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Manuel Machado

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Mensagem por danyro 12.06.08 18:45

Manuel Machado 657802_bigportrait

Manuel Machado de volta ao Nacional

Manuel Machado 46_treinador

Clubes que treinou
2007/08 - Sp. Braga
2007/08 - Académica
2006/07 - Académica
2005/06 - Nacional
2004/05 - V. Guimarães
2003/04 - Moreirense
2002/03 - Moreirense
2001/02 - Moreirense
2000/01 - Moreirense
1999/00 - Fafe
1998/99 - Fafe
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Mensagem por danyro 12.06.08 18:46


Manuel Machado esteve ontem na Madeira e assistiu ao Portugal vs. R.Checa na companhia de Rui Alves
Manuel Machado, treinador do Nacional na próxima temporada esteve ontem na Madeira. O novo timoneiro da equipa madeirense assistiu ao jogo juntamente com Rui Alves num restaurante da nossa praça, mas em cima da mesa, esteve também naturalmente a planificação da próxima época. À nossa reportagem, Manuel Machado disse que sobre as entradas e saídas que «não me pronuncio», até porque, «são questões contratuais sobra as quais apenas a entidade patronal pode falar», ainda assim, o treinador do Nacional mostrou-se «satisfeito» com as várias contratações já anunciadas nos jornais. Manuel Machado regressa durante o dia de hoje ao continente, para regressar em definitivo à Madeira no próximo dia 28 ou 29 do corrente mês, já que, como anunciou o JM, o primeiro dia de trabalho dos “alvinegros” está aprazado para o último dia de Junho.
Décio Ferreira - JORNAL DA MADEIRA
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Mensagem por blitz0 13.06.08 2:51

Ahahaha .. Esta foi boa ..
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Mensagem por danyro 11.08.08 9:01


"Quem desenhou o plantel fê-lo com razoável eficácia"

Manuel Machado Dn0401101401

O Nacional terminou o estágio de duas semanas alternadas entre Rio Maior e Quiaios. Um período aproveitado para realização dos habituais jogos de pré-temporada em que o técnico Manuel Machado aproveitou para dar um cunho pessoal a um plantel que sofreu uma grande reformulação. Um grupo de trabalho composto por uma mescla de juventude e experiência, que pelo trabalho realizado, acabou por surpreender os mais cépticos. No final do estágio, Manuel Machado, em jeito de balanço, para além de considerar o estágio bastante positivo, abordou a actual situação da equipa.

Qual o balanço que faz do estágio?
É satisfatório, quer no plano comportamental, quer no da integração dos jogadores. Além disso sabemos que já foi dito várias vezes que o grupo está profundamente remodelado, o que dificulta um pouco esta tarefa. Mas é na parte de integração dos jogadores e na criação de um espírito de grupo forte, que tem incidido o meu trabalho, porque acho fundamental para o sucesso no plano desportivo. O balanço deste mês de trabalho e nomeadamente destes últimos quinze dias em que estivemos de forma mais permanente juntos e numa vertente mais competitiva, resultou positivo. Não houve incidentes de maior ao nível da convivência entre os muitos novos jogadores e os que já cá estavam. Acho, que há uma boa assimilação e esse é um pressuposto que me parece muito importante para que, de facto, tenhamos a coesão, enquanto colectivo, coesão que é necessária a campeonato tão exigente como é o português. Após o trabalho efectuado no Funchal, fundamentalmente no plano físico, numa revisão técnica e nos rudimentos daquilo que são as ideias chaves no qual vai assentar o nosso futebol, partimos para a realização dos jogos de preparação, com um balanço positivo.

O plantel correspondeu às suas expectativas?
Sim. Para ser franco, não tenho porque esconder. Numa primeira avaliação, ainda em teoria, e olhando para a acumulação que foi feita, a perda de alguns jogadores nucleares do passado e para a muita juventude que essas mesmas aquisições representam, fiquei um pouco céptico, admito. Hoje, e após esta convivência, esta avaliação que é feita a cada unidade de trabalho, em cada unidade de treino a cada unidade competitiva, de facto, vai me permitir dizer que quem desenhou este grupo de trabalho, fê-lo com razoável eficácia. Julgo que temos um lote interessante, fundamentalmente a médio prazo, mas que também poderá a curto prazo, dar uma resposta interessante.

Acha importante a articulação da juventude que integra o plantel e a experiência?
É evidente que a juventude traz consigo muita força física, muita ambição por querer afirmar-se mas arrasta também algumas lacunas que, numa palavra, se traduz em inexperiência. Os jogadores mais experientes, com um pouco mais de vivências nesta andanças, têm normalmente outros predicados quando conjugados com os primeiros que, nas quantidades certas, podem de facto levar a que se construa uma equipe bem conseguida, eficaz e equilibrada.

Vai pedir reforços?
É assim, nenhum plantel é perfeito. Digamos que os grandes treinadores, ou pelo menos, os que estão em grandes clubes, todos eles tendo à sua disposição jogadores do mais alto nível, continuam a trabalhar diariamente no sentido de aferirem, reajustarem e colmatarem pequenas lacunas que os seus plantéis têm. Este, é um plantel com determinado perfil, é um bom grupo de trabalho como já afirmei mas também ele, não é perfeito. Há pequenas coisas que gostaria de reajustar mas são muito pequenas. Irei ter uma conversa com o presidente Rui Alves quando do meu retorno ao Funchal e veremos qual a sua opinião. Foi ele quem desenhou este grupo de trabalho, no cruzamento com as minha ideias resultantes destas cinco ou seis semanas que já levamos de trabalho, se há ou não alguma coisa a ser feita nesse sentido e se há suporte financeiro para que tal aconteça.

Vai dispensar jogadores?
Julgo que não há necessidade disso. Apontávamos para os 25 jogadores, apesar de ser um bocadinho mais extenso, por força da integração dos três jovens croatas. Também eles têm dado uma resposta positiva tendo em conta a sua juventude. Como tal não vejo necessidade de fazer qualquer tipo de dispensa.

Gostaria de ter algum jogador do plantel que treinou na sua primeira passagem pelo Nacional?
O Nacional tem um histórico sobretudo ao nível do mercado sul-americano de jogadores de alta qualidade. Temos no passado e temos no presente com certeza. Os jogadores que representaram o clube fizeram-no com brilhantismo e em grande parte saltaram para emblemas e desafios e também vencimentos maiores como é óbvio. Neste momento não me parece correcto, embora guarde deles (e guardarão os dirigentes do clube) boas memórias, mas é com estes que vamos avançar e por isso, se tivemos boa gente no passado, tenho a certeza, temos boa gente no presente que se fará maior ainda num futuro próximo.

No seu regresso como é que encontrou o Nacional no espaço físico e humano?
Encontrei-o em progresso e isso de alguma maneira satisfaz-me particularmente. Tenho uma forma de estar que é a minha e felizmente por onde tenho passado e quando há regresso, tem havido sempre um feed-back muito positivo no que diz respeito aos dirigentes, atletas e massas associativas desses clubes e no Nacional não foi diferente. Neste retorno encontrei, de facto, o clube remodelado, sobretudo na sua infra-estrutura desportiva a níveis que são compatíveis com aquilo que é o mais qualificado do futebol moderno.

Quais as expectativas para o campeonato?
Fazer projecções e prognósticos é sempre passível de erro profundo. No entanto, pelo histórico daquilo que é nosso campeonato, os três grandes vão assumir-se de novo, como potenciais candidatos aos três primeiros lugares.

O Nacional vai olhar para os lugares cimeiros?
O Nacional já traçou dois objectivos por duas bocas diferentes, que são no fundo o mesmo. O presidente Rui Alves afirmou na apresentação do plantel a sua vontade de chegar à UEFA e o seu treinador disse que pretendia a manutenção embora não tenha dito que pretendia apenas isso. Como tal, é uma questão de perspectiva, é uma questão de querer a casa toda de uma vez ou de querer construi-la faseadamente. Estamos a falar do mesmo mas por aquilo que mencionei antes, julgo que temos de ter os pés assentes no chão e ser comedidos no discurso, é aquilo que me parece mais razoável.

Como antevê o campeonato interno?
O campeonato interno é extremamente bonito. É uma particularidade da Região a grande rivalidade que se vive na ilha entre os dois emblemas que na actualidade são os maiores. Mas essa rivalidade, de facto, revitaliza e torna o futebol madeirense no seu espaço interior, no dia a dia, algo de muito interessante e salutar. É lamentável às vezes alguns exageros ao nível do discurso e da linguagem mas, de resto, a forma como os madeirenses encaram esta rivalidade faz com que o futebol madeirense se mantenha vivo.

A 'praga' da falta de eficácia
Dentro dos dois estilos de jogo, que quer implantar o técnico nacionalista parece não ter dúvidas em relação à equipa tipo. Aliás, têm sido visíveis as primeiras opções para o plano A e B. Quando optar por colocar em acção o clássico (4x3x3), um dos seus modelos preferidos, Cléber, no meio, Luís Alberto na esquerda e Edson Sitta no flanco aposto vão constituir o 'trio' de apoio aos três homens mais avançados, em que a escolha deverá recair em Mateus, na esquerda, Nené entre os centrais contrários e Fabiano Oliveira no lado direito. À espreita da oportunidade vão estar João Aurélio e Lovro, dois jovens promissores.
Passando para o modelo (4x3x1x2), em losango, as preferências de Manuel Machado têm sido no trio de meio campo composto por Cléber, Edson Sitta e Luís Alberto, enquanto Juninho e Rafael Bastos são os potenciais candidatos à missão 'pivot' , atrás da dupla de ataque Mateus/Nené.
No que toca ao sector mais recuado as escolhas estão praticamente definidas. Patacas e Alonso são titulares indiscutíveis, tendo como segundas opções, Marco Airosa e Nuno Pinto, enquanto a Halliche e Felipe Lopes vão constituir a dupla de centrais preferida, apesar da forte concorrência de Maicon e de Fernando Cedrola.
Resta acrescentar, que Juliano, Igor Pita, Bruno Amaro são 'pedras' com quem Manuel Machado tem contado e que a qualquer momento podem assumir a condição de titular. Ruben Micael ', que ainda não foi testado em competição continua afastado dos treinos devido a lesão. Duje Cop, que deverá integrar o plantel dos juniores tem dado boas indicações.

O onze titular parece estar definido
Não parece haver muitas dúvidas sobre o onze que Manuel Machado está a idealizar para competir na denominada, Liga Sagres, edição 2008-2009. Uma equipa, tendo como base a maioria dos jogadores que transitaram da época passada. O técnico alvinegro tem vindo a trabalhar com os jogadores que tem e a selecção possível já parece estar feita. A dedução imediata é feita pelo somatório do que tem vindo a ser experimentado ao longo dos jogos da pré-temporada.

Foram testados dois modelos
Fiel ao futebol de contenção, mas privilegiando sempre a circulação e posse de bola, Manuel Machado testou dois modelos de jogo. O clássico (4x3x3) e o (4x3x1x2) em losango, têm sido testados, ao longo dos jogos realizados, com resultados, satisfatórios.
A equipa, com o decorrer do tempo, tem revelado grande coesão colectiva, beliscada com alguns erros, nomeadamente no eixo central da defesa. Um sector, onde reside as grande preocupação de Manuel Machado, que por várias vezes, fez questão de alertar para os erros cometidos. O dupla de ataque Mateus/Nené também não têm tido a eficácia, que se exige. Tem faltado sim, o discernimento necessário no momento da finalização, porque as oportunidades não têm faltado. Todavia, a 'praga' da falta de eficácia atacante volta a pairar sobre as hostes alvinegros.
Contudo, não faltam soluções para a frente de ataque, apesar da escolha ter recaído em Mateus e Nené.
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Mensagem por danyro 11.08.08 15:00


Plantel correspondeu

Manuel Machado 6_102296

As palavras de Manuel Machado durante a entrevista que serve de balanço, deixam transparecer que a pré-época foi positiva. Os onze jogos de preparação realizados, concederam a oportunidade de observar todos os jogadores e de poder ficar com uma ideia sobre a equipa base, algo que não revela, até porque o trabalho terá continuidade na Região.
No tocante a reforços, o treinador “alvinegro” mostra-se satisfeito com os jogadores que tem e não está a pensar para já em alterações, assim como também recusa dispensar atletas, tendo em conta o elevado grau de satisfação no tocante aos 25 componentes do plantel.

Está satisfeito com esta segunda fase do estágio realizado em Quiaios?
Sim, na globalidade, estou muito satisfeito. Conseguimos alcançar aquilo que tínhamos delineado, dentro do planeamento desta pré-temporada, e a equipa correspondeu positivamente.

A equipa disputou um total de onze partidas de preparação, perdendo apenas o último jogo com o Paços de Ferreira. É esta a mentalidade que quer incutir no grupo de trabalho?
Sim, logicamente que é sempre positivo não perder. Contabilizámos, durante este período, 11 jogos amigáveis, e só perdemos numa ocasião o que é sempre importante. Temos um grupo muito jovem, altamente remodelado, e o espírito da vitória ajuda sempre a que os jogadores se sintam mais animados e preparados para os encontros seguintes. Esperemos que esta mentalidade ganhadora se fixe no plantel.

Tem o plantel que deseja? Está satisfeito com o leque de jogadores que tem à sua disposição?
Sim, estou muito satisfeito com o grupo que tenho à minha disposição. Acima de tudo, tenho a clara noção de que é um grupo muito jovem, com uma média de idades muito baixa, mas que me dá totais garantias a curto prazo. Para além disso, julgo que, pelos atletas serem muito jovens, a ideia de ter uma boa equipa a médio/longo prazo, está a começar a formar as suas raízes, e pode vir a dar frutos no futuro, assim espero.

Não precisamos de mais reforços
Ainda gostava de ver o plantel reforçado? Precisa de colmatar alguma posição em especial?
Para já, penso que não necessitamos de mais reforços. Tenho o grupo completo, com 25 atletas, e estou satisfeito com o lote de jogadores que tenho à minha disposição. Ainda assim, julgo que nenhum clube do mundo pode considerar que tem o plantel fechado. Basta verificarmos o mercado europeu, onde as grandes potencias ainda estão no mercado. Se viermos a efectuar alguma alteração, tratar-se-á apenas de um pequeno reajustamento, o que tratarei com o presidente em sede própria, ou seja, quando regressarmos ao Funchal.

Não me passa pela cabeça fazer dispensas
Pondera elabora alguma lista de dispensas?
Não, de momento não me passa pela cabeça dispensar qualquer jogador que seja, já que, como referi anteriormente, estou satisfeito com o desempenho de todos os meus atletas.

Europa é também um desejo do treinador
Como encara este regresso ao Nacional? Tem ambições europeias, ou traça apenas a manutenção como principal objectivo?
O meu regresso ao Nacional é mais um projecto ambicioso para mim. Gosto sempre de deixar boa imagem pelos sítios por onde passo, para que o regresso se possa tornar uma realidade um dia mais tarde. É o que acontece com este meu regresso à Madeira, onde tenho um carinho especial pelo Nacional e pelas pessoas que cá trabalham. O objectivo é a manutenção, mas não apenas isso. No dia da apresentação, o presidente Rui Alves falou nas competições europeias, pois é um desejo que tem para o seu clube, logicamente. Eu também tenho esse desejo, e tudo farei para que o consigamos alcançar, mas devemos saber ultrapassar etapas de forma faseada e sustentada.

Eduardo Marques - JORNAL DA MADEIRA
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Mensagem por danyro 27.09.08 16:45


"Devíamos treinar menos e jogar mais"
"Tudo isto excede claramente aquilo que poDeria ser esperado"

Manuel Machado Dn0401101801

Manuel Machado Dn0401101802

Manuel Machado Dn0401101803

Manuel Machado é um treinador feliz, mas não eufórico com a liderança da I Liga, em futebol. Em entrevista ao DIÁRIO na véspera de, eventualmente, vir a reforçar o primeiro lugar no campeonato, o técnico alvinegro insiste em ser comedido. Entende o entusiasmo de alguns dos seus jogadores, mas recorda que tem 52 anos e os jogadores apenas 20 ou 23 anos...
Fala da Região onde agora vive, do Marítimo, clube que esteve a um passo de ingressar, e da rivalidade entre presidentes. Critica o modelo competitivo português, porque entende que se devia jogar mais em detrimento de tanto treino. Das polémicas da arbitragem, tem uma leitura muito lógica: os clubes grandes são os que mais reclamam, mas são os que mais beneficiam.

Qual o balanço que faz à excelente entrada no campeonato e a consequente liderança?
Não vou dizer nada que não tivesse dito: 100 por cento de aproveitamento. Nada mais é exigível. É um arranque diferenciado e até histórico dentro desta casa, por isso todos os integrantes deste grupo, que têm contribuído para que tal aconteça, devem estar plenamente satisfeitos. Refiro-me aos profissionais, funcionários, quadro técnico e clínico, dirigentes e massa associativa.

Contava passar por este momento nesta altura?
Não! Tudo isto excede claramente aquilo que poderia ser esperado, pelos factores que também já mencionei em outras conversas que já tivemos. Temos um grupo completamente remodelado, com base em jogadores jovens que não têm experiência nem conhecimento desta prova. Por isso, volto a frisar que tudo isto estava fora das expectativas.

Como é que tudo isto acontece? É um acaso?
Não há segredo nenhum. Já o disse e posso repeti-lo. Peguei na estrutura anterior, nomeadamente quatro ou cinco jogadores. Estou a referir-me ao Patacas, Bracalli, Alonso, Cléber e Edson. Tentei complementar esse grupo de jogadores com aqueles que me parecem neste momento estar em melhor condição e ter o perfil mais adequado para construir um 'onze' mais equilibrado e que, felizmente para nós, tem dado uma resposta e tem obtido um óptimo rendimento. Até quando é que o Nacional poderá manter-se na condição de líder? Vamos tentar prolongar no tempo o mais possível este bom desempenho. Contudo, sabemos que a qualquer momento vamos perder. Temos isso em consciência. Cabe-nos é protelar o mais possível uma quebra rendimento.

No início da época fez uma avaliação moderada do plantel. Mantém essa avaliação?
Só posso reforçar aquilo que disse na altura: mais que um plantel, é um projecto que me parece aliciante. São jovens jogadores com um perfil muito interessante no plano físico, atlético e técnico, e com grande margem de progressão. Felizmente, para nós, conseguiram traduzir o trabalho em pontos rapidamente. Penso que, a médio prazo, podem constituir não só mais-valias desportivas muito interessantes, mas também activos em termos comerciais valiosos.

Ao contrário de alguns dos seus jogadores, tem-se mostrado bastante comedido relativamente ao momento da equipa e a objectivos futuros. A que se deve tanta contenção?
São duas perspectivas diferentes. A do técnico, que tem 52 anos, e a do jogador, que tem 20 anos. Há, de facto, perspectivas e formas diferentes de olhar para este momento. São ambas aceitáveis. Não posso, em momento nenhum, ser crítico relativamente a jogadores na 'casa' dos 20, 22 e 23 anos, que perante um momento muito positivo, manifestam pela palavra uma grande ambição e que põem as metas num patamar muito elevado. Até porque muitos dos que tal afirmaram são oriundos de outras realidades, que estão ainda a conhecer a nossa. Por isso, vão levar algum tempo para conhecer a realidade do futebol português. Aliás, para isso bastava consultar o histórico da prova. A minha perspectiva é outra: nasci em Portugal, há 30 anos que estou no futebol e sei muito bem qual é o passado da modalidade, em termos de resultados. Em 60 anos, só duas vezes é que dois clubes se intrometeram no primeiro lugar: uma vez o Belenenses e outra o Boavista.

Face ao entusiasmo dos seus atletas, em que tem baseado a sua mensagem para dentro do grupo?
Tento manter a ambição e incentivá-los a acrescentar mais uma vitória às que já têm. Mas, ao mesmo tempo, faço-os perceber que tal só será possível se não houver perda de concentração e de qualidade de trabalho, se não houver algum deslumbramento que de alguma maneira lhes possa tirar do caminho certo. Por isso, há uma palavra no sentido da motivação na continuidade dos resultados positivos; mas há uma outra que vai no sentido de os fazer perceber que esses resultados só aparecerão se, de facto, se mantiver os níveis de motivação e de concentração.

O calendário pode propiciar uma liderança por mais tempo. Vai continuar a manter-se tão comedido em relação aos objectivos futuros?
No Nacional, com todo o respeito pelo emblema e por todo o trabalho feito nos últimos anos, fixando-se e ganhando espaço na Primeira Liga, não posso ter o discurso que teria se fosse treinador do Benfica ou do Porto. Nunca chegaria ao Benfica a dizer que tinha um objectivo por etapas. Aqui posso dizê-lo. A qualquer momento a ida à UEFA está ao alcance do Nacional. Contudo, pelo perfil do grupo e, até, para que não se criem pressões excessivas sobre os jogadores, que são jovens e que não têm grande tarimba nesta prova, criar um objectivo de menor dimensão nesta fase, ou seja, alcançar 30 pontos, que garanta a manutenção e depois então mencionar o segundo patamar como segundo objectivo, parece-me a forma mais razoável e inteligente de podermos realizar uma boa época.

Mantém as críticas ao actual modelo competitivo?
Mantenho, reafirmo e não vou cansar-me de o fazer: infelizmente, os modelos que melhor rentabilizam o futebol não chegam a Portugal. Aliás, há anos, com a diminuição de clubes, houve uma inversão no sentido que os outros seguem. Entendo que se devia treinar menos e jogar mais. O número de clubes deveria ser maior. O número de interregnos do calendário competitivo devia desaparecer, no sentido de aliviar os montes de problemas com que se debatem os clubes, nomeadamente os mais ricos ao nível de gestão dos seus activos.

Para além de treinador é também professor e um cidadão atento, sobretudo ao que se passa a nível nacional fora do âmbito desportivo. Como é que comenta o desenvolvimento da Região que o acolheu?
O 'choque' não é tão grande como o da primeira vez. Já tinha estado na Madeira várias vezes. Estive cá em 1984 para depois voltar em 2005. De facto, a Região mudou completamente de cor. Nestes dois últimos anos, não encontrei realmente grandes diferenças. No entanto, posso dizer que a Madeira é um espaço geográfico diferenciado. Tem um clima que é um privilégio para quem pode nele passar o ano. No plano desportivo tem um conjunto de infra-estruturas referenciadas e isto mexe connosco, porque é nessa área que nos mexemos de forma mais frequente. E ao nível do clube que sirvo neste momento, de facto, aí sim, posso registar um passo em frente, gigante, com a construção da Cidade Desportiva. A grande diferença que posso assinalar da minha primeira para segunda passagem pela Madeira, perante tudo o já referi, é este campo mais específico, o avanço que aqui se registou.

Então já é um adepto da Madeira...
É claro que sou! Vivia o resto da minha vida cá. Contudo, há uma série de condicionantes que me impede de fazê-lo. Não tenho dúvidas nenhumas que é um privilégio viver na Região.

Conhecedor da realidade madeirense e da rivalidade existente, como é que interpreta as constantes 'tricas' entre os presidentes dos dois maiores clubes da Região?
Tudo o que se possa fazer dentro de um quadro de correcção e urbanidade é positivo. É bom existir rivalidades quando acontecem os dérbis, mas quando se ultrapassa, ao nível da linguagem ou mesmo da conduta e procedimentos, aquilo que a urbanidade aconselha, seja na área do desporto, ou de outra qualquer, penso que dispensamos, venha de onde vier.

Como analisa o momento actual da arbitragem nacional, numa altura em que se começa a assistir a focos de alguma desestabilização por parte dos responsáveis dos clubes ditos 'grandes'?
Há leis da vida que infelizmente nunca conseguiremos alterar. Nós, portugueses, temos um forte vínculo nesse sentido. Ninguém se alia aos mais fracos, seja no plano comercial ou noutro qualquer. Há uma tendência de as marcas fortes aglutinarem à sua volta todos os interesses. Não é por mero acaso que a Caixa Geral de Depósitos, o BES e outros grandes patrocinadores estão junto aos grandes clubes e não dos pequenos. Por isso, na questão da arbitragem, quanto ao favorecimento, na dúvida, daqueles grandes emblemas, é uma realidade que se constata e tem décadas. Relativamente à arbitragem, os últimos a falarem e aqueles que menos deviam falar são, de facto, os três grandes emblemas nacionais. Porque o historial mostra que eles têm sido os grandes beneficiados em detrimento das colectividades médias e pequenas. Contudo, ao fim de 30 anos, regista-se uma grande evolução, pela positiva, na qualidade do nosso árbitro e regozijo-me que assim seja. O erro vai continuar, mas temos de enaltecer a melhoria registada a todos os níveis. O árbitro de hoje é muito mais preparado, com melhor formação nos planos cívico, técnico e físico.

Fiscalmente impoluto
Há dois dias, uma revista nacional revelou que Manuel Machado também estava a ser investigado, por eventual fuga ao fisco, aquando da sua primeira passagem pelo Nacional. O técnico diz que não se sente minimamente incomodado. Sou um cidadão impoluto em relação aos meus compromissos fiscais, Pago religiosamente os meus impostos e a minha primeira passagem pelo Nacional não foi excepção. Por isso, estranhei que essa notícia aparecesse e se tem algum fundamento. O que Manuel Machado critica é o 'timing' da publicação.

Três jornadas são apenas uma amostra
Manuel Machado já esteve com 'um pé' no Marítimo. Estará no seu horizonte, algum dia, ser treinador do grande 'rival' do seu actual clube?
Estive muito perto de ingressar no Marítimo. Refiro-me à época em que estive na Académica. Não aconteceu por uma questão de 'timing'. É um clube com uma enorme grandeza. Quem sabe se um dia isso não poderá acontecer.

O início atribulado do campeonato do Marítimo não merece grandes reparos por parte de Manuel Machado.
O que posso dizer é que três jornadas de trinta são uma amostra muito reduzida. Todos sabemos da dinâmica desta prova, que é de três pontos. Por isso, o que acontece à terceira pode estar perfeitamente invertida à sexta ou à sétima jornada. Não há que tirar ilações, mas sim ter paciência. É no fim do primeiro terço do campeonato que se podem fazer as primeiras projecções. É o momento certo.
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