[TREINADOR] Lori Sandri

Catalyst escreveu:o marítimo tem uma panca por brasileiros.. já nao chega as carradas de jogadores zucas, ins tem de ser o treinador tambem?

Spieler escreveu:

Catalyst escreveu:o marítimo tem uma panca por brasileiros.. já nao chega as carradas de jogadores zucas, ins tem de ser o treinador tambem?

LOOOL, é um equipa luso-brasileira..

Barata escreveu:

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Catalyst escreveu:o marítimo tem uma panca por brasileiros.. já nao chega as carradas de jogadores zucas, ins tem de ser o treinador tambem?

LOOOL, é um equipa luso-brasileira..

Nem luso chega a ser...

Marítimo “satisfeito“ pelo regresso ao trabalho na Europa
Presença forte na UEFA é aposta de Lori Sandri
“Já há algum tempo que o Marítimo não se qualificava para uma competição europeia”. Razão para o novo técnico, Lori Sandri, esperar que o clube possa marcar uma boa presença na competição, bem como em todas as competições em que se vir envolvido, sem descurar a Liga dos Campeões.



O Marítimo vai ter um bom plantel, essa é uma certeza do técnico, recusando-se no entanto a falar em casos específicos. Disse conhecer Fellype Gabriel mas não deu mais pistas, referindo saber que o médio teve recentemente de ser operado. “Todos esses assuntos estão a ser debatidos com o presidente e continuarão a sê-lo, na Madeira e com a “comissão técnica” até porque eles têm um conhecimento muito mais profundo da realidade portuguesa. “Vimos falando em nomes, nada mais”. Disse ainda ser quase certo trazer um “braço-direito” de sua confiança, sem especificar a identidade do mesmo. Alguém que complemente “o trabalho que estamos dispostos a desenvolver aí no Marítimo”.
Lori Sandri volta à Europa pela mão do Marítimo. O técnico eleito pela admnistração da SAD “verde-rubra” está muito satisfeito “por ir trabalhar num país onde se pratica um dos melhores futebóis do Mundo”. Uma porta importante para quem é ambicioso e espera singrar como é o caso do técnico que teve no Sertãozinho o último desempenho. Sem grandes promessas, diz que o trabalho vai ser a alma do negócio, dizendo que o clube pode “pensar na Liga dos Campeões. Já há alguns anos que o Marítimo não se qualificava para uma competição europeia, então achamos que devemos ter uma boa presença na competição, assim como em todas que viermos a disputar”.
O convite veio de “uma pessoa inteligente, que sabe muito bem o que faz”, disse acerca de Carlos Pereira, o líder do Almirante Reis, furtando-se a comentar (ver peça em anexo o nome de eventuais reforços, ou outros processos relativos ao plantel). Um “casamento”, confirma, que poderia ter sido concretizado quando recebeu uma abordagem, há dois anos, de Carlos Pereira para rumar ao clube madeirense.

À espera do presidente para viajar
Lori Sandri estava ontem em trânsito para Coritiba, onde tem casa, quando disponibilizou-se a falar para o JORNAL. E foi lesto a dar o “troco”, quando o questionámos sobre a sua chegada à Madeira.
“Estou apenas à espera de uma ligação, hoje ou amanhã, do presidente para saber quando viajo”, afirmando ter a certeza de ir estar entre nós na próxima semana. “Ou antes, quem sabe…”!
Diz estar ao corrente do que se passa, conhecer razoavelmente o futebol luso, embora a realidade seja outra e bem diferente de todos os locais porque passou. O desafio é “enorme mas é nas dificuldades que tudo tem mais sabor”. Lori Sandri vem encontrar na Madeira alguns jogadores com quem já trabalhou: O guarda-redes Marcos, Bruno Fogaça — “no início da carreira” — os centrais Milton do Ó e João Guilherme.

O novo treinador do Marítimo, o brasileiro Lori Paulo Sandri estará hoje na Madeira para inteirar-se da realidade “verde-rubra”. O técnico irá ainda tomar conhecimento das infra-estruturas do clube e dará início à preparação da próxima época desportiva, que marca o regresso às competições europeias (Taça UEFA).

Apresentação oficial de Lori Sandri
Lori Sandri foi esta sexta-feira apresentado como treinador do Marítimo para a época desportiva 2008/ 2009



Na apresentação oficial de Lori Sandri, o Presidente do Marítimo, Carlos Pereira, começou por referir que um dos primeiros pontos a serem definidos foram a constituição da equipa técnica. João Luís, treinador bem conhecido no seio maritimista foi a grande novidade, juntando-se a Lori Sandri, Quim e João Abel, estes dois últimos transitando da época anterior.
Carlos Pereira sublinhou que “esta é a equipa que vai tomar conta dos destinos do Marítimo na próxima época e que fará com que o clube seja cada vez maior e melhor e que atinja os seus objectivos”. “Há vontade de atingir objectivos nunca antes alcançados”, fincou o dirigente verde-rubro. Lealdade, franqueza e vontade de trabalhar são as bases para “uma meta que já está traçada e que nos ajudará a ultrapassar obstáculos para ajudar a equipa técnica a nos levar a um sonho”, finalizou, desejando a Lori Sandri, “as maiores felicidades”.
Lori Sandri começou por explicar que “a busca para a formação da equipa técnica baseou-se nas melhores alternativas” mostrando-se agradado por trabalhar com João Luís.
“Espero dar continuidade a um trabalho tão bonito e alcançar outros objectivos. Com muito empenho, trabalho e dedicação podemos lá chegar, sabendo que os objectivos só se conseguem com trabalho”, acrescentou.
No que toca à pré-temporada, o Presidente do Marítimo adiantou que o programa está quase definido, faltando ultimar alguns pormenores. Para já São Vicente, Venezuela e Reino Unido fazem parte do itinerário verde-rubro.
João Luís falou do seu regresso “inesperado, desejado e surpreendido”, ao clube onde já foi jogador, dirigente e treinador da Equipa B. “Não é apenas um regresso, é uma porta aberta para um patamar que eu nunca tinha conhecido”, revelou.

Objectivo: Liga dos Campeões



Lori Sandri, técnico do Marítimo para a temporada 2008-2009, foi ontem apresentado. A apresentação oficial do líder do corpo técnico teve lugar no complexo desportivo, em Santo António. Uma equipa técnica que apresenta João Luís, ex-técnico da AD de Machico, como a grande novidade. Ao contrário do que havia sido anunciado, Lori Sandri não vai fazer-se acompanhar por nenhum adjunto. O novo treinador dos maritimistas terá em Abel Silva o seu braço direito, João Luís (técnico adjunto) e Joaquim Teixeira (Quim), responsável pela preparação dos guarda-redes, em substituição de Humberto Fernandes que, no entanto, poderá ingressar na equipa técnica da equipa B. O enquadramento do técnico madeirense na estrutura dos maritimistas vai passar por uma reunião com o presidente do clube, agendada para a próxima terça-feira.

Liga dos Campeões
Fazendo as honras da casa, Carlos Pereira, presidente da SAD, para além das naturais boas-vindas ao novo elenco da equipa técnica, desejou as maiores felicidades e votos de um bom trabalho: "Fazer melhor do que na época passada é o objectivo. A Liga dos Campeões é sempre um sonho do Marítimo e do seu presidente", vincou.

Lori Sandri promete trabalho
Depois de ter apresentado os seus colaboradores directos, em que depositou um grande voto de confiança, Lori Sandri falou do potencial do plantel e do facto de a equipa técnica não incluir nenhum elemento indicado por si: "Tenho plena confiança nas pessoas com quem vou trabalhar. Nesse aspecto não tenho qualquer pejo em afirmar que estou inteiramente satisfeito. Conhecemos boa parte do grupo de trabalho. As informações foram boas e as escolhas têm tido os critérios desejados", referiu.
Relativamente à filosofia de jogo que o técnico brasileiro vai implantar, foi peremptório: "A filosofia de jogo depende sempre das características dos jogadores que dispomos. O futebol do Brasil é diferente daquele que se pratica em Portugal. Por isso, temos de ajustar o nosso modelo de jogo às exigências da competição em que estamos inseridos", adiantou. Questionado se, porventura, é um treinador defensivo ou ofensivo, Lori Sandri referiu : "Se defrontarmos o Real Madrid é óbvio que vamos jogar dentro de uma estratégia mais cautelosa, mas se tivermos de defrontar o Botafogo de Ribeirão Preto, aí a disposição terá que ser outra. Por isso, a filosofia de jogo terá que ser seguida ou alterada dentro das exigências da competição e da forma como jogam os adversários", vincou.
Quanto o facto de ter herdado uma equipa que ficou colocada no quinto lugar, com direito a uma participação numa competição europeia, valeu por parte do treinador brasileiro o seguinte comentário: "É natural que a fasquia está alta. A cobrança por parte dos adeptos vai ser elevada, mas nós já andamos cá há alguns anos e estamos habituados aos vários desafios que a nossa profissão nos proporciona. A única coisa que podemos prometer é trabalho e muita seriedade, para que não haja qualquer problema com os adeptos, que têm de estar sempre do nosso lado. Terá de haver uma verdadeira empatia entre todos".

O novo adjunto
João Luís radiante



João Luís, que na temporada passada passou pelo comando técnico do Pontassolense e da AD Machico, é a grande novidade da equipa técnica liderada pelo brasileiro Lori Sandri. Na hora do regresso ao seu clube de sempre, o treinador madeirense mostrou-se bastante satisfeito pela oportunidade: "Foi um regresso inesperado. Foi com alguma surpresa que recebi o convite para abraçar mais esta nova etapa da minha carreira. Desde já quero agraceder aos dirigentes de Machico, pela forma como encararam toda esta situação. Foi com grande elevação que as coisas foram resolvidas. Entrei nesta casa quando ainda era pequenino, como jogador, para poucos anos depois voltar como assessor do presidente. Fui treinador da equipa B e cá estou de novo, agora inserido num projecto bastante aliciante. Abriu-se a porta para o mais alto patamar", acentuou.
Depois de agradecer o facto de Lori Sandri ter confiado na sua contratação, João Luís falou da sua missão dentro do corpo técnico: "Tentarei transmitir ao treinador todos os conhecimentos que tenho acerca do futebol português. As informações a esse nível têm de ser específicas, apesar de dizerem que o futebol está todo inventado. Aliás, no último fórum de treinadores esse tema foi abordado e as divergências foram muitas", vincou.

Lori Sandri: o pioneiro do 3x5x2
Treinador do Marítimo utilizou o esquema pela primeira vez em 1989 na Arábia Saudita.

Lori Sandri confirmou ontem a utilização de três centrais como sendo uma aposta pessoal, esquema que porá em prática no primeiro jogo da digressão à Venezuela, já este domingo frente ao Caracas FC. "É um sistema que hoje é muito utilizado no Brasil, mas que já utilizo desde 1989, quando trabalhei Arábia Saudita. Fiz muito laboratório com esse sistema, na altura novo e que muita gente desconhecia", recordou o treinador do Marítimo, que mais tarde resolveu pô-lo em prática no Brasil. "Lembro-me que as pessoas estranharam muito a utilização do 3x5x2, mas hoje praticamente todas as equipas campeãs no Brasil utilizam esse sistema", disse.
Lori Sandri é, portanto, um defensor e pelos vistos impulsionador e pioneiro de um sistema com três centrais. Contudo, não é garantido que venha a ser o esquema de sucesso do Marítimo. "Estamos a começar com uma base, dentro daquilo que temos em mãos, mas nada é definitivo", disse o treinador, realçando que por aquilo que tem observado "há muitas equipas em Portugal a jogar em 4x4x2" e que o Marítimo também estará "preparado para jogar dessa forma". "Vamos trabalhar nesses dois sentidos", prometeu.
Para poder utilizar um esquema como o 3x5x2, são precisos jogadores rápidos, como por exemplo Zé Gomes e Miguelito, dois alas, "que se soltam como dois pontas". "Na sequência veremos o que acontece, pois ainda temos alguns atletas importantes de fora, casos do Bruno e Paulo Jorge que trabalham de forma diferente. Aí terei de repensar na fórmula de jogo", disse o treinador. "Temos de ter paciência para ir formando devagar", acrescentou, considerando que os jogos que o Marítimo vai disputar "são muito importantes", principalmente para ver aquilo que tem "na mão".
Um dos segredos da utilização do 3x5x2 é o contra-ataque, arma que Lori Sandri considera ser importante. "Mas atenção, porque para fazer futebol veloz são precisos jogadores velozes, algo que felizmente temos no Marítimo. O Gonçalo, o Djalma, os alas, Miguelito e Zé Gomes, o próprio João Luiz, jogadores que emprestam muita velocidade à equipa, característica que temos de saber aproveitar", justificou.

Preciso de mais um central
Atendendo a este esquema táctico, mormente a utilização de três centrais, torna-se imperioso contratar mais jogadores para a posição. "Já sabemos que o Van der Linden vai ficar algum tempo parado e por isso vamos ter de ir buscar mais um central, contudo, por agora vamos aguardar. Temos esta viagem até à Venezuela e há que observar primeiro. O Carlos Fernandes está a ir muito bem, é um jogador interessante ali atrás e até pode ser a solução que procuramos", disse.
Não está prevista para já a entrada de mais reforços, mas se 'pintar' a oportunidade, o Marítimo não irá desaproveitar. "O presidente sabe o que nós estamos a precisar, está em permanente contacto", salientou.
As expectativas estão altas, até porque o Marítimo voltou a conquistar estatuto europeu, todavia, Lori Sandri avisa que é preciso saber esperar e não dar grande importância aos resultados dos jogos de preparação. "Vamos deixar bem claro que estamos na pré-temporada. O Vit. Guimarães ainda não ganhou nenhum jogo e todo o mundo já começou a dizer que não tem um bom 'team'. Não é bem assim, a pré-temporada serve para aprimorar, tendo a felicidade de não perder ninguém por lesão com gravidade", registou, destacando que "a preparação da pré-época é dar ritmo de jogo à equipa". "Se ganhar tanto melhor, mas se perder... faz parte", finalizou.

"Tenho jogadores para jogar em 4x3x3"



Lori Sandri não desgostou do primeiro embate particular da pré-temporada. O técnico do Marítimo encontra aspectos positivos no empate (2-2) frente ao Caracas FC, tais como o facto da equipa ter "efectuado um jogo com muita movimentação e não ter nenhuma contusão" e acrescenta ainda que os "jogadores já começaram a entender" as suas linhas de orientação. No entanto, reconhece que existem diversas situações para limar. "O resultado poderia ter-nos sido favorável se tivéssemos algum cuidado nas bolas paradas" começou por lamentar. Deficiências na marcação que, embora tenham de "ser corrigidas", foram justificadas com o desconhecimento do adversário. "Quando jogamos com uma equipa conhecida, determinamos os atletas que vão efectuar as marcações. Quando não conhecemos o adversário, surgem as falhas que aconteceram ontem", argumentou.
No mais, "faltou ainda um pouco mais de toque de bola" aos atletas maritimistas, de forma a validar o ensaio do esquema de três centrais. Mas Lori Sandri sublinha que já dispõe de "outro sistema" em mente. "Tenho alguns jogadores com características para utilizar outro sistema no futuro, como o Bruno. No próximo jogo deveremos apostar no 4x3x3, com dois alas bem abertos", anunciou.
Um novo dispositivo que visa conferir maior poder ofensivo à equipa, ao contrário do que sucedeu no primeiro desafio. O que falhou? Lori Sandri deu a resposta: "Neste sistema a equipa acaba por depender muito de alas e eles acabaram por trabalhar pouco no primeiro tempo. Ficaram mais na marcação... No segundo tempo soltaram-se um pouco mais", analisou.
Nada que o preocupe até porque, sublinha, "no decorrer do campeonato vão haver sempre jogadores ou sectores com algumas quebras". "Mas isso é normal e se tivermos apenas dois ou três jogadores menos bem num grupo de onze, conseguiremos fazer um bom jogo", sustentou de seguida.

Faltam mais dois reforços
No plantel de Lori Sandri cabem ainda mais duas caras novas. "Um defesa-central e um avançado", avança. Mas ainda não tem qualquer feedback sobre o assunto... "Não tenho mantido contacto com o presidente. O meu telefone está meio mudo aqui (risos)", acrescenta.
Em cima da mesa está ainda a vinda de um quinto elemento para a equipa técnica que "assista a alguns jogos, traga informações e, principalmente, imagens de jogos anteriores".
A concluir, Lori Sandri classifica o estágio como "bom", embora existam "algumas dificuldades como o relvado, que está um pouco degradado e o futebol, que é um pouco diferente".

Sandri gostou do que viu frente ao Caracas
O resultado alcançado pelo Marítimo frente ao Caracas FC acabou por não ser o mais importante para o treinador “verde-rubro” Lori Sandri. É certo que foram detectadas algumas lacunas, consideradas normais pelo treinador, até porque, a temporada está apenas a começar, ainda assim, o técnico garante que o plantel começou já assemelhar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nestes últimos dias. De resto, o brasileiro assegura ainda que faltam alguns elementos para preencher algumas vagas ainda existentes no seio do grupo de trabalho.



Lori Sandri falou ontem aos jornalistas, isto após o empate a duas bolas ante o Caracas FC. O treinador “verde-rubro” começou por dizer que o mais importante foi não ter havido qualquer tipo de lesão entre os seus “pupilos”. «Os nossos objectivos passaram por fazer um jogo com bastante movimentação, nós não tivemos nem uma contusão, isso foi o lado mais importante de tudo», referiu.
Por outro lado, acrescentou, «ganhamos muito com esse jogo no sentido dos jogadores continuarem a entender algumas coisas que nós já começámos a fazer em termos de trabalho. O resultado poderia ter nos favorecido se tivessemos alguns cuidados nas bolas paradas que foram determinantes para o empate. No aspecto técnico, achei que faltou um pouco mais do toque de bola, mas é normal no começo de temporada», elucidou.
De resto, em termos de satisfação, Lori Sandri foi claro. «Tudo o que temos feito até agora tem andado bem, é claro que temos encontrado algumas dificuldades como o próprio terreno e isso torna o futebol um pouco diferente do que nós estamos acostumados mas está dentro das previsões, às vezes é bom assim que voçê aprende um pouco mais». O técnico garantiu também que não tem mantido contacto com Carlos Pereira, e a terminar, realçou que «para equilibrar a plantel são precisos mais dois jogadores, um defesa (para substituir Van der Linden ) e talvez mais», disse ainda o treinador do Marítimo.

"Se dissesse que estava tudo bem, mentiria!"
No balanço do estágio, Lori Sandri reconhece lacunas e lamenta ausêncIa de Bruno.

Gostou do trabalho desenvolvido ao longo deste mês e meio de preparação? Acho que as etapas foram bem divididas. Fizemos a primeira em Santo António, onde criámos uma base muito boa, tínhamos todas as condições de trabalho e incidimos mais na parte física. A segunda fase seria de aproveitamento maior na Venezuela, mas o aspecto técnico saiu muito prejudicado e não foi uma boa etapa. Acabámos por cumprir três jogos, mas sempre com problemas. Aqui, em Melgaço, estivemos muito bem e estes jogos que realizámos foram de nível técnico maior, até porque os adversários eram mais de acordo com o 'nosso' campeonato.

Considera que o plantel conseguiu recuperar o tempo perdido em Caracas? Recuperámos muitas coisas, embora os jogos tenham sido realizados com uma sequência mais rápida e estivemos mais atentos ao aspecto competitivo.

Voltando atrás, teria tentado evitar a deslocação à Venezuela?
Se me perguntassem hoje, diria que seria melhor termos feito o nosso trabalho aqui e prescindido da Venezuela.

Acredita que os seus jogadores estão já preparados para 'atacar' os jogos oficiais?
Estamos no início da época e nenhum jogador vai estar em boa forma no início da temporada. Tanto faz os meus como os das outras equipas. Só depois de cinco ou seis jogos, após uma boa sequência, poderão evidenciar uma maior qualidade.

Mas está satisfeito com a forma que a equipa tem patenteado?
Se dissesse que estava a cem por cento estaria a mentir, mas já dispomos de uma boa base para competição. Estamos dentro do nível médio onde o Marítimo sempre se encontrou. O importante é que tenhamos um pouco mais de qualidade em relação ao que temos hoje.

A lacuna mais visível tem sido a falta de um homem-golo. Acha que o departamento de futebol vai conseguir contratar o tal avançado que tem vindo a pedir?
Estamos a 'trabalhar' em cima de dois ou três jogadores. Vai conseguir, estou certo disso, mas acho também que já temos alguns atletas que podem render mais do que até ao momento. Sabemos que ainda não demonstraram todas as suas condições. Atrás (defesa) já temos uma boa base, na frente temos mexido um pouco mais...

Vai mesmo avançar com um modelo que inclua três centrais?
É uma hipótese a ser trabalhada, porque não vou ter o Bruno pelo menos nos dois primeiros jogos. Depois dessa etapa o campeonato pára 15 dias e já poderei contar com ele. Aliás, se o Bruno estiver recuperado e chegarem os jogadores que queremos, talvez tenhamos um acréscimo de qualidade e possamos mudar algo.

Já sabe qual a táctica que utilizará no início da época?
Podemos utilizar o 3x4x3, o 3x5x2... E depois mudar para um 4x3x3 ou 4x4x2 (losango). Vai depender das opções que tiver lá atrás (defesa).

Qual o dado mais positivo do estágio?
O que foi bom é que não houve muitas contusões. As registadas foram pequenas e fáceis de serem recuperadas, o que é sempre importante em termos de pré-época.

E qual será a sua maior preocupação em termos de preparação até ao encontro da 1ª jornada, no reduto da Naval?
Preocupo-me agora com o trabalho que será feito na semana que vem, que consistirá mais na finalização e movimentações ofensivas.

Já está identificado com o futebol português?
Deu para ter uma ideia, nomeadamente depois de ter assistido agora a alguns jogos. É um jogo diferenciado do brasileiro. Há mais velocidade, os próprios relvados facilitam essa situação, os sistemas tácticos são também diferentes: no Brasil ninguém joga em 4x3x3, é mais em 3x5x2. Em suma, o futebol é jogado mais pelos flancos e o ritmo é muito forte.

Dois jogos, duas derrotas... Como é que explica este arranque?
Por um somatório de factores. Primeiro: renovámos 80% da equipa e é normal que os jogadores estejam ainda um pouco inseguros. É preciso tempo. Segundo: tem faltado um pouco mais de sorte nas definições (finalizações). Os nossos adversários foram apenas uma vez à nossa baliza e marcaram. Nós, pelo contrário, não temos tido essa felicidade, a bola vai à trave, bate no guarda-redes, perdemos alguns lances, enfim.

Acha que a equipa apresenta um défice qualitativo no que toca a avançados?
O problema nunca poderá se restringir nos avançados. Os defesas também têm de ser responsabilizados nas bolas altas, o meio-campo tem de colaborar mais. Todos têm de trabalhar mais este aspecto.

Sente que começa(ou) a ser contestado pela massa adepta?
Não tenho tido nenhum problema, nem quando ando na rua. Acho que as pessoas entendem que estamos a fazer um trabalho que necessita de algum tempo. Por exemplo, na equipa que jogou o último jogo só o Marcos e o Olberdam é que eram titulares no ano passado...Segue-se o Valência, a 18 deste mês. Jogo para o qual a equipa parte com a moral em baixo... É normal que os resultados negativos afectem todo o mundo, mas vamos trabalhar para recuperar os melhores índices psicológicos.

Acredita que o plantel tem qualidade para voltar a alcançar um lugar na UEFA?
Acho que vai conseguir cumprir os propósitos estabelecidos. A resposta tem sido positiva, pois estamos a perder em função de alguns detalhes. Se o adversário estivesse a ser superior, aí ficaria muito preocupado. É lógico que as derrotas são sempre negativas, mas os jogadores têm dado certas garantias.