[JOGADOR] Djalma

«Considero que fiz um bom acordo»



O angolano Djalma considera ter chegado “a um bom acordo” com o Marítimo, depois de um entendimento com a direcção da SAD que envolve mais três anos de contrato.
O jogador que teve um final de época nada de acordo com os seus propósitos, depois de um desentendimento que resultou numa “mea culpa” da sua parte, está convencido de ter feito a melhor opção, uma vez que o Marítimo é o clube indicado para alcançar os patamares que pretende para a sua carreira.
“Fiz um bom acordo com o Marítimo e espero jogar na próxima época ao mesmo nível, ou melhorar ainda a minha performance”, afirmou o avançado que chegou a ser cobiçado por outros emblemas do principal campeonato do futebol português.
Apesar de ainda não ter rubricado o compromisso, Djalma considera que essa é apenas uma formalidade a cumprir, uma vez que o acordo já está feito.
“Ainda não asssinei, mas fá-lo-ei oportunamente. O importante mesmo é que existe um acordo e que vou representar o Marítimo nas próximas três épocas”, garante o atleta, satisfeito pela opção que considera ter sido a mais acertada.
“Ficou tudo esclarecido entre mim e o Marítimo. Não ficaram ressentimentos entre as partes e isso é o mais importante”, releva o jogador que foi lançado na equipa principal por Sebastião Lazaroni, na época passada.
A possibilidade de poder ingressar futuramente num clube grande é algo que poderá ficar contratualizado, explica Djalma, sem esquecer a ambição de um dia poder trilhar as pisadas do seu progenitor, Abel Campos, outrora jogador do Benfica.
“É claro que sonho um dia poder jogar num clube de grande dimensão, e seguir as pisadas do meu pai, mas agora o importante mesmo é o Marítimo, clube pelo qual me irei empenhar nas próximas épocas”, afirmou a concluir.

Época de afirmação



O jovem avançado Djalma afirmou ontem estar a trabalhar, no sentido de que a próxima época possa confirmar todos os atributos que lhe são reconhecidos. O internacional angolano garante que as diferenças que o afastaram da equipa na época passada foram ultrapassadas e que, a opção Marítimo foi acertada, uma vez que, na sua opinião, se trata do clube indicado para dar um passo maior na sua ainda curta carreira futebolística.
"Estou a trabalhar no sentido de que a próxima época seja a da afirmação. Quero melhorar o que fiz na época anterior e, como tal, espero jogar mais vezes e melhor”, explicou o jogador, no final de mais uma desgastante sessão de trabalho de pré-época.
Apesar de ter tido um defeso agitado, onde pairou a incerteza no tocante à sua continuidade no Marítimo, Djalma assegura que tudo foi ultrapassado, a contento de ambas as partes.
"Sim, sem dúvida, caso contrário não estaria aqui. Foi sem dúvida a minha melhor opção”, garante, afirmando que pretende dar um salto em frente, mas antes tem por propósito “afirmar-me no Marítimo e só depois pensar no resto".

Lori Sandri promete ser bom treinador
Durante o defeso, o jovem angolano do Marítimo sujeitou-se a uma intervenção cirúrgica ao apêndice, situação devidamente ultrapassada que não deixou sequelas.
"Está tudo ultrapassado, já não sinto dores. Estou completamente recuperado e apto para trabalhar e dar tudo de mim em prol da equipa”, adianta o avançado maritimista confiante numa boa época.
Lançado por Sebastião Lazaroni na equipa principal, Djalma é agora confrontado com a entrada de um novo treinador, sobre o qual, afirma, não tem ainda uma ideia formada.
"Ainda não tenho opinião formada, pois estamos a trabalhar há poucos dias, mas tem um método diferente. Aliás, cada treinador tem a sua maneira de trabalhar. Mas vemos que é uma pessoa clara naquilo que diz, fala aquilo que tem a falar. Vamos ver mais para a frente, mas promete ser um bom treinador”, afirma a concluir.

Reforços são todos mais-valias
Apesar de terem saído alguns jogadores importantes do plantel da época passada, Djalma acredita que o Marítimo vai fazer uma boa campanha. O angolano considera que as contratações feitas são todas mais-valias e, como tal, o clube ficou bem servido.
"As contratações são todas mais-valias. Saíram alguns jogadores importantes, mas vamos todos trabalhar para fazer uma boa época”, garante o jogador.

"Preparado para o salto"
Djalma desconhece cobiça do Corunha mas já 'pisca o olho' a Espanha



Nasceu em Luanda, há 21 anos, praticamente com uma bola nos pés. Outro brinquedo seria de estranhar, ou não fosse filho de uma ex-glória encarnada, o extremo angolano Abel Campos.
A carreira do pai atingiu níveis de qualidade bastante altos, mas Djalma, pelo menos parece ser essa a indicação, pode conseguir trilhar caminhos que lhe granjeiem uma notoriedade ainda maior.
Começou nas camadas jovens do Loures, transitou depois para o Alverca onde, já nos juniores, brilhou num encontro frente ao Marítimo, convencendo os responsáveis verde-rubros a partirem para a sua aquisição. A partir de então, e já lá vão três anos, não parou de crescer futebolisticamente...
Conforme demos a conhecer na nossa edição de ontem, o nome do maritimista tem circulado como estando na lista de reforços do Desportivo da Corunha. O técnico Miguel Angel Lottina ficou impressionado com a velocidade e técnica do extremo e parece querer avançar para a sua aquisição. Mas mesmo que não consiga contratá-lo, Djalma estará já referenciado para o futuro.
O atleta, esse, diz estar à margem destas notícias. "Não fui abordado por ninguém" aponta. Embora exalte o facto de estar preparado para dar o salto. "Sem dúvida nenhuma. Acho que estou pronto e qualquer jogador gostaria de jogar em Espanha, Itália ou Inglaterra", destacou.

Portugal é pequeno...
O angolano diz mesmo preferir sair para o estrangeiro do que alinhar por um grande de Portugal. "Se pudesse optar, saía. É diferente jogar lá fora do que no futebol português porque é mais competitivo e podemos evoluir ainda mais", justificou. E não acredita em problemas de adaptação. "Adapto-me facilmente. Foi assim no Marítimo", recordou.
Mas será que a sua exibição diante do Corunha foi assim tão conseguida... Djalma não concorda: "Acho que não correu bem", notou. Isto porque faz parte de um conjunto e se "não correu como era esperado ao colectivo, também não foi bom individualmente" argumentou. A verdade que este género de notícias que implicam transferências para clubes de monta "confortam o ego" e são "boas" no plano pessoal conforme reconheceu. Mas Djalma prefere que a "equipa ganhe. Isso sempre é melhor", asseverou.

"Pode ser este ano!"
Mas será que Djalma consegue impor-se definitivamente como uma pedra basilar no onze maritimista? A questão é pertinente, mas só o "treinador é que sabe" responder, segundo afirmou no atleta. Ele diz somente que está a "trabalhar para isso" e nem a concorrência de nomes consagrados como Manu ou Paulo Jorge parecem atenuar a sua confiança.
"Creio que pode ser este ano (a sua afirmação). É verdade que há muita concorrência mas isso só aumenta a competitividade e é bom para os jogadores e o clube", aludiu.
De resto, reconheceu que prefere "jogar na direita ou na esquerda" apesar de sentir-se à vontade quando actua ao "meio" como tem acontecido num esquema de 3x5x2. O "treinador é que sabe" e sobre ele, Djalma não tem dúvidas: "Promete coisas boas.".

“Não sei de nada”



Foi com surpresa que Djalma reagiu ontem em Melgaço, quando confrontado com o suposto interesse do Desportivo da Corunha nos seus serviços. O avançado angolano do Marítimo desconhecia que as suas prestações na partida frente ao emblema galego, ainda na digressão na Venezuela, tinham agradado o técnico do “Depor”, Miguel Angel Lotina, e que o seu nome tenha sido referido na imprensa espanhola, como potencial reforço do clube galego.
“É novidade para mim. Nunca ouvi falar em interesse ou sequer em propostas desse clube. Não fui abordado por ninguém”, assegurou o atleta, que ainda assim confessou sentir-se “satisfeito” por o seu nome ter sido falado na Corunha.
Djalma não esconde que acalenta o sonho de um dia poder jogar nas principais ligas europeias, e que se tivesse de escolher, preferia rumar ao estrangeiro do que jogar num dos três “grandes” portugueses
“Qualquer jogador tem três ligas preferenciais: espanhola, inglesa e italiana. Pessoalmente, prefiro ir para o estrangeiro do que ir para um “grande” de Portugal. Lá fora o futebol é mais competitivo”, confessou o avançado.
Depois de três épocas a representar os “verde-rubros”, com passagens intercaladas entre a equipa B e a formação principal, Djalma acredita que as boas exibições que tem rubricado esta pré-temporada, podem ser o presságio da sua afirmação este ano.
“Se continuar a trabalhar bem e a equipa me ajudar acho que me posso afirmar definitivamente”, afirmou o avançado.