Feirense

Empate com Pampilhosa
PEDRO PEREIRA

O Feirense não foi além de um empate a zero, frente ao Pampilhosa, no jogo-treino que se disputou ontem no Estádio Marcolino de Castro. Desta partida, em que o técnico Francisco Chaló (na foto) utilizou todos os atletas disponíveis, Gabi acabou por sair mais cedo, resultado de uma entorse. Uma lesão que não parece grave

Jorge Leitão ainda sofre com a polémica de domingo

Jorge Leitão não treinou ontem no Feirense, devido a um traumatismo sofrido no nariz no decorrer da polémica partida com o Beira-Mar. O avançado, diz o clube, foi agredido, e esse é apenas um dos muitos lances que estão na origem das críticas ao árbitro Paulo Costa

Presidente indignado
ANA CATELAS

Dois dias depois do jogo com o Beira-Mar, a revolta continua a assolar a Direcção do Feirense, pelo que Rodrigo Nunes critica o trabalho do árbitro Paulo Costa. No vídeo mostrado a O JOGO, foram exibidas as agressões a Leandro Perez e a Jorge Leitão, lances em que ambos foram admoestados com cartão amarelo. O Feirense reclama um penálti não assinalado. O presidente quer acreditar que tudo isto se ficou a dever a "uma tarde muito má" do árbitro, que teve "uma dualidade de critérios gritante". Rodrigo Nunes pede "isenção" e frisa que o Feirense poderá mesmo fazer frente aos grandes clubes da Liga Vitalis até ao fim do Campeonato. Mas, para isso, sublinha, estas situações não poderão acontecer em 2009, porque estes casos explicam muitos abandonos no futebol. "Depois ficam apenas os casos negativos", lamentou Rodrigo Nunes que, cumprindo com o prometido em caso de vitória diante do Beira Mar, pagou ontem o mês de Dezembro à equipa.

Diogo assina e causa emoção
H.M.M./A.M.

O Feirense reforçou-se com o extremo direito Diogo Cunha, de 22 anos, com quem acertou ontem um contrato válido para as próximas duas épocas e meia. Diogo actuava no Mirandela, clube onde deixará saudades. "É como se o FC Porto deixasse sair o Lisandro ou o Lucho", compara Virgílio Gomes, um presidente triste por perder aquele que considerava "o melhor elemento do plantel", mas simultaneamente feliz pela nova aventura de Diogo. "Também fui jogador e sei o que custa chegar lá acima. Não podia deixá-lo perder esta oportunidade", complementa. Virgílio Gomes garante que o extremo tem tudo para chegar ao topo, confessando que existia um emblema da Liga Sagres atento. Foi mais rápido o Feirense, clube que agradece, pela voz de Rodrigo Nunes, presidente, a postura de Virgílio Gomes, considerando-o "um homem extraordinário". De resto, os elogios são repetidos por Diogo Cunha, que garante dever ao líder do Mirandela e ao clube o que lhe está a acontecer. Formado no Guimarães - à semelhança de muitos dos seus agora ex-colegas -, Diogo representou Lixa, Beira-Mar, no escalão maior, e Olhanense. Decidiu arriscar no Mirandela e ganhou a aposta. Chega ao Feirense para render Cafu, que rescindiu, tal como o médio Gilmar.

Juniores são solução
H.M.M.

Caso o Feirense não consiga contratar até ao fecho do mercado os jogadores que pretende, sendo prioritária a chegada de um médio ofensivo, é certo que as vagas no plantel de Francisco Chaló serão preenchidas com juniores. De resto, o guarda-redes Carvalho foi o primeiro a ser promovido, sendo neste momento a terceira opção para a baliza.

Bruno chega para o flanco direito
P.P.

O Feirense fechou ontem a contratação de Bruno, um polivalente no flanco direito, que jogava no Nelas. O último reforço dos feirenses tem 27 anos e chega para jogar a lateral-direito, no entanto pode fazer todo o flanco, um pouco à imagem de Márcio, que deixou o clube na época passada. Entretanto, o Feirense inscreveu Carvalho, João e Luan, três juniores que têm treinado com a equipa sénior.

A chegada de Bruno não deverá fechar o plantel. Francisco Chaló espera ainda um médio-ofensivo.

Não há goleador nem é preciso
H.M.M.

Não é necessário um goleador para se fazer uma grande equipa. O Feirense é, na Liga Vitalis, o exemplo disso mesmo. Jorge Leitão e Moisés são os melhores marcadores, com quatro golos, e entre os jogadores mais vezes titulares, exceptuando o guardião Hélder Godinho, apenas Tales não fez o gosto ao pé. Os defesas Marco Cadete, Mamadi e Serginho têm um golo cada, enquanto Luciano fez dois, tantos quantos os assinados pelos médios Gabi e Hélder Castro. Sobram Perez (um) e Vitinha (três). Adilson foi titular nos últimos quatro jogos fazendo dois dos três golos que totaliza.

há nos dois campeonatos profissionais - ligas Sagres e Vitalis - melhor do que o Feirense. A conclusão é possível se as contas se resumirem ao desempenho caseiro, com especial incidência à performance defensiva. Neste particular, que no caso da equipa de Santa Maria da Feira explica quase tudo do extraordinário desempenho ao cabo de 19 jornadas - terceiro lugar a dois pontos do líder Olhanense -, o Feirense consegue não só melhor do que qualquer equipa da Liga Vitalis, como vai mais além e "envergonha" os desempenhos em casa dos melhores da melhor Liga. Os números valem mais do que mil palavras: a equipa treinada por Francisco Chaló sofreu no "seu" Marcolino de Castro apenas três golos, melhor do que os seis de FC Porto e Benfica, no Dragão e na Luz, respectivamente, ainda melhor do que os nove consentidos pelo Sporting em Alvalade, ligeiramente menos do que os cinco que o Nacional, melhor defesa caseira do primeiro campeonato profissional, sofreu até à 19ª jornada na Choupana.

O que é mais extraordinário, mais ainda do que a raridade com que sofre golos em casa, mais ainda do que ter consentido apenas dois empates e ganho por sete vezes no seu estádio, é a comparação que se pode fazer com aquilo que é o desempenho da mesma equipa, do mesmo "onze-tipo" quando joga perto ou longe de Santa Maria da Feira. Sem público afecto em maioria nas bancadas, o Feirense de Francisco Chaló consentiu bem mais do que o dobro de golos, já sofreu 13 golos. Não será caso para Hélder Godinho pensar que há mesmo dias em que "um homem não deve sair de casa", mas para imaginar o que poderia a classificação do Feirense se a diferença "casa-fora" não fosse tão acentuada.

A filha na Guiné preocupa Mamadi
P.P.

Há 12 anos em Portugal, Mamadi continua muito ligado ao seu país, a Guiné-Bissau. O central do Feirense tem toda a família na capital do país africano, incluindo uma filha, o que o deixa bastante apreensivo depois do assassínio de Nino Vieira. "Estou em contacto constante com os meus irmãos em Bissau. Eles já têm tudo preparado para saírem rapidamente da capital, caso as coisas corram mal. Tenho a minha filha lá, tem sido um dia complicado", desabafou, a O JOGO, Mamadi, que lamenta a perda de Nino Vieira. "Como ser humano, sinto-me bastante triste. Trata-se de um assassínio, o que é algo reprovável. São muitas as informações que me chegam: fala-se em ajuste de contas, em drogas, mas ninguém tem a certeza de nada", explicou.

Quanto ao futuro da Guiné, Mamadi mostra-se apreensivo, no entanto sabe que tudo depende da reacção nos próximos dias. "Estas situações são muito imprevisíveis, mas é determinante que não aconteçam conflitos. Se as coisas se mantiverem calmas e os guineenses unidos, acredito que o futuro pode ser bom para o país. Por vezes, as mudanças trazem melhorias", explicou o atleta do Feirense, que, hoje com 30 anos, espera poder regressar a uma Guiné em paz quando resolver pendurar as botas

Chaló quer imitar Manuel Cajuda
RUI FONSECA

A fé remove montanhas diz o ditado popular, e Francisco Chaló, técnico do Feirense, apesar dos seis pontos que o separam do Santa Clara, acredita que pode levar o clube de Santa Maria da Feira à I Liga.Num campeonato muito competitivo, a tarefa não é fácil, pois nos últimos nove anos apenas Manuel Cajuda, à frente do Guimarães, conseguiu inverter a estatística e subir. Chaló quer imitá-lo. "Para as oito jornadas que faltam as coisas não são como desejávamos, pois queríamos estar em primeiro lugar", reagiu Chaló, confiante, contudo, que o calendário vai "tirar pontos aos clubes" que estão à frente do Feirense, pois "vão jogar todos entre si".

O Olhanense e o Santa Clara são os principais candidatos. "A pressão está sobre os dois primeiros, que não podem perder, pois o calendário pode complicar-se. Até agora fizemos uma prova regular e queremos ganhar para ficarmos nos dois primeiros lugares". A fé é forte para o técnico feirense, que acredita poder colocar o Feirense entre os grandes do panorama futebolístico português. "Nesta recta final vou apostar, com todas as minhas forças, na subida, com um plantel formado por uma maioria de jogadores desconhecidos. A equipa é praticamente nova, mas tem mostrado grande valor", destaca.

"Assino por um ano"

Chaló tem contrato até final da época e não se mostra preocupado, pois, como é habitual, assina sempre por "um ano". "Estou a fazer o meu trabalho e no final se verá. Não estou preocupado com novo contrato, mas apenas em levar o clube o mais alto possível." A classificação final não terá peso na provável renovação, "mas sim o trabalho feito".

Reforços levam Beira-Mar ao fundo
J.M.V.

Três dos mais sonantes reforços do Feirense - Roberto, Elvis e Igor Sousa - materializaram o ascendente sobre o Beira-Mar no primeiro tempo e deixaram satisfeitos os adeptos do clube, apostado em correr pelos lugares da promoção de forma mais consistente. Foi por isso que o Feirense apostou em reforços de peso, o que se nota no revisto e melhorado modelo de jogo, por causa da maior experiência, e que não altera o sistema típico de Chaló, com duas linhas de pressão. Musculado e tirando partido do reduto local, o Feirense mostrou argumentos, embora sem deslumbrar, e deve aceitar que houve muito demérito de um Beira-Mar em processo de assimilação de novas ideias. A equipa aveirense claudicou defensivamente e mostrou um ataque pouco operante e sem referência.

Filipe pastel reforça meio-campo ofensivo
PEDRO PEREIRA

Filipe Pastel (na foto) assinou pelo Feirense por uma época e é o médio-ofensivo que Francisco Chaló, treinador dos azuis da Feira, procurava. O médio, de 27 anos, esteve as últimas três épocas ao serviço do Freamunde e foi um dos indiscutíveis no onze de Jorge Regadas, tendo realizado 29 jogos. Hoje, a equipa de Francisco Chaló realiza o seu derradeiro teste de pré-temporada frente ao Corunha, da I Liga espanhola. O encontro está marcado para as 20h00, no Centro de Estágios de Melgaço

Hoje há final do Torneio da Feira

O Feirense discute hoje, em Fiães, a final do Torneio da Feira com o S. João de Ver. Para este compromisso, Francisco Chaló não conta com Igor Sousa, ainda a cumprir treino condicionado.

Feirense triunfa
A.R.

O Feirense conquistou ontem o Torneio da Feira, batendo na final o S. João de Ver, da III Divisão. O vencedor foi apenas encontrado após grandes penalidades, depois de um empate (1-1) no tempo regulamentar. Já o Freamunde foi a Rebordosa vencer a equipa local por 4-1, com golos de Valdinho, Cascavel, Marco Cláudio e Bertinho, enquanto o Trofense perdeu por 1-0 na deslocação ao terreno do Moreirense

Bruno Sousa cedido
B. C.

O defesa-central Bruno Sousa foi emprestado ao Académico de Viseu, da Zona Centro da II Divisão Nacional. Sem espaço no plantel de Francisco Chaló, o jogador, de 26 anos, vai voltar a rodar fora da Feira depois de na última época ter sido emprestado ao Esmoriz

Renato Queirós volta a ter de esperar

B.C.

Chegado a Santa Maria da Feira como um dos principais reforços do Feirense para esta época, Renato Queirós ainda não teve a oportunidade de se estrear oficialmente e não será ainda este fim-de-semana que o vai conseguir. Isto porque, o Baku, clube azerbaijanês que o avançado serviu na última época, ainda não enviou, para a FPF, o certificado internacional do jogador. Por sua vez, Igor Souza está recuperado da lesão muscular que o afectou nos últimos dias e é opção para o jogo com o Varzim, ao contrário do castigado Luciano.

Defesa de betão
PEDRO PEREIRA

O objectivo traçado no início da época foi claro: Subir à Liga Sagres. E o Feirense parece estar no bom caminho. Com quatro jornadas disputadas, o emblema de Santa Maria da Feira soma apenas um golo sofrido, de penálti, em Aveiro. O sector defensivo foi um dos mais reforçados no defeso, além dos guarda-redes Paulo Lopes e Marco, também chegaram Wagnão, Élvis, Maurício e Joel, a maioria com experiência de I Liga, no entanto, não foi apenas experiência que os responsáveis do clube procuravam quando foram buscar estes atletas, como explica o treinador Francisco Chaló. "A experiência é sem dúvida importante, mas acima de tudo procuramos dotar o plantel de competição interna, e o sector defensivo era pouco fértil nesse tipo de concorrência. Por outro, as contratações que fizemos, e não falo apenas dos novos jogadores que chegaram para o sector mais recuado, deram-nos alternativas quanto aos vários sistemas de jogo que precisamos utilizar, consoante a necessidade e o adversário", explica Francisco Chaló, que defende o mérito de toda a equipa. "Não podemos olhar para estes registos e atribuir mérito apenas ao sector defensivo. Uma equipa não defende bem se o ataque e o meio-campo não estiverem igualmente bem", afirma o técnico que tem quinta-feira um importante teste no terreno de um concorrente directo à subida, o Santa Clara