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Entrevista a Carlos Carneiro

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Entrevista a Carlos Carneiro Empty Entrevista a Carlos Carneiro

Mensagem por FeoS 01.12.08 15:47

Entrevista a Carlos Carneiro

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Carlos Carneiro foi o segundo atleta desafiado a responder às perguntas dos adeptos, recebidas através do e-mail da LPA.
Veja aqui a entrevista completa.

Bilhete de Identidade
Nome: CARLOS Hugo Freitas CARNEIRO
Idade: 03.03.1982 (26 anos)
Estado Civil: Solteiro
Natural de: Azurém (Guimarães)
Residente em: Lisboa
Altura: 1,84m; Peso: 88 kg
N.º de Jogo: 18

Clubes anteriores (clube/escalão):
ABC - júnior e sénior (dois anos vinculado ao clube, mas no primeiro foi emprestado ao Boavista).
Madeira SAD - 04/05, 05/06 e 06/07
SL Benfica - desde 2007/08.

Selecção:
Uma música: One (U2)
Um filme: Uma Mente Brilhante
Um livro: Biografia de José Mourinho
Um lugar: Guimarães
Um sonho: ser campeão do Mundo com Portugal
Um atleta de eleição: Michael Jordan
Uma necessidade: ter saúde
Um Hobby: Jogar consola (PSP)

Ana Raquel, Lisboa
1) Qual a sensação quando veste a camisola do Benfica?
Carlos Carneiro: Em primeiro lugar, é uma enorme responsabilidade envergar a camisola deste enorme Clube. Sinto uma grande satisfação por desfrutar do prazer de representar uma equipa com estes créditos e de sentir a força de uma massa associativa impressionante, ainda por cima a fazer aquilo que mais gosto: jogar andebol.

2) Sente-se acarinhado pelos adeptos do Benfica? Se sim, tem algum motivo em especial?
CC: Muito acarinhado! Não só pelos adeptos como também por todos os responsáveis do clube. Só tenho pena de nem sempre o nosso pavilhão estar bem composto; trabalhamos todos os dias para atrair a atenção de mais adeptos para a modalidade e não desistimos desse objectivo. Quero voltar a celebrar títulos no Clube com o pavilhão cheio.

Daniel Pina
Desde já digo que sou um grande fã teu e que aprecio muito o teu esforço e dedicação à modalidade. Eu começei a jogar andebol pela Académica de Coimbra como iniciado este ano e estou a gostar muito da experiência. A minha pergunta é: Qual é a sensação de ser considerado o melhor jogador da Liga Portuguesa de Andebol?
CC: É sempre muito bom sinal sermos reconhecidos pelo nosso trabalho. Todos os jogadores ambicionam ser melhores a cada dia que passa, embora ser considerado o melhor seja sempre relativo. Dá-me mais força para continuar a evoluir saber que existe quem me reconhece qualidade. Fui apontado como melhor jogador nos dois últimos anos, o que me deixa radiante. Mas não será isso que me fará desviar do meu caminho – trabalhar e ajudar ao máximo o Benfica.

Henrique Barros, Lisboa
Carlos, sou aquele senhor que quando na época passada foste fazer os exames médicos, na cidade universitária, te emprestou o jornal, dizendo que se ganhasses algum título em troca queria a tua camisola.
1) Será que me ofereces? Tenho um filho praticante e era para ele! Está nos juniores C da selecção e joga a lateral e central.
CC: Confesso que não me recordo da pessoa, mas guardo o episódio. Não sei se é espectador assíduo dos nossos jogos no Pavilhão da Luz, mas terei todo o prazer em falar pessoalmente sobre a carreira do seu filho. Se tivermos oportunidade, falaremos sobre o seu pedido, que muito me honra.

2) Para além do andebol, onde és o motor da tua equipa e na selecção, o que fazes?
CC: Neste momento, dedico-me em exclusivo ao andebol. Tenho tido aulas de inglês para melhorar a minha fluência nessa língua, algo que não me ocupa muito tempo.

3) Tencionas aventurar-te no estrangeiro?
CC: Há já alguns anos que tenho propostas para sair de Portugal, mas ainda não me surgiu algo que me seduza ao ponto de deixar o meu Clube e o meu País.

4) Qual o clube e treinador que mais te marcou?
CC: O Clube que mais me tem marcado é mesmo o Benfica, pela sua grandeza e eclectismo. Alexander Donner foi aquele que me formou e me deu projecção, o que me leva a reservar-lhe carinho e gratidão. De facto, não tive muitos mais treinadores. E tenho de salientar o enorme respeito que tenho pelo professor José António e pelo seu trabalho. É um grande profissional, muito estudioso. Temos aprendido com ele e espero que tenha o máximo sucesso no Benfica, porque o sucesso dele será o de toda a equipa.

Diogo Coelho, Lisboa
1) Com toda a certeza, pelo facto de no ano transacto teres sido considerado o melhor jogador da liga e por para muitos seres o melhor jogador da selecção nacional no activo, muitos jovens devem ter o sonho de um dia jogar como tu, ou pelo menos ter um bocado do sucesso que tu tiveste, que conselhos dás a esses jovens, qual a melhor atitude, qual a melhor forma de trabalhar e de treinar? O que é preciso para chegar onde conseguiste chegar?
CC: Há que ter muita vontade e estar preparado para fazer sacrifícios. Por vezes, as qualidades físicas e técnicas não bastam para alcançar o sucesso. Recordo palavras de um antigo seleccionador de juniores, Manuel Laguna: “Para seres grande jogador terás de sonhar bastante.” Sempre sonhei ser um andebolista de selecção e quando cheguei a esta condição nem reparei que já o tinha concretizado, porque ser ambicioso leva-me a traçar sempre novas metas.

2) Qual é a tua equipa de sonho?
CC: GR- Sérgio Morgado; Ponta esquerda- Ricardo Andorinho; Lateral esquerdo- Carlos Resende; Central- Victor Tchikoulaev; lateral direito- Filipe Cruz; ponta direita- Rui Almeida; Pivot- Carlos Galambas.

Joana Moreira
Todos nós sabemos que o Andebol Português já teve melhores dias e que teve de estagnar para depois evoluir. A minha pergunta é, qual é a visão de um atleta, nomeadamente do Carlos Carneiro, neste momento do Andebol, ou seja, qual a perspectiva para Futuro?
CC: Na minha opinião, os piores momentos já passaram. A modalidade está no bom caminho, há mais jogadores de qualidade no campeonato, embora jovens. Espero que os agentes do andebol português tenham percebido que não é com guerras que a modalidade voltará ao patamar que já ocupou. Com a devida estabilidade alcançaremos êxitos.

Ana Santos
Se recebesses um convite do FC Porto aceitarias?
CC: Embora em final de contrato, sinto-me honrado e muito bem no Benfica. Neste momento, custa imaginar-me com outras cores. Sou profissional de andebol, não posso dizer nunca. Tenho dado o máximo à equipa, mas é bom sublinhar que o Clube também me tem dado tudo.

Nós somos um grupo de alunas do 12º ano e no âmbito da disciplina de Área de Projecto estamos a elaborar um trabalho sobre "Saúde e Desporto". Para completar o trabalho, decidimos fazer umas questões e enviá-las para a LPA para serem feitas aos jogadores. Já perguntamos ao João Pinto e agora enviamos para o Carlos Carneiro.
Elementos do grupo:
Sílvia Neves
Sara Rodrigues
Diana Silva

Qual a importância do andebol na sua vida? Porquê o andebol?
CC: Entrei na modalidade por acidente, empurrado por amigos, aos 14 anos, mas tudo o que sou hoje devo-o ao andebol. Formou-me como atleta e como homem.

Qual é a sensação de ser o capitão da selecção nacional? E de ser o vencedor do troféu LPA Jogador do Ano de 2007/2008?
CC: São distinções que me enchem de orgulho e que me trazem maior responsabilidade; um “peso” que não me desagrada.

O que sentiu ao ser campeão pelo Benfica?
CC: Foi indiscritível. Já tinha sido campeão pelo Madeira SAD, mas admito que no Benfica foi incomparavelmente diferente e mais emocionante. Não há palavras que descrevam com exactidão o que senti. Sentimos uma força exterior impressionante que nos empurrou para um título que já não era festejado pelo andebol do Benfica há 18 anos.

Porque é que optou pelo número 18?
CC: Curiosamente, desde os 16 anos que uso o n.º17. Aliás, na selecção é essa a minha camisola, porque sempre admirei jogadores da minha posição que alinhavam com este número, como Tchikoulaev e Jacques Richardson. Quando fui para a Madeira esse número era do Yuri Kostesky, pelo que optei pelo 18. Como tenho excelentes recordações desse tempo, não vi motivos para o alterar no Benfica.

Tem algum ritual antes dos jogos?
CC: Sou supersticioso, mas não tenho um ritual específico. Apenas tento repetir algumas coisas que tenham ficado relacionadas com anteriores vitórias. Por exemplo, repetir a mesma alimentação...

Qual é para si a melhor equipa de andebol do mundo?
CC: Ciudad Real (campeã da Europa e de Espanha).

Neste momento, qual a equipa mais difícil de defrontar na Liga?
CC: É complicado escolher uma porque a Liga está competitiva. FC Porto, ABC, Sporting e Belenenses são equipas que exigem sempre a máxima concentração e empenho.

Qual o guarda-redes mais difícil de bater na Liga?
CC: Temos vários bons guarda-redes na Liga. Sendo difícil escolher apenas um, destacaria, ainda assim, o Hugo Figueira e o Carlos Ferreira como adversários. Só não coloco ao mesmo nível o João Ferreirinho, meu colega no Benfica, porque felizmente não é meu adversário.

Considera que a prática do desporto é importante na sua vida? Acha que melhora a sua qualidade de vida diária? Em que medida?
CC: O desporto deveria ter um lugar na vida de todas as pessoas, porque proporciona bem estar, alivia o stress e previne certas doenças. Eu não me imagino sem praticar desporto. Mesmo durante as férias não consigo estar parado: jogo ténis e futebol com os amigos e vou algumas vezes por semana ao ginásio.

Quais as razões que o levam à prática de desporto? Se tivesse que convencer alguém a inicia a prática desportiva, o que diria?
CC: (de certa forma, está respondido na anterior questão).

Que conselho dá a pessoas que queiram começar a praticar desporto?
CC: Nunca é tarde para começar a praticar desporto, embora quanto mais cedo melhor. Tomem precauções para evitar lesões, nomeadamente fazer aquecimento e alongamentos; e não exceder as suas capacidades físicas, porque cada pessoa tem os seus próprios limites.

Como desportista, pensa que uma alimentação saudável é importante? Em que medida?
CC: Claro. Uma boa alimentação influencia a performance desportiva; apesar de ser difícil manter uma alimentação rígida, qualquer atleta que afirme o contrário está certamente a enganar-se.

Tendo em conta que a prática desportiva exige dispêndio de energia, que tipo de alimentação considera que seja a mais adequada para atletas?
CC: Ingerir, por exemplo, alimentos ricos em hidratos de carbono, comer pouca gordura e beber sumos não gaseificados.

Acha que a prática de desporto é compatível com o tabagismo?
CC: Penso que não, embora existam atletas que consigam manter indices desportivos elevados, não deixando de fumar. Possivelmente, se não o fizessem, as suas capacidades seriam ainda mais potenciadas.

Actualmente, somos confrontados com diversas notícias onde atletas utilizam substâncias ilícitas para alcançar melhores resultados. Qual é a sua opinião em relação ao doping?
CC: Repudio completamente o uso de doping. Além de ser prejudicial à saúde, é uma desonestidade obter vantagem sobre os outros atletas mediante a utilização de substâncias que melhoram o rendimento. Estes atletas deveriam ser irradiados do desporto, pois não fazem parte desta família.

Pergunta do Portal LPA
O atleta tem cada vez mais um papel importante nos comportamentos dos jovens, assim como na chamada de atenção para questões sociais e intervenção na comunidade. As crianças e jovens têm nos atletas um modelo a seguir. Os atletas têm o poder de aglutinar à volta deles a energia, sonhos e sentimentos de várias gerações de adeptos. O jogo já não é apenas o que acontece dentro das 4 linhas, mas é tudo o que se passa à volta - é o espectáculo que se cria e o envolve.
Pela sua experiência, considera que os atletas têm consciência deste papel e da sua importância?
CC: Sim. Sei que tudo aquilo que fazemos no nosso dia-a-dia poderá ter um efeito positivo ou negativo. Ainda por cima quando representamos um clube que nos dá tanta visibilidade e semelhante grau de responsabilidade. Todos os atletas têm de ter consciência disso.
FeoS
FeoS
Junior

Número de Mensagens : 274
Clube : SL Benfica, GD Nazarenos e Dom Fuas AC
Pontos : -9
Data de inscrição : 27/11/2008

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