste ensaio a equipa pecou na finalização, e, em jeito de brincadeira, disse que se fosse um desafio a sério “iam faltar orelhas para puxar”.
“Pelo volume de jogo e por aquilo que produzimos devíamos ter uma conclusão mais acertada” sublinhou o treinador, não se mostrando, no entanto, muito preocupado com o resultado “estamos no início de temporada e ainda não houve um aperfeiçoamento técnico, porque temos, sobretudo, debruçado na parte física e o colectivo”.
O técnico revelou que o teste desta tarde (18h00), frente ao Celta de Vigo, irá apresentar uma diferente formação, mais de acordo com aquilo que está a preparar para o início do Liga.
“Amanhã [hoje] vamos mostrar mais algumas coisas. Esta foi praticamente uma “equipa B”, com alguns jogadores importantes, mas frente ao Celta haverá uma configuração melhor, mais de acordo com aquilo queremos para o campeonato”.

Debray
O francês voltou a deixar alguns bons apontamentos no jogo de ontem com o Vianense, mas torna-se ainda cedo para revelar pormenorizadamente as suas qualidades. O jogador continua em fase de adaptação.

Carlos Pereira
O presidente do Marítimo juntou-se ontem à equipa, em Melgaço, tendo assistido, no banco, ao desenrolar da partida, ao lado do técnico Lori Sandri.
O líder “verde-rubro” deverá regressar à Madeira junto com a comitiva, no dia 14 de Agosto.

Bruno
O “capitão” sentiu-se melhor após o susto da véspera. Ontem o médio madeirense marcou presença no relvado, para cumprir alguns exercícios com bola, mas ainda sob condicionalismos. O atleta não vai efectuar nenhum dos jogos de preparaçao que estão previstos.

Marítimo 1 Celta de Vigo 1 (4-5 em grandes penalidades)
Celtas arrebatam troféu a soco e pontapé num jogo em que valeu de tudo.



O VII Troféu Município de Melgaço, que deveria reflectir a festa local, acabou por transformar-se num género de guerra ibérica. Socos, pontapés, entradas duríssimas, maioritariamente protagonizadas pelos espanhóis (agredindo mesmo sem bola), enfim, tudo o que é (in)imaginável, mereceu a contemporização do juiz da partida.
Uma arbitragem fraquíssima serviu de mote para a luta que se assistiu, mas não explica tudo. Aliás, o Marítimo retirou poucas ilações positivas da contenda, a não ser a necessidade premente de trabalhar - e de que forma - a organização ofensiva.
O primeiro tempo acabou por ser totalmente dominado pelo Celta de Vigo, etapa onde sobressaiu a classe reconhecida do guarda-redes Marcos. Curiosamente, o Marítimo até entrou a vencer, com Pedro Moutinho, logo aos 8 minutos, a ganhar nas alturas na sequência de um canto cobrado por Manu, cabeceando para o primeiro golo do encontro. A partir de então só deu Celta! Os espanhóis fizeram o que quiseram, encostaram os verde-rubros à sua defensiva e começaram a criar lances de perigo iminente, nomeadamente através do avançado Dani. Mas Marcos mostrou estar sempre à altura dos acontecimentos, defendendo inclusivamente uma grande penalidade apontada por Ghilas, que ele próprio havia cometido.
Ao intervalo, a vantagem dos maritimistas não ilustrava de forma nenhuma a verdade do desafio e o árbitro, esse, começava a dar sinais de fraqueza perdoando inexplicavelmente uma agressão a pontapé de Rosada a Olberdam.
Adivinhavam-se tempos difíceis para o trio de arbitragem que vieram a confirmar-se, com o jogo a ser interrompido por diversas ocasiões. O Celta continuou a dominar no segundo período e conseguiu chegar ao tento do empate aos 70 minutos. Ghilas, solto de marcação, cabeceou para uma excelente intervenção de Marcos, mas na recarga, Rosada fez o empate perante a completa apatia dos defensores verde-rubros.
Antes das grandes penalidades houve tempo para um remate de cabeça de Fogaça à barra e um novo momento insólito. Trashorras não gostou de uma entrada mais viril de Paulo Jorge e... agrediu-o. Resultado: amarelo para ambos.
No desempate por grandes penalidades o Celta foi mais feliz, vencendo por 5-4, com a curiosidade de todos os esquerdinos de ambos os conjuntos terem errado o alvo. Converteram pelo Marítimo João Guilherme, Paulo Jorge, Fernando e João Luiz. Falharam Fogaça, Miguelito e Olberdam.

Bilhetes a cinco euros
Nem o facto de tratar-se de um jogo de pré-época impediu a organização de cobrar ingressos. Cinco euros foi quanto custou para assistir ao embate de ontem e foram cerca de mil as pessoas (maioritariamente adeptas do Celta) que compuseram as bancadas.

Novo central a caminho
Está decidido. Lori Sandri vai ganhar mais uma opção para o centro da defesa. O departa-mento de futebol, em consonância com a equipa técnica, já definiu o perfil da nova cara dos verde-rubros, que deve chegar à Madeira dentro em breve, possivelmente quando a equipa terminar o estágio em Melgaço. A lesão de Van der Linden é um pouco mais morosa do que inicialmente estava previsto, pelo que a equipa técnica requisito o reforço.

Lori Sandri: Lelo é contratação para a equipa B
"Acho que foi um jogo bem disputado, com violência a mais. Se não fosse de amigos, acho que ia haver muita gente expulsa". Foi assim que Lori Sandri começou por criticar os excessos ocorridos. Quanto ao ensaio, acho que a "equipa precisa de organizar-se melhor ofensivamente, trocar melhor a bola" e reconheceu que "falta profundidade ofensiva" ao seu conjunto. "Não podemos viver do lançamento longo", desabafou. Instado a comentar a nova aquisição do Marítimo, o avançado Lelo, fez questão de apontar que não é, pelo menos inicialmente, uma primeira solução. "É uma contratação para a equipa B, um jogador para observarmos, não é de impacto, não é o que desejamos para o ataque. Ainda falta um avançado e um central", vincou.

Fragilidades ofensivas



Não correu de feição o segundo ensaio do Marítimo neste estágio em Melgaço, naquele que foi um teste de grau de dificuldade elevada para os pupilos de Lori Sandri.
Ontem, frente ao Celta de Vigo, os verde-rubros voltaram a mostrar fragilidades no capítulo da finalização e na organização do jogo, tal como tinha acontecido na véspera frente ao Vianense, precipitando a decisão do desafio na lotaria das grandes penalidades, onde o Celta levou a melhor.
Nesta partida, o técnico maritimista utilizou aquele que deverá ser o onze e o esquema táctico (3x4x3), que utilizará na primeira ronda do campeonato.
A equipa madeirense até entrou melhor no jogo, conseguindo um golo madrugador, logo aos 8 minutos, construído por dois reforços. Manu, na cobrança de um canto, descobriu Pedro Moutinho na área, e o avançado, entre os centrais contrários, cabeceou sem hipótese para o guardião galego.
Com este início positivo, previa-se uma exibição empolgante dos “verde-rubros”, ideia que se foi esvanecendo ao longo da etapa inicial. Após o tento, os madeirenses recuaram em demasia, permitindo que o Celta de Vigo controlasse a contenda.
Com muitas dificuldades em encontrar linhas de passe, o Marítimo praticamente desapareceu em termos ofensivos, cenário oposto ao do Celta, que obrigava Marcos a assumir o papel de homem do jogo, com um punhado de defesas, quase sempre na sequência dos duelos com o avançado galego David.
A preponderância de Marcos foi ainda mais evidente quando já perto do intervalo defendeu uma grande penalidade cobrada por Ghilas.

Decisão nas penalidades
No segundo tempo a partida desceu de intensidade, mas ainda assim a formação espanhola manteve o ascendente. Por isso, não surpreendeu o tento do empate do Celta, iniciado com um remate de Ghilas que Marcos conseguiu, inicialmente, suster, defendendo para frente, mas onde não teve a colaboração dos companheiros da defesa, que não afastaram o esférico permitindo a recarga fatal de Rosada.
Nas grandes penalidades, os falhanços dos esquerdinos Fogaça, Miguelito e Oleberdam ditaram a atribuição do troféu à formação espanhola.

Marítimo 1 Celta de Vigo 1 (4-5 após grandes penalidades)
Centro de Estágios de Melgaço
Árbitro: Fernando Gonçalves
MARÍTIMO: Marcos, Fernando Cardozo, João Guilherme e Carlos Fernandes, José Gomes, Olberdam, João Luiz e Miguelito, Manú, Pedro Moutinho e Djalma
Treinador: Lori Sandri
Jogaram ainda: Fernando, Debray e Paulo Jorge, Bruno Fogaça
CELTA DE VIGO: Falcon, Edu Moya, Ruben, Noguerol e Roberto Lago, Dani Abalo, Rosada e Trashorras, Danilo, Ghilas e David
Treinador: Pepe Múrcia
Jogaram ainda: Fajardo, Jonathan Vila, Notário, Maric, Iago Aspas, Peña, Ferran
Golos: 1-0, Pedro Moutinho ( 8 ); 1-1, Rosada (70).
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Ghilas (65); Rosada (67), Miguelito (81) Paulo Jorge (89); Trashorras (89).

Organização é necessária
No final do ensaio com o Celta de Vigo, Lori Sandri considerou que há ainda alguns aspectos a serem trabalhados na equipa, mostrando preocupação com os índices de finalização. “A equipa precisa de se organizar do meio para a frente, defendeu bem, poderia ter aproveitado melhor a vantagem a inicial mas faltou a trabalhar melhor o capítulo ofensivo”, disse o técnico acrescentando: “Faltou profundidade ofensiva, mas temos de trabalhar melhor o meio campo para fazer as bolas chegarem à frente, não podemos viver de lançamentos longos”.

Lelo para “equipa B”
O avançado brasileiro Lelo recentemente contratado pelo Marítimo junto do SC São Paulo não é a solução final para o ataque dos “verde-rubros”. A garantia foi dada pelo técnico Lori Sandri, que afirmou que “é uma contratação para a ‘equipa B’, para se observar. Não é uma contratação de impacto, não é bem o que desejamos”, disse o técnico, acrescentando que falta ainda mais um avançado e um defesa.

Visita de Zé do Gol
Zé Carlos, avançado brasileiro que já alinhou no Marítimo, e que esta época regressou ao futebol português, para representar o Trofense, marcou ontem presença em Melgaço, onde conseguiu rever alguns ex-companheiros. O avançado brasileiro fez-se acompanhar por Fernando Ramos, dirigente do Trofense, que provavelmente terá vindo tentar, mais uma vez, junto de Carlos Pereiria, líder maritimista, o empréstimo do avançado Kanu.

“Espiões” na bancada
Depois de anteontem os responsáveis técnicos do Marítimo se terem deslocado à Figueira da Foz, para ver um jogo da Naval, com quem os verde-rubros vão jogar na jornada inaugural do campeonato, ontem foi a vez de o treinador dos figueirenses, Ulisses Morais, tirar alguns apontamentos no jogo do Marítimo. O Vitória de Guimarães também enviou um observador a Melgaço, tendo em vista a partida que opõe as duas equipas à segunda jornada.

Marítimo 0 Trofense 0
Cartuchos de pólvora seca
Marítimo foi melhor mas acabou por falhar na hora de visar a baliza do Trofense



Marítimo e Trofense começaram por oferecer um espectáculo pouco condimentado ontem à noite, em Melgaço, talvez por culpa das semelhanças tácticas apresentadas por ambas as equipas, já que tanto Lori Sandri como António Conceição, optaram por utilizar dispositivos pouco comuns no futebol português: 3x5x2.
O encaixe acabou por resultar num início entediante, derivado à escassez de lances de emoção, embora tenham pertencido ao Marítimo - bem mais objectivo nas suas acções ofensivas e revelando uma agradável evolução competitiva - as melhores ocasiões de golo.
No primeiro tempo, Gonçalo acabou por ser o elemento mais inconformado e aos 16 minutos, num remate sem preparação, obrigou o guardião Marcos a defender com os pés. Até ao final da etapa inicial, coube a João Luiz a nota de maior destaque, se bem que tenha contado com a ajuda do guarda-redes da Trofa. O médio maritimista cobrou um livre aparentemente inofensivo, que Marcos não conseguiu suster à primeira, remediando depois a situação já sobre a linha de golo com Pedro Moutinho à espreita.
Na segunda metade a história foi semelhante, o Marítimo continuou bem mais perigoso. Aos 50 minutos, Gonçalo, bem servido por Pedro Moutinho, 'arranca' uma excelente intervenção ao recém-entrado Paulo Lopes. E cinco minutos volvidos, um livre de Sidnei sofreu um desvio, mas nem assim Paulo Lopes foi batido, efectuando uma defesa espectacular.
Na recta final, o Trofense melhorou após as inúmeras substituições efectuadas por António Conceição. Frescura física que fez despontar as qualidades de Marcelo, verdadeiramente felino em três intervenções de grande nível. Mas seria do Marítimo a última grande ocasião, mas Sidnei, Djalma e Fogaça, de uma só assentada e para não variar, esbanjaram a oportunidade.

Em foco
O técnico do Marítimo gostou mais do jogo de ontem do que o realizado frente ao Celta. "Não houve tanta violência e em termos de futebol estivemos melhor", sintetizou. O problema voltou a ser a finalização: "Insistimos durante os 90 minutos, mas não conseguimos chegar ao golo outra vez", reconheceu.
Lacuna que pretende resolver em "Santo António". "Vamos trabalhar mais esse aspecto, até mesmo as bolas paradas" anunciou. No mais, ficou satisfeito com o rendimento "normal" de alguns elementos que entraram nas suas opções iniciais, enunciando os nomes de "Briguel, na direita e Luís Olim, ao centro". "Não comprometeram e estiveram dentro das expectativas", elogiou.

Último jogo é hoje em Chaves
O Marítimo treina hoje, às 10 horas, no Centro de Estágios, antes do encontro da noite (20h30), em Chaves, frente à formação orientada por Leonardo Jardim. O derradeiro treino do estágio será na manhã de amanhã em Melgaço. O voo de regresso à Madeira está marcado para as 22h00, via Lisboa.

Futuro de Kanu discutido pelos presidentes
Carlos Pereira reuniu com o seu homólogo do Trofense, Rui Silva, durante a tarde, no Hotel Monte Prado, onde a comitiva maritimista está hospedada. Não foi possível apurar o resultado da conversa, mas é lógico que o tema Kanu, dado como possível reforço do Trofense, tenha estado em cima da mesa de conversações.

Djalma chamado à Selecção de Angola
O avançado angolano Djalma não regressa com a equipa à Madeira. Ao invés, parte para Angola já amanhã, visto ter sido seleccionado para o 'particular' na Tunísia, contra a selecção local, agendado para o próximo dia 20. Em função deste compromisso, o avançado pode falhar o primeiro encontro do Marítimo, na Figueira da Foz.

Lori Sandri ausente do treino matinal
O técnico do Marítimo foi um dos grandes ausentes do treino matinal de ontem, em Melgaço. Lori Sandri, assim como o médio Ortiz, deslocaram-se até ao Consulado de Portugal em Vigo, na companhia de João Camacho, com o intuito de finalizar os aspectos burocráticos em torno dos seus vistos de residência.

Vários 'espiões' presentes na bancada
Foram vários os observadores de diferentes equipas da Liga que voltaram a presenciar um embate particular do Marítimo. Ulisses Morais voltou a Melgaço, assim como um elemento do Vitória de Guimarães. Destaque ainda para a presença de António Lima Pereira, do gabinete de observação do FC Porto.

Desportivo de Chaves 1 Marítimo 1
Estiveram 75 minutos a dormir
Marítimo vestiu a pele de 'bombo da festa' e só acordou na recta final da partida.







Podem ser alegados vários atenuantes: algumas adaptações, elementos que têm sido pouco utilizados, algum cansaço, enfim. Mas nenhuma razão é suficientemente forte para justificar a paupérrima prestação do Marítimo na noite de ontem, em Chaves. O dia era de festa para os flavienses e os maritimistas, como bons convidados, nada fizeram para estragar o momento do técnico madeirense Leonardo Jardim e seus pares. A primeira parte é facilmente descrita: só o Chaves é que atacou. Da parte do Marítimo, nem um lance digno de registo.
Ao invés, os flavienses criaram diversos lances de fácil conclusão e só não chegaram em vantagem ao intervalo por manifesta falta de sorte, em alguns momentos, e noutros, por verdadeira azelhice dos seus avançados. Bruno Grassi que o diga, pois, entre outras perdidas incríveis, viu os ferros salvarem-lhe por duas vezes.
Na segunda metade, Lori Sandri mexeu na equipa. Mudou o 4x3x3 com que tinha iniciado a partida, para o 3x5x2, que parece cada vez mais a sua táctica predilecta. Fez entrar Paulo Jorge e Sidnei mas... continuou tudo na mesma. Os flavienses continuaram a mandar no desafio e acabaram por chegar ao golo com naturalidade. Decorria o minuto 55, quando o ex-machiquense Élio aproveitou um lance confuso advindo de um canto - novo golo sofrido de bola parada, aspecto a rever - e deu vantagem ao Chaves. Mais do que justificada, diga-se.
A reacção do Marítimo tardou a surgir, muito embora a equipa tenha, ao menos, sacudido a pressão dos donos do terreno. Mais pressionante, o Marítimo fartou-se de ser o bombo da festa e conseguiu efectuar o seu primeiro remate com perigo aos 75 minutos (!?). E logo no lance posterior chegou ao golo, com Fogaça a antecipar-se à defensiva contrária e a cabecear para a igualdade.
Até ao final, os pupilos de Lori Sandri deram uma imagem mais cabal da sua condição de primodivisionários e Paulo Jorge ainda desperdiçou uma boa oportunidade para marcar, mas a justiça imperou... Leonardo tem razões para sorrir.

Cabinas
Lori Sandri (Marítimo)
Na primeira parte estivemos muito abaixo do que queríamos. Melhorámos na segunda parte, mais uma vez tivemos um penalti que não foi assinalado, mas jogámos melhor. Ao intervalo disse que precisávamos de treinar, pois eles só tinham corrido no primeiro tempo, não tinham jogado futebol.
Leonardo Jardim (Chaves)
Foi um bom jogo, mais um teste para a minha equipa e conseguimos aplicar já muitos dos conceitos que temos vindo a aprofundar ao longo de cinco semanas. Estamos a preparar-nos a passos largos para o início do campeonato.

Pereira em Guimarães
O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, foi o grande ausente em Chaves. O líder dos verde-rubros abandonou o estágio maritimista em Melgaço durante a manhã, desconhecendo-se os motivos para o efeito. À noite, contudo, esteve no Municipal de Guimarães, a convite da direcção vimaranense, para assistir ao encontro frente ao Basileia, referente à 'Champions'.

Má vontade flaviense
Acabados de chegar ao Municipal de Chaves, dirigimo-nos à secretaria para poder obter acesso ao estádio quando nos deparamos com a má vontade atroz dos funcionários locais. "Mais 'press'. Então já entraram dois. Ainda é preciso mais", diziam. Explicámos que cada um trabalhava para a sua empresa, mas nem assim...

Aplausos para ilhéus
Em dia de apresentação do Chaves, os maiores aplausos da noite foram para a entrada do madeirense Leonardo Jardim, técnico principal dos flavienses. António Vieira, seu adjunto, também mereceu uma grande ovação, assim como Élio, ex-Machico, que se encontra no clube na condição de emprestado.

Chaves quer subir
O objectivo do Chaves volta a ser ambicioso: Leonardo Jardim luta pela subida de divisão e no ano passado, quando ninguém acreditava, quase conseguiu apressar o processo. Será que o madeirense conseguirá alcançar o objectivo? Para já, parece ter conquistado a massa adepta flaviense, que sonha pelo regresso aos campeonatos profissionais.

Excedentários...



Todos tiveram oportunidade de mostrar qualidade durante a digressão maritimista a Caracas e Melgaço - somente Bruno não jogou mas o seu posto é intocável...
E agora, eis que chegou a hora de efectuar escolhas, ou melhor, de dispensar alguns dos atletas que incorporaram a comitiva verde-rubra ao longo do estágio.
O técnico Lori Sandri, em entrevista concedida ao DIÁRIO não há muito tempo, revelou que pretendia trabalhar com um plantel composto por 22/23 elementos, isto claro, num cenário tido como ideal...
Mas mesmo que aceite orientar um grupo um pouco mais alargado, é certo que pelo menos uma mão cheia de atletas fiquem privados de trabalhar sob a sua batuta.
A equipa B, por isso, é o primeiro ponto a ser reforçado, isto claro, se os atletas dispensados tiverem idade para integrar o elenco treinador por Nélson Caldeira.
E neste particular, o brasileiro Balu é um dos mais fortes candidatos a regressar aos bês. Já Sidnei, esse, tendo por base os muitos minutos de utilização a que teve direito, pode finalmente ganhar o seu espaço na turma principal, assim como Gonçalo, avançado madeirense que deu muito boa conta de si durante a pré-época.
Mas ainda existem mais candidatos à saída, inclusive alguns que chegaram já este defeso na condição de reforços.
Cabe a Lori Sandri deliberar sobre o assunto, em consonância com o departamento de futebol, e foi isso que fez durante o dia de ontem, durante uma reunião com o presidente Carlos Pereira.
O número de excedentários é tanto mais relevante já que faltam chegar mais dois reforços: Sebastián Taborda e Rodri. Duo oriundo do Desportivo da Corunha cujas aquisições estão em fase de conclusão.
Resta dizer que o Marítimo regressa amanhã ao trabalho, com duas sessões marcadas, dia em que serão conhecidos os nomes dos atletas que terão de abandonar o plantel principal.