[TREINADORES] José Peseiro e Eduardinho

"Não recebemos convite para treinar o Marítimo"
"Gostava muito de ver José Peseiro a treinar um clube de uma das ligas mais competitivas"
Ainda em Atenas, Eduardinho e José Peseiro estudam várias propostas de trabalho.



Eduardinho viveu uma experiência única na Grécia, ao serviço do Panathinaikos. Sempre ao lado de José Peseiro, treinador principal da equipa, o técnico adjunto madeirense conseguiu ajudar o clube grego a qualificar-se para a Liga dos Campeões. Apesar do feito, a equipa técnica portuguesa vai deixar o país de Aristóteles e Platão, ainda sem rumo definido, apesar da lista de convites. Ainda na Grécia, onde ficará até 20 de Junho, Eduardinho concedeu uma entrevista ao DIÁRIO, negando a existência de qualquer convite por parte do Marítimo. Regressar a Portugal não está nos horizontes.

Que balanço faz da sua passagem pelo futebol grego, nomeadamente pelo Panathinaikos? Foi, acima de tudo, uma experiência muito positiva, se atendermos a todos os condicionalismos com que nos deparámos desde o início da temporada. O clube não podia apostar forte nas contratações para esta época desportiva, vinha de um ciclo de quatro anos sem conseguir melhor que o terceiro lugar, terminando a última temporada a 14 pontos do Olympiacos e nos últimos 11 anos tinha sido apenas campeão por uma vez. Com adversários de grande qualidade e orçamentos muito superiores aos nossos, conseguimos, ainda assim, o segundo lugar do campeonato, através do 'play-off', deixando o clube com a possibilidade de participar na pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Na Taça UEFA fomos afastados pelo Glasgow Rangers que foi o finalista vencido. Na Taça da Grécia fomos eliminados pelo rival Olympiacos.

Os gregos vivem com enorme paixão o futebol. Foi fácil gerir e lidar com as emoções de dirigentes e adeptos? Foi outra das dificuldades que tivemos de ultrapassar. As claques não compareceram nos nossos jogos em casa, por divergências com a política do clube. Neste nosso trabalho, os aspectos cognitivos tiveram também uma predominância acrescida. A comunicação social [n.d.r., 14 jornais desportivos] tem uma influência enorme nos apoiantes que vivem o futebol, de uma maneira, por vezes, demasiado apaixonada, aumentando a pressão sobre os clubes e por arrasto sobre os treinadores e jogadores. Basta ter em conta que dos 16 clubes que participaram na Liga grega apenas três equipas técnicas, nas quais nos incluímos, chegaram ao fim.

Como é viver na Grécia? Qual é a vossa rotina diária? É sentir-se um pouco como em casa. Vivemos numa zona habitacional com boas condições a cerca de 100 metros do mar, e isso ajudou imenso à minha adaptação e respectiva família. A alimentação é diversificada e tem qualidade, mas a vida é um pouco mais cara que na Madeira. O clima é muito bom, com cerca de 5 meses de praia, em contraste com um ou dois meses em que neva nas montanhas. Zonas históricas fabulosas e muita potencialidade turística. A Academia do Panathinaikos fica a cerca de 20 a 30 minutos de nossa casa e é muito acolhedora, e os vários campos relvados e os jardins circundantes transmitem uma grande tranquilidade no nosso trabalho diário. Como vivemos 100% para o futebol, temos o bom hábito de chegar sempre com um mínimo de 90 minutos antes de qualquer sessão de treino. Após a preparação e montagem do material de apoio logístico inerentes às diferentes fases de cada treino e após a sua efectivação, procedemos ao registo e controlo do mesmo, pelo que apenas regressamos a casa após toda a sua conclusão e análise. Para os treinos da manhã saímos de casa às 8 horas, regressando cerca das 15 horas. Já para os treinos da tarde saímos por volta das 15h30 e regressamos às 20 horas.

O título do futebol grego foi decidido na secretaria. Como é que viveram essa experiência, ainda que o Panathinaikos não estivesse envolvido directamente no caso? Não foi muito abonatório para o Olympiacos ter sido campeão com um jogo perdido no campo e ganho na secretaria. A Federação grega ao autorizar esse jogador a participar na partida também não ficou isenta de responsabilidades. Foi mau para todos, mas acima de tudo para o futebol grego. O momento de atribuição dos pontos ao adversário prejudicou-nos imenso, pois estávamos na primeira posição e foi logo a seguir a uma nossa vitória importante no terreno do adversário.

A família acompanha-o nesta aventura. Foi importante esse suporte? Desde muito novo que a família me acompanha para onde quer que me desloque em missão de trabalho. Em países de língua diferente, como foram a Arábia Saudita e a Grécia, esse suporte ainda é mais importante. Não obstante o inglês resolver grande parte dos problemas, a adaptação a novas culturas e costumes carece de alguma flexibilidade a todos os níveis. Estas experiências de vida acabam por ser muito enriquecedoras, para além de ser possível realizar, em parte, férias de trabalho, como acontece neste momento.

José Peseiro anunciou há muito que iria deixar o comando técnico do Panathinaikos. Já existe algo definido em relação ao futuro? Esse dossier pertence ao nosso líder da equipa técnica. Existem vários convites em análise e, consoante o seu desenvolvimento, José Peseiro vai-nos dando conhecimento das 'démarches', embora em todos nós reine o sentimento de que o que for melhor para ele, será por certo o melhor para nós. Definições ainda é cedo mas existem algumas alternativas.

Voltar a trabalhar em Portugal no imediato é uma hipótese remota? Por enquanto, sim. A conjuntura do futebol português está numa fase de transição e parece caminhar no sentido da estabilidade. Acredito que dentro de alguns anos a arbitragem será mais profissional e transparente, o dirigismo será cada vez mais capaz e bem formado e com um 25 de Abril na comunicação social desportiva poderão advir grandes melhorias no nosso futebol que tem andado a ser tão maltratado.

É verdade que o Marítimo terá contactado José Peseiro para assumir o comando técnico da equipa? Não. Não recebemos qualquer convite do Marítimo.

A dupla José Peseiro/Eduardinho vai continuar a trabalhar junta? Face às suas grandes capacidades, gostaria muito de ver José Peseiro a treinar numa das ligas mais competitivas da Europa, e tudo farei para que esse objectivo seja alcançado. Sinto capacidade para estar a este nível de rendimento tão elevado e muito orgulho em trabalhar com o meu chefe de equipa.

Mas não sonha com uma carreira de treinador principal ao mais alto nível? O futebol é o momento e este é para ser vivido como se do primeiro dia se tratasse. Em tudo o que faço procuro a perfeição, por isso posso afirmar que há um longo caminho a percorrer, no entanto, estou muito feliz pelas funções que desempenho.

Sente-se um embaixador da Madeira além-fronteiras? Sou mais um dos muitos madeirenses que por esse mundo fora vão enaltecendo e mostrando as grandes capacidades de um povo que sente a sua Região de maneira firme e apaixonada. Bem-haja todos aqueles emigrantes que com o seu esforço e dedicação elevam bem alto o nome da Madeira.

Desgaste físico prejudicará o Euro'2008

Tem grandes expectativas para o Euro'2008? Como é sabido, tem uma calendarização algo discutível, no final dos campeonatos em quase todos os países, devido ao grande desgaste a que foram sujeitos a grande maioria dos jogadores que nele irão participar. Não podemos esquecer que as selecções dos campeonatos da Europa mais competitivos tiveram o acréscimo dos jogos da Taça UEFA e Liga dos Campeões. Embora a final fosse disputada entre duas equipas inglesas, os mais desgastados serão os estrangeiros que jogam no Manchester e Chelsea, e que ainda são muitos, quatro portugueses, por exemplo. E com esta conjuntura haverá menos competitividade e perder-se-á alguma espectacularidade. Reconheça-se que também não é fácil encontrar datas alternativas em que os jogadores pudessem estar no auge das suas capacidades. Portanto, haverá por certo alguma retracção no assumir de riscos desnecessários. As equipas não irão ter um grande envolvimento ofensivo em detrimento de uma grande segurança defensiva, com pouco espaço entre linhas, evitando cometer erros na 1.ª fase de construção e optando por esporádicas transições ofensivas sem desmontar o seu bloco defensivo. Assim sendo, as defesas deverão superiorizar-se aos ataques e as oportunidades de golo serão mais esporádicas. Teremos então jogos muito equilibrados do ponto de vista táctico e não será descabido pensar que muitas das selecções arriscarão mais nos esquemas tácticos e nas acções individuais das suas maiores estrelas, na intenção de criar desequilíbrios e poder decidir os jogos por pequenos detalhes, erros adversários. Esperemos que os seleccionadores, na ânsia de defender no aspecto físico os atletas de eleição nesta 1.ª fase, não comprometam a sua própria qualificação no seu grupo. Mesmo com todas estas condicionantes, antevejo um bom Europeu, recheado de novos valores, como acontecerá por certo com a renovação tranquila da nossa Selecção.

José Peseiro não dá conselhos a Cristiano Ronaldo mas deixa algumas 'pistas'



José Peseiro considera que Cristiano Ronaldo pode ir para qualquer clube do Mundo "sem problemas", mas recusa-se a aconselhar o jogador madeirense a optar pelo Real Madrid.
O ex-treinador de Nacional, Sporting e Panathinaikos chegou ontem à tarde à Região para participar na abertura do Fórum de Treinadores, e na sua conversa com os jornalistas o futuro do futebolista madeirense foi tema obrigatório. Com profundo conhecimento do clube espanhol, pois já lá trabalhou como adjunto de Carlos Queiroz, Peseiro deixou algumas 'pistas': "O Manchester é com certeza um ambiente muito melhor para o Cristiano do que o Real Madrid. O Real é um clube com muito mais dimensão do que o Manchester, agora o Manchester tem condições de estabilidade, num campeonato com menos pressão. Até ele ir para Madrid com os custos que vai ter podemos até questionar a forma como vai ser recebido pelo balneário, pela imprensa espanhola...". A questão da aceitação no balneário merece, aliás, uma referência especial por parte do técnico. "Neste momento ele é um jogador aceite e proeminente no balneário do Manchester e, se calhar, em Madrid vai ter mais dificuldade em ser o jogador que é.".
E dá um exemplo: "Havia Raúl e Ronaldo no Real Madrid e o Ronaldo foi embora. Não porque o Raúl quisesse, mas por outra coisa".
Dando um voto de confiança ao talento do jogador madeirense, Peseiro entende contudo que "qualquer passo que ele possa dar é perigoso neste momento." De qualquer maneira, admite que "é o momento ideal para ganhar mais dinheiro e jogar num campeonato melhor do que tem, e é isso que o futebol obriga e a sociedade também obriga.".

Melhor do Mundo mas...
No que toca à prestação do madeirense no Europeu, Peseiro deixou algumas reticências: "Espero que o Cristiano faça um grande Europeu, mas é melhor não criarmos grandes ilusões, mesmo sabendo que ele é o melhor jogador do Mundo.".
E explica porquê: "Tenho sempre algumas dúvidas dado o momento de disputa, quer do campeonato da Europa quer do campeonato do Mundo. Os grandes jogadores, que normalmente jogam nos grandes campeonatos, têm mais jogos, mais intensidade, mais desgaste físico e emocional, e é difícil que consigam estar ao mesmo nível. Se o campeonato do Mundo fosse em Dezembro se calhar tínhamos outra qualidade de jogo e outros vencedores.".

Fasquia muito alta
No que toca à prestação portuguesa neste Euro'08, e apesar do exemplo do Euro'04, onde apesar da derrota na estreia, a equipa das 'quinas' chegou à final, Peseiro entende que "é importante ganhar o primeiro jogo". Deixa contudo um alerta: "Estamos a colocar a nossa expectativa muito alta".
Recordando a força de outros candidatos, o técnico lembrou ainda um outro aspecto: "Não é um campeonato a duas voltas onde todos jogam contra todos, onde vemos que o melhor é que ganha. Às vezes não é o melhor que ganha. Na minha opinião, a República Checa foi a equipa que melhor futebol praticou no último Europeu e não chegou à final.".
Depois da Arábia Saudita e da Grécia, José Peseiro prepara-se para uma 'aventura' na Roménia. É cada vez mais um cidadão do Mundo. O técnico ri-se com a alusão: "Temos essa felicidade de conhecer outros sítios, ainda por cima tendo uma remuneração. Normalmente quando viajamos temos de pagar as viagens".
Depois, mais a sério, enumera as desvantagens. "Estar longe da família, dos amigos, desta ilha que gosto tanto...".

Na Roménia para ser campeão
Mas tudo isso acaba por ficar para segundo plano. Afinal de contas, o Rapid de Bucareste aposta na conquista do título romeno, e isso encaixa perfeitamente na filosofia de Peseiro. "O que eu ambiciono é ganhar", resume.
O Cluj, campeão romeno, tem vários jogadores portugueses. O Rapid já tem dois (Vasco e João Paulo), e o seu treinador admite a possibilidade de contratar mais alguns. Nomes, esses, não adianta. Definida está já a composição da equipa técnica: Eduardinho, Pedro Caixinha e Zivanovic. "Quando saí da Madeira tinha vontade de levar o Eduardinho comigo e o Zivanovic. Também queria levar o João Abel comigo mas não se proporcionou.".

Fórum de treinadores
O motivo que trouxe José Peseiro à Região foi o Fórum de Treinadores, onde foi prelector. Peseiro resumiu a sua vinda de forma simples: "Venho comungar as minhas ideias com eles. Pena eles não poderem falar tanto tempo como eu, porque senão até poderia aprender algo mais.".
O tema central da edição deste ano, uma vez mais organizada pelo IDRAM e pelo DEFD/UMa, é 'Interagir, Comunicar e Inovar no Treino Desportivo'. O programa prevê 18 horas de formação, dez das quais em cursos teórico-práticos dinamizados em pequenos grupos.
Os temas dos cursos e os formadores são os seguintes: 'Controlo Emocional na Competição' (Sidónio Serpa - FMH/UTL);
'O Treino da Tomada de Decisão no Desporto' (Duarte Araújo - FMH/UTL);
'Como Promover as Relações Inter e Intrapessoais num Grupo?... Estratégias para a Intervenção' (Nuno Corte-Real - FADE/UP);
'Substâncias Ergogénicas no Rendimento Desportivo' (José Soares - FADE/UP);
'Liderança e Desenvolvimento de Equipas' (Nuno Pinto - DEFD/UMa);
'Comunicação do Treinador na Competição' (José Rodrigues - ESDRM).

Kaunas de José Couceiro elimina Rangers

O Kaunas treinado por José Couceiro eliminou o Glasgow Rangers ao receber e vencer por 2-1 na 2ª mão da 2ª pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Depois de ter conseguido um empate a zero na deslocação à Escócia, a equipa do treinador português consegue assim uma qualificação histórica.

Na 3ª pré-eliminatória o Kaunas vai defrontar o vencedor da eliminatória que opõe o Aalborg e o Modrica. Recorde-se que no jogo da 1ª mão a equipa dinamarquesa recebeu e venceu a equipa bósnia por 5-0, estando a eliminatória praticamente decidida.

@zerozero.pt

Peseiro de cedência em cedência…

José Peseiro anunciou que está disposto a abdicar do seu contrato com o Rapid Bucareste, da Roménia, sem exigir qualquer indemnização, caso a equipa não termine a Liga romena entre os três primeiros classificados. Peseiro decidiu, assim, explicitar a sua controversa relação com a direcção do clube depois de a imprensa local ter voltado a destacar a sua situação contratual, numa altura em que o clube passa por sérias dificuldades financeiras. “Todos dizem que só penso em dinheiro, mas não é assim. Tinha mais dois anos de contrato e já abdiquei de um. Se a equipa não terminar a liga nos três primeiros lugares, saio sem exigir indemnização”, referiu o antigo treinador do Sporting em conferência de imprensa.

Peseiro de saída do Rapid Bucareste

José Peseiro está finalmente a negociar a sua saída do Rapid Bucareste, clube romeno que o contratou esta época e de onde, depois de várias vicissitudes e cedências, pretende agora sair. “O Rapid atravessa grandes dificuldades financeiras e dada a impossibilidade de contratar reforços na abertura do mercado, optei por iniciar negociações tendentes à minha saída”, afirmou hoje Peseiro, antigo treinador entre outros emblemas, do Sporting e do Panathinaikos.

José Peseiro e Rapid de Bucareste acertam rescisão

O treinador José Peseiro e o Rapid de Bucareste chegaram a acordo sobre a forma de rescisão contratual entre ambos, com a desvinculação a ser consumada quando o clube pagar ao técnico português, noticia hoje a imprensa romena. A notícia foi dada pelo director-geral do clube, Gregory Sichitiu, que revelou as dificuldades que o Rapid tem para cumprir o acordo, estando obrigado a vender um jogador para poder pagar ao técnico português. Peseiro chegou ao Rapid de Bucareste a 3 de Junho, mas, face aos resultados aquém das expectativas do conjunto romeno, foi despedido a 2 de Outubro, decisão que ficou em suspenso devido à falta de dinheiro do clube para lhe pagar.

José Peseiro regressa hoje da Roménia

O treinador português José Peseiro regressa hoje a Portugal, depois de ter rescindido com justa causa o vínculo com o Rapid Bucareste, aguardando o pagamento “dos meses de trabalho” para recorrer à justiça da FIFA. “Não houve ainda o pagamento, mas prometeram-me que estão a tentar resolver essa questão e será feito nos próximos dias. Daí que eu não vá accionar ainda os mecanismos normais e legais que me cabem nesta situação”, disse hoje à Agência Lusa José Peseiro, acrescentando que a regularização dos salários estará dependente “da venda de, pelo menos, um jogador”. O técnico afirmou que “dadas as dificuldades do clubes”, aceitou aguardar “hoje, amanhã e depois” para que seja concretizado o “acordo amigável”, que evitará um eventual recurso à justiça da FIFA. “Este acordo para a rescisão apenas será efectivo mediante o pagamento dos meses de trabalho até aqui, abdicando o restante contrato”, explicou o treinador, que chegou a ser despedido 2 de Outubro de 2008, decisão que ficou em suspenso devido à falta de dinheiro do clube para lhe pagar. Questionado pela Lusa sobre a permanência dos portugueses João Paulo (ex-FC Porto), Ricardo Fernandes (ex-Nacional) e João Paulo Ribeiro (ex-Leiria) e dos brasileiros Juliano Spadacio (ex-Nacional) e Cláudio Pitbull (ex-Setúbal) no Rapid, Peseiro considera que a situação “não é fácil”. “Nem todos receberam os vencimentos, mas, na Roménia, normalmente, os jogadores mais importantes recebem. Mesmo assim, parece-me que no final do mês, alguns poderão avançar para a rescisão com justa causa”, sublinhou. Para o treinador, a sétima posição do Rapid na Liga, a sete pontos do líder Dínamo de Bucareste, e a presença nos quartos-de-final da taça romena, permite ao clube “estar na luta pelos títulos que se propunha disputar”. “Quando aceitámos este projecto propuseram-nos condições económicas e estabilidade, que não se vieram a concretizar. Numa segunda fase, depois da saída de um dos accionistas do clube, disseram-nos que era impossível manter o orçamento, que mesmo assim era mais baixo que o do Dínamo e do Cluj, e começaram a renegociar contratos e a deixar sair jogadores, como foi o caso do Júlio César”, acrescentou. Além de Peseiro, também os adjuntos Eduardinho, Pedro Caixinha e Goran Zivanovic, abandonaram o Rapid de Bucareste, depois de terem assinado contratos de três anos com o clube, a 3 de Junho de 2008. Aos 48 anos, o ex-treinador-adjunto de Carlos Queiroz no Real Madrid, já comandou o Nacional e o Sporting, em Portugal, o Al-Hilal, na Arábia Saudita, e o Panathinaikos, na Grécia. Marian Rada foi hoje confirmado pelo Rapid, no seu sítio oficial na Internet, como sucessor do treinador português, enquanto Nicolae Manea foi nomeado director técnico do clube.