Clube de Futebol Caniçal

Alexandre Freitas mostra-se ao Vihren



Alexandre Freitas está na lista de madeirenses que deverão “emigrar” na próxima temporada. Depois de ter colocado Manuel Lopes no Panathrakikos (Grécia) e Márcio Abreu no Chernomorets (Bulgária), Nikola Jokisic, o nóvel empresário FIFA com residência na Madeira, prepara-se para levar da Região também Alexandre Freitas (Caniçal), que irá cumprir muito em breve um período experimental no Vihren, da Bulgária.
O clube, que foi já treinado pelo português Rui Dias, agora ao serviço do Varzim, assegurou já a manutenção no principal escalão do futebol búlgaro, ocupando a 10.ª jornada, com 33 pontos, a duas jornadas do final da prova. Falta-lhe ainda defrontar o Chernomorets, de Márcio Abreu (28.ª) e o CSKA (30.ª), mas prepara já a próxima época, perspectivando-se que possa acolher outros jogadores conhecidos do futebol madeirense.
Nesta altura, o brasileiro Wanderson, que iniciou a temporada no Caniçal, cumpre um período de observação e, tudo indica, deverá juntar-se a Herivelto, que na Região jogou já pelo Marítimo e pelo Nacional.
Koko Dinev e Ivan Dinev, os responsáveis máximos pelo clube pretendem fazer uma equipa mais forte na próxima época, de novo sob o comando do técnico Filip Filipov. Nesse sentido, e por via do excelente cartão de visita que se revelou a transferência de Márcio Abreu, pode apostar mais forte no mercado madeirense.
Registe-se que Nikola Jokisic goza de um excelente relacionamento com os responsáveis pelo Vihren, assim se explicando que tenha no plantel já quatro jogadores: os húngaros Tihomer Lukacs e Zoltan Feher, o grego Karademitro e agora também o brasileiro Wanderson.
Alexandre Freitas é o elemento que se segue, mas as “emigrações” não deverão ficar por aqui.

Bizarro treina o Caniçal
O Caniçal já encontrou o treinador para substituir Flávio Neves à frente da equipa de futebol, tendo a escolha recaído em Bizarro, e que na temporada ainda em curso orientou as equipas do Fiães e do Anadia.
Bizarro não é portanto nenhum desconhecido dos madeirenses pois para além de ser um campeão do Mundo de Riade já defendeu a baliza do Marítimo então orientado por Paulo Autuori. Bizarro está também ligado à estreia dos 'verde-rubros' em provas europeias, uma vez que foi o titular da equipa que defrontou o Antuérpia. Trata-se de um regresso à ilha pois representou, na condição de jogador, o Marítimo no período compreendido de 93/94 a 96/97. Com 38 anos e depois de já ter treinado o Anadia e o Amares, novo desafio abre-se a José Manuel Fernandes Silva Sykes Bizarro…
Para completar a equipa técnica os responsáveis do clube da zona leste pretendem a continuidade do adjunto de Flávio Neves, Prof. Luís Cunha, decorrendo negociações nesse sentido.
Apesar das responsabilidades directivas se cingir praticamente aos irmãos Melim (Emanuel, presidente, e Lino seu 'braço direito), assessorados pelo secretário-técnico Luís Teixeira, o Caniçal é uma colectividade que revela organização, tratando dos processos inerentes à equipa de futebol de forma atempada.
Após o derradeiro jogo da temporada frente ao Oliveirense, os responsáveis reuniram-se num jantar-convívio com atletas e treinadore (para uns de despedida, para a maioria nem por iss) e trataram de concluir processos de renovação que ainda se encontravam pendentes.
Os guarda-redes Tiago Leal e Nelson, e os 'jogadores de campo', Décio Brito, Rui Manuel, Bruno Costa, Vítor Cardoso, Alexandre, Paulinho, Valter, Edgar Ramos, e Hugo Martins - um ex-junior 'prata da casa' que se estreou frente ao Oliveirens - já puseram o 'preto no branco' da continuidade, enquanto foram já contratados Álvaro e André Moreira (Fiães), Afonseca (Juventude de Évora) e Quaresma (Machico). Álvaro, Afonseca e Quaresma são regressos ao clube, uma vez que já integraram a equipa que subiu à II Divisão.

Celsinho e Cláudio cobiçados
Apesar do interesse na continuidade de Celsinho e Cláudio, duas das mais-valias da equipa na presente temporada, não é garantido que continuem no clube. As boas prestações destes dois jogadores despertaram a cobiça - no mínimo estão referenciados - por clubes do topo superior. Se se confirmar o interesse nestes dois jogadores é lógico que mudem de ares, uma vez que o clube não consegue competir com clubes que gozam de uma maior estabilidade financeira e com outra projecção no panorama futebolístico nacional.
Se essa oportunidade não surgir, Celsinho e Cláudio poderão manter-se no clube.
A Daniel, Nivaldo e Heldon foi-lhes colocada em cima da mesa uma proposta de renovação mas a sua continuidade não é uma certeza pois existe outros emblemas interessados, falando-se no Desportivo de Fátima e no Estoril Praia.
O tempo é de crise nos clubes de futebol a exemplo do país que temos daí o Caniçal não poder abrir os 'cordões à bolsa'.
O clube reduziu o orçamento da próxima temporada em 30% e todos os jogadores que renovaram tiveram de reduzir os respectivos subsídios.

"Que seja pelo menos igual ao sucesso como jogador"
Bizarro está feliz por voltar à Madeira, de onde tem as melhores recordações

Bizarro está entusiasmado com o regresso à Madeira, agora como treinador do Caniçal, depois de ter defendido a baliza do Marítimo nos anos 90. "Estou contente", dispara mal é feita a pergunta. "É uma terra que adorei. Só não faço dela a minha residência por questões familiares. Se vivesse sozinho, era certamente o lugar onde vivia". O ex-guarda-redes assegura ter "recordações excelentes" dos anos passados na ilha e deseja o mesmo para a etapa que se prepara para iniciar como técnico do Caniçal. "Desportivamente, que seja tão bom ou pelo menos igual ao sucesso que tive na Madeira como jogador".

Objectivos em stand-by
Bizarro esteve cinco temporadas no Marítimo e, agora, aos 38 anos, volta ao futebol madeirense depois de passar pelo Amares, Fiães e Anadia. Para já, revela prudência no avançar com os objectivos para o trabalho que vai desenvolver no clube da zona Leste. "Os dirigentes não me pediram nada em especial", declara, adiando afirmações mais precisas para quando a Federação definir o modelo do campeonato na II Divisão da próxima temporada. "Temos de esperar para ver que prova vamos ter. A partir daí, vamos traçar metas. O Caniçal fez uma época excelente e queremos dar continuidade a esse trabalho, ficando com a maioria dos jogadores".
O último trabalho de Bizarro foi no Anadia e o treinador não evitou a descida de divisão. "Foi só um mês para tentar quase o impossível. Eram quatro jogos e não havia margem de erro. Não podíamos perder nenhum, mas sofremos uma derrota por 5-4 e foi tudo por água abaixo".

Caniçal estava doente atletas foram os 'médicos'
uma equipa de futebol não se constrói apenas com bons jogadores

Terminada a época futebolística o tempo é de reflexão e de análise. Emanuel Melim, presidente do Caniçal, põe o dedo na ferida, fala das graves dificuldades financeiras porque passou o clube ao longo da temporada e dos bons resultados alcançados pela equipa no ano de estreia na II Divisão. "O clube estava doente e os atletas foram os médicos", disse ao longo da entrevista num elogio sem precedentes dum presidente aos seus jogadores. Fala inclusive em 'milagre' o que aconteceu do seu clube. Valoriza o apoio financeiro da autarquia, tristeza pela desistência da equipa B e lamenta o facto de a AFM ter enviado para o cesto dos papéis um projecto por si elaborado para regenerar o futebol madeirense.

Que análise faz à época desportiva que agora terminou? Surpreendeu-me pela positiva, já que foi a primeira vez que o Caniçal participou na II Divisão Nacional. Mas as qualidades desportivas e humanas do plantel contribuíram para o êxito, pois uma equipa de futebol não se constrói apenas com bons jogadores. A vertente humana também é muito importante e nesse capítulo nos últimos anos, com ajuda de algumas pessoas, temos tido alguma sorte nas escolhas. Foi fundamental para a subida de divisão e para a manutenção na segunda.

- Apesar dos bons resultados desportivos foi uma época difícil para a colectividade que preside… Foi uma temporada extremamente difícil principalmente para aqueles que estão por dentro da realidade do clube, mais concretamente eu e meu irmão, pois os restantes directores aludem que não têm tempo, não aparecem. Foi mesmo complicado a gestão da vertente financeira, mas houve um antídoto, pois por cada dificuldade o grupo unia-se ainda mais. A forte união do grupo que considero fantástico ajudou muito a atenuar e ultrapassar essas mesmas dificuldades. O que aconteceu este ano no Caniçal foi um 'milagre' depois do sofrimento ao longo da época por falta de dinheiro, originando sempre atrasos nos pagamentos. Mas apesar dessas nuances houve uma boa resposta dentro de campo.

Dificuldades essas que obrigaram à desistência da equipa B e a algumas demissões nos escalões de formação… Certamente. O custo das inscrições da equipa B foi o transbordar da gota de água nas dificuldades que já existiam internamente.

Foi uma decisão que me custou muito e das mais difíceis de tomar, mais pelos jovens que não puderam jogar que pelo clube. Lamento a frustração criada aos nossos atletas mas havia que tomar decisões para não agravar mais a nossa situação financeira.

Treinador conseguiu unir o grupo

Flávio Neves foi o homem certo para o projecto do Caniçal no ano de estreia na II Divisão? Creio que sim, e se pudesse voltar atrás voltaria a proceder do mesmo modo. Desempenhou as suas funções de uma forma extraordinária. Com todos os problemas que existiram ao longo da época ele conseguiu com a sua humildade, que lhe é característica, unir sempre o grupo para que conseguíssemos atingir os objectivos finais em termos de resultados desportivos. É uma pessoa competente que conseguiu sempre motivar os jogadores, apelando-os ao trabalho e ao brilho profissional.

Não foi possível a sua continuidade apesar de todos esses elogios da sua parte… Antes da época terminar troquei impressões com Flávio Neves, onde o próprio me confidenciou ser difícil prorrogar o vínculo contratual por mais um ano mesmo que o convidasse. Gostou da experiência na Madeira mas queria regressar à sua terra, apesar de ainda não ter clube para trabalhar. Como já me tinha apercebido da sua indisponibilidade, logo tratei de escolher o seu substituto, recaindo no Bizarro, com quem travei conhecimentos. Mas sempre com lisura de ambas as partes no sentido de manter a maior ética com o treinador que ainda se mantinha em funções.

Face à situação sócio-política-financeira porque passa o país, a região e consequentemente o clube, vai haver alteração de projecto? Vai haver uma grande redução na ordem do 30% no orçamento da próxima temporada. O tecido empresarial muito pouco ou nada apoia, o IDRAM cortou nos subsídios aos clubes, daí termos que fazer as contas ao cêntimo. Qual é o relacionamento existente entre o clube, a autarquia e o Instituto do Desporto? Com a Câmara Municipal é o melhor possível, pois não fosse a prontidão que nos arranjou as verbas que estavam destinadas através dos contratos-programa e as dificuldades seriam muito maiores. O IDRAM tem-se atrasado mas neste momento está a cumprir o que está protocolado. Temos que ser realistas e gerir as dificuldades porque o futuro que aí vem ainda poderá ser mais complicado.

Há alguma promessa por parte do poder político que esteja para cumprir para com o clube? Promessas políticas não… houve alguma intenção em fazer obras na bancada que não se concretizou por falta de oportunidade. Há uma exigência que de algum tempo a esta parte está a ser vinculada pelos espectadores para que seja colocada uma pequena pala na bancada a fim de minimizar os efeitos do mau tempo. Quando chove fogem todos para a tribuna dificultando inclusive o trabalho da comunicação social.

Sente-se desiludido pelo pouco apoio da população do Caniçal em relação ao clube? Sinceramente esperava mais apoio se considerarmos os resultados desportivos que têm existido nos últimos anos. Apesar de termos sempre novas ideias não conseguimos trazer mais adeptos para o campo, principalmente os mais novos, que têm novas formas de entretenimento. Apesar de todas as dificuldades o Emanuel é um presidente satisfeito pelo trabalho desenvolvido em prol da colectividade? Até agora muito satisfeito pelo dever cumprido. Falar verdade tem sido o meu lema e foi assim que os jogadores acreditaram a minha mensagem e foi possível ultrapassar graves problemas financeiros ao longo da temporada. Cheguei a dizer aos jogadores numa palestra que o clube estava doente e eles eram os médicos e a cura estava do lado deles. Eles compreenderam, cumpriram rigorosamente, a partir daí mais ninguém ouviu falar em ordenados em atraso e os objectivos foram alcançados.

Caniçal tem a fama do seu povo ser muito unido e apesar das divergências que possam existir esporadicamente entre as pessoas, na hora da verdade defendem-se todos de forma acérrima uns aos outros. Se um forasteiro chega ao Caniçal e pergunta por uma determinada pessoa, ninguém sabe de ninguém sem antes saber qual a finalidade. Ter a fama e não ter o proveito… o espírito de união foi transportado para a equipa do futebol com os resultados que se conhece.

Redução do custo dos bilhetes
Numa reunião de clubes o presidente da AFM pediu aos filiados que dessem ideias para mudar o actual estado de coisas do futebol madeirense. O Caniçal foi o único clube que respondeu positivamente, através de um documento de 4 folhas A4 denominado de 'Proposta de Alteração Para Apoios à Comissão Desportiva Regional/Nacional', datado de 28 de Março de 2008 e enviado para o organismo que tutela o futebol regional.
No documento a que o DIÁRIO teve acesso, Melim considera 'ridículo' exigir-se aos clubes as Certidões da Segurança Social em dia 'sabendo que essas têm a validade de 6 meses e sabendo que as próprias instituições atrasam-se no pagamento das subvenções 2/3 anos.
De forma a cativar mais adeptos nos estádios o presidente do Caniçal defende ainda que os acessos aos espectáculos sejam reduzidos, sugerindo 1 euro (futebol regional), 2 euros (III) 3 euros (II), 5 euros (II Liga) e 10 euros (I Liga).

Fugir para a China
"Machico está a passar uma fase bastante ingrata e a única coisa que posso dizer é que estou solidário com eles. Sinto a frustração dos seus dirigentes, a difícil situação que estão a passar mas não imaginaria que isto acontecesse no Caniçal. Sabemos os regulamentos. Se acontecesse isto no meu clube eu e o Luís Teixeira teríamos de fugir para a China, pois ninguém ia compreender. Nem tinha tempo para pedir a demissão".

Flávio Neves sai feliz
"Saio com a consciência de dever cumprido, pois apesar das dificuldades encontradas ao longo da época e que foram do domínio público consegui motivar os jogadores, apelando-os ao trabalho e ao seu profissionalismo. Ajudei os jogadores do Caniçal a crescer como homens e atletas mas também sei que me valorizei como treinador, daí o meu agradecimento público aos seus responsáveis. Saio feliz por ter trabalhado com um grupo espectacular de jogadores. Eles investiram no trabalho e agora alguns estão a ser cobiçados por outros emblemas. Gostei muito de trabalhar na Madeira e acho que irei voltar. Agora vou à procura de outros projectos e de alguém que me queira. De momento não sei o que será o meu futuro, há alguns contactos mas são apenas situações exploratórias. Quero um projecto aliciante, pois nunca dei barraca no futebol. A única vez que me deram um projecto de subida foi no Oliveirense e consegui a promoção, há 3 anos".

Tinha um Ferrari nas minhas mãos…
Tentaram demover Flávio das Neves, o Caniçal seria “uma barca” mas a verdade é que sob a sua orientação, assegura, não só “virou um Ferrari” como também “teria subido de divisão” se o caminho não conhecesse algumas vicissitudes. Quem o garante é o próprio técnico na hora da saída…



O trabalho mais difícil da carreira. É desta forma que o técnico Flávio das Neves define a (atribulada) passagem pelo Caniçal. Já em solo continental, onde tenta dar seguimento à carreira - “esse é um cantinho especial que fica aqui guardado e só espero regressar um dia” - aguarda por propostas concretas e que, de uma vez por todas, venham substituir as palavras e algumas promessas.
Tem noção do que vale, do trabalho produzido, “de grande intensidade emocional”, fruto dos problemas com que teve de se confrontar durante todo o ano e que o levam a concluir “ter sido mais importante do que quando fui campeão pela Oliveirense. E com muito mais gozo também”, vinca.
“Sofri muito ao longo deste ano e gostaria de fazer um apelo aos responsáveis do clube para que este ano tudo seja bem diferente. Foram demasiados problemas, não só de ordem salarial como de natureza humana, fundamentalmente ao nível da gestão de grupo, lidando com imensas situações, não só com os adjuntos mas também com os jogadores. Tudo ultrapassámos, é verdade, porque este grupo foi notável e de um brio incalculável”.
Nem mesmo quando viu o plantel reduzir-se drasticamente - muitos jogadores acabaram por mudar de ares -, a ambição manteve-se e o quarto lugar foi conseguido, “acabando a ganhar à Oliveirense. E como recompensa temos jogadores, muitos deles a serem alvos de clubes de II e I Liga, como o Thiago, o Celsinho, o Nivaldo e o Heldon, entre outros.
Repare: quando resolvi aceitar o convite, diziam-me que ia entrar “numa barca sem qualidade, os jogadores eram fracos mas logo após um mês de trabalho concluí que não. Tinha era um Ferrari na mão que não podia andar mais pelos problemas em nosso redor. Porque, se assim não fosse, reconhecido pelos próprios adversários, teríamos subido de divisão, até porque eramos a melhor equipa”, disse.

Paulinho e Bruno Costa acertam num plantel muito atractivo
Com a situação do técnico resolvida - José Bizarro sucede a Flávio das Neves -, o Caniçal procura planificar a próxima temporada estando neste momento garantidas as continuidades de Paulo Gomes (Paulinho) e do central Bruno Costa e dos madeirenses Décio Brito, Vítor Cardoso, Edgar Ramos e Nelson. Outros jogadores interessam, existem acordos em vias de serem estabelecidos e outros atletas requisitados por outros emblemas. Julinho, por exemplo, é dado adquirido, não fará parte do plantel, o mesmo devendo acontecer com o médio ofensivo Cláudio - tem algumas hipóteses embora o Aves esteja praticamente descartado.

Jovens cabo-verdianos observados pelo Benfica
Os caboverdianos Nivaldo e Heldon estão a ser igualmente alvo da cobiça adversária. Dois jovens de 19 anos, observados inclusivamente pelo Benfica no Torneio Campos Verdes, tendo ainda presente as candidaturas de Estoril ou Fátima. Sem esquecer o pretendido guardião brasileiro Thiago Leal ou o lateral-direito Celsinho que até está nos “ficheiros” do Paços de Ferreira num mercado que lhe oferece outras possibilidades. Nini, Rui Manuel, Valter Ferreira, Alexandre e Daniel são outros casos a deverem redundar em renovação.

Caniçal arruma a casa
Apesar das dificuldades financeiras, um problema que atinge a maioria das colectividades madeirenses inseridas nos campeonatos nacionais, o Caniçal, dentro de um enorme rigor financeiro, tenta arrumar a casa, ou seja, os seus responsáveis, aos poucos, tentam estruturar o plantel, versão 2008-2009. Assim, da época passada transitam Nelson, Décio Brito, Rui Manuel, Hugo Martins, Bruno Costa, Vítor Cardoso, Daniel, Paulinho, Valter Ferreira, Edgar Ramos e Duarte. A única situação pendente é a de Alexandre que, apesar de já ter acordo, poderá rumar para o continente.

Márcio Camacho regressa
No que diz respeito às caras novas, registe-se o regresso de Márcio Camacho, que na temporada passada representou o Eléctrico Ponte de Sôr, e de Afonseca, que esteve ao serviço do Juventude de Évora. Álvaro (ex-Fiães), André Moreira (ex-Fiães) e Quaresma (ex-Machico) são as caras novas de um plantel que será orientado pelo técnico José Bizarro, que no ano transacto dirigiu o Fiães e a formação do Anadia.

Aves na órbita de Cláudio
Afinal de contas o futuro de Cláudio pode passar mesmo pelo Desportivo das Aves. Numa primeira fase o interesse no atleta foi negado por um dirigente nortenho ao Jornal mas, ao que parece, existe mesmo hipóteses do atleta que representou o Caniçal, na época passada, poder vir a ser orientado por Henrique Nunes.

Central John no Caniçal para juntar-se a Fidalgo



Nelson Sousa, Décio Brito, Rui Manuel, Bruno Costa, Vítor Cardoso, Daniel, Erivaldo, Alexandre, Paulinho, Valter Ferreira, Edgar Ramos e Duarte são os jogadores que irão manter-se no Caniçal, claro está se não surgir nenhuma surpresa de última hora. Os juniores, o médio Rui Cabral e o defesa Ricardo Melim foram promovidos ao plantel principal que este ano é liderado pelo antigo guarda-redes do Marítimo, José Bizarro.
A nova temporada do Caniçal, para já, prevê a inclusão de alguns reforços com Moura (ex-Machico) a ser um dos candidatos à sucessão de Thiago Leal, que acabou por rumar ao União de Leiria. Destaque-se ainda a aquisição de João Fidalgo (ex-União, SAD), um namoro antigo que deu agora em casamento, constituindo um regresso à terra que o viu nascer.
Os outros reforços são o defesa Ruben (ex-Andorinha), o central John (ex-Machico), um jovem formado no clube vizinho, sem esquecer os continentais André Moreira, um médio que, a exemplo do avançado Álvaro, são provenientes do Fiães e anteriormente orientados pelo substituto de Flávio das Neves no clube. Uma palavra para os recrutamentos de três jogadores que voltam ao Caniçal. Quaresma esteve o ano passado na AD Machico onde não foi feliz e regressa ao passo que Nelson Afonseca foi um dos grandes artífices na subida do clube à II Divisão, acabando por aceitar uma proposta do Ribeira Brava mas a acabar essa mesma temporada no Juventude de Évora, o mesmo sucedendo com Márcio Camacho após uma incursão no continente.

Caniçal voltou ao activo
Só Daniel e o avançado brasileiro Erivaldo faltaram, devidamente autorizados pela direcção, ao primeiro dia de trabalho do Caniçal, no sintético local. Um ano onde a ambição continua bem patente



O Caniçal deu ontem o pontapé de saída para a nova temporada. Depois de um ano onde os problemas financeiros estiveram na mó de cima, este ano o tratamento dado ao plantel foi outro, emagrecendo-se o número de futebolistas integrantes do plantel, reduzindo-se custos em época de “vacas magras”.
Os objectivos, contudo, não são beliscados. Os vermelho e amarelos querem estar ao nível do excelente campeonato realizado no ano anterior, treinados então por Flávio das Neves - ainda sem clube - ocupando os lugares cimeiros por forma a não entrar na zona perigosa da despromoção.

Saídas compensadas e vários regressos
Apesar do desinvestimento feito no plantel a qualidade continua presente, saíram vários jogadores, nomeadamente do meio-campo ofensivo, muito embora a “sangria”, a esse nível, comece na baliza com a saída de Thiago Leal (União de Leiria), Nivaldo e Heldon (Fátima), Julinho, Edu Magri, Celsinho (Paços de Ferreira), Nini, entre outros. Emanuel Melim, o líder da colectividade, sabia que podia perder algumas dessas “pérolas” mas socorreu-se de outras no sentido de colmatar as lacunas existentes e, nesse sentido, contratou Moura para a baliza, que estava o ano passado na AD Machico, de onde também veio o jovem central John.

O regresso a casa de João Fidalgo
João Fidalgo é uma figura defensiva por demais conhecida, um filho que torna a casa e ainda contratou outros elementos conhecidos como Álvaro (ex-Fiães), Nelson Afonseca (ex-Juventude de Évora) e Quaresma (ex-AD Machico) o Márcio Camacho que regressam a um clube que já representaram. André Moreira (ex-Fiães) é outra das novidades ontem apresentadas no Municipal do Caniçal.
De todos estes elementos os únicos faltosos foram o brasileiro Erivaldo e o médio Daniel. Duas ausências devidamente autorizadas pela direcção com os jogadores a serem esperados no Caniçal nos próximos dias.

Novo técnico do Caniçal diz ir fazer uma análise detalhada ao plantel
Bizarro fala nos seis primeiros mas diz que subida não é impossível
José Manuel Bizarro está de volta à Madeira, onde jogou várias temporadas pelo Marítimo, mas para passar a ser treinador do Caniçal.
O sucessor de Flávio das Neves pretende ver o Caniçal no lote dos seis primeiros, mas diz que existe no ar a possibilidade de subir. Muito difícil quando se persepectiva a divisão por quatro séries e 12 clubes cada e em que só sobem duas das 48 equipas que irão dar corpo ao novo ano.

O objectivo, segundo o novo treinador
“O objectivo de praticamente todas as equipas é esse, de garantir um lugar entre os seis primeiros, até porque parece que iremos ter quatro séries”, disse. A subida, argumenta, é “possível” mas muito complicada num sistema “em que quem ganhar a série não sobe. Ficarão 46 equipas a ver…Vamos fazer o melhor possível, com muito trabalho para alcançarmos domingo a domingo a vitória. Isso será o mais importante, depois veremos o resto”, assevera. Um plantel onde, afirma, podem até entrar novos elementos mas cuja certeza só será tomada após a análise cuidada ao grupo disponível.

Plantel 2008/2009
Treinador: José Manuel Bizarro
Adjunto: Luís Cunha.
Guarda-redes: Nelson Sousa, Ricardo Silva e Moura (ex-AD Machico).
Defesas: Décio Brito, João Fidalgo (ex-União, SAD), John (ex-AD Machico), Rui Manuel, Bruno Costa, Paulinho, Ruben (ex-Andorinha), Hugo e Ricardo Melim (ex-júnior).
Médios: Márcio Camacho (ex-Eléctrico de Ponte Sôr), Quaresma (ex-AD Machico), Daniel, Alexandre, Vítor Cardoso, André Moreira (ex-Fiães).
Avançados: Erivaldo, Valter Ferreira, João Rui (ex-Andorinha), Edgar Ramos, Nelson Afonseca (ex-Juventude de Évora), Cabral (ex-Júnior) e Álvaro (ex-Fiães),
Saídas: Thiago Leal (União de Leiria), Julinho, Celsinho (Ribeira Brava), Nini, Heldon e Nivaldo (Fátima) e Edu Magri

Avançado Edu reforça o Caniçal
O avançado Edu que actuava no Pontassolense, vai reforçar o Caniçal na próxima época, apurou o Jornal da Madeira. O jogador é uma mais-valia para a formação da zona Leste, não apenas pelas suas reconhecidas capacidades, mas também pela experiência. O jogador, segundo apurámaos já rubricou o compromisso com a formação que vai actuar na II divisão.

Torneio do Caniçal - 1ª Jornada: Caniçal 1 Marítimo B 1
Prémio para o empenho

Na segunda partida da tarde, Caniçal e Marítimo B empataram, com os golos a surgirem no curto espaço de 2’ e ainda dentro do primeiro quarto-de-hora da partida.
No seu todo, foi um jogo disputado a um bom ritmo, com o empenho total por parte dos intervenientes.
O primeiro golo, surgiu logo aos 11’, num remate colocado de Diego. O empate não tardou e 2’ volvidos, João Rui na cobrança de um livre, obrigou Cristopher a um defesa incompleta, surgindo Rui Manuel a cabecear para o fundo das redes.
O Caniçal foi o conjunto mais contundente, tendo obrigado Cristopher a defesas apertadas e de qualidade. Não se julgue por aí que o Marítimo B foi um conjunto inofensivo. Longe disso, sendo os exemplos mais flagrantes, a bola enviada ao poste por Víctor Júnior (48’) e uma oportunidade flagrante, por Marquinho (71’).

Torneio do Caniçal 2008 - 2ª Jornada: Caniçal 1 Camacha 0
Caniçal ganha

O jogo começou com o único golo do jogo. Um livre bombeado para a área e o médio Daniel a elevar-se e a estabelecer aquele que seria o resultado final.
Num jogo muito equilibrado foi a equipa visitante a que denotou melhor entrosamento, circulando melhor a bola. Na etapa inicial seriam dos pés do brasileiro Rogeirinho, por duas vezes, as duas melhores ocasiões para um eventual empate, muito embora haja a referir ainda um golo anulado aos da casa.
Na segunda parte o equilíbrio voltou a imperar mas seria Ludgero na recta final a acertar com a barra por duas vezes.

Torneio do Caniçal - 3ª Jornada: Caniçal 3 Santana 0
Caniçal isola-se na frente



Está em grande o Caniçal no seu próprio torneio. A equipa orientada por Bizarro ainda não perdeu na prova e ontem somou a sua segunda vitória consecutiva, despachando a UD Santana por claros 3-0.
Numa partida onde o Caniçal, mormente ao longo da primeira parte, mostrou já uma boa ligação entre os seus sectores, com um futebol consistente e fruto disso mesmo, a vitória acaba por ser cabalmente justificada.
Na segunda metade e fruto das muitas alterações introduzidas, o futebol praticado foi mais confuso. Contudo, o Santana dispôs de uma soberana oportunidade, mas Anderson na conversão de uma grande penalidade, rematou por alto. Nos derradeiros minutos, Nélson venceu o duelo, por duas vezes, com Filipe e manteve as suas redes invioladas.

Torneio do Caniçal 2008 - 4ª Jornada: Ribeira Brava 1 Caniçal 0
“Tiro” certo dá liderança



Com o triunfo de ontem sobre o Caniçal, o Ribeira Brava passou para a liderança do Torneio que é organizado pela equipa da zona Leste, quando está a faltar apenas uma jornada para o final da prova.
Os ribeira-bravenses venceram com um golo solitário de Cláudio, apontado na primeira parte, num jogo pouco emotivo mas sempre muito disputado, em que as equipas demonstraram não se encontrarem ainda no seu melhor.
Os lances de maior perigo foram conseguidos, na sua maioria, de bola parada, numa partida em que os adversários se equivaleram, pelo que a igualdade teria sido o resultado que mais se ajustaria. Contudo, o “tiro” certeiro do avançado ribeira-bravense, apontado logo aos 15 minutos de jogo, acabou por ditar o desfecho do encontro, em que foi notório que as duas equipas aindam procuram identidade.
Se este torneio serve precisamente para conceder rodagem às equipas madeirenses que vão participar no “nacional” da II divisão, os dois treinadores poderão ficar descansados, uma vez que, tanto uma como outra, demonstraram possuir bons atletas, faltando apenas o necessário e imprescindível entrosamento que os treinos e os jogos de preparação irão conceder, a modos de ambas poderem iniciar o campeonato da melhor forma possível.
Trabalho sem reparos do trio de arbitragem.

Torneio do Caniçal 2008 - 5ª Jornada: Pontassolense 1 Caniçal 1
Diego Mourão voltou ao Caniçal para “trair” os homens do mar…



Chegava a Portugal, à Madeira e ao Caniçal mais um futebolista brasileiro chamado Diego Mourão. Ninguém dava pelo seu nome, muito menos pelo seu valor. A época começou e Diego, como é mais conhecido, foi dando nas vistas, cada vez mais e nem as lesões temporárias o impediram de ser um dos maiores arquitectos da histórica subida do Caniçal à II Divisão. Num espaço de meses, o número nove da equipa do técnico Luís Miguel Vieira passava a sair do anonimato e a fixar residência na galeria dos goleadores. Veio o defeso, falou-se do Nacional, o Caniçal quis manter a “fera” mas este acabaria por rumar, na ponta quase final do defeso aos Canhas. O Pontassolense acolheu-o mas, ainda antes de assinar, surgiu o reconhecimento da Liga de Honra, pela “voz” do Penafiel. Uma época que nem começou mal, na Taça da Liga, até ser encostado em definitivo por Rui Bento e António Sousa, técnicos durienses. O jogador aguentou, também é verdade que tinha em Guedes um forte concorrente e acertou a rescisão, tinha contrato de 2 anos. E este ano apareceu de novo nos Canhas para ficar. E ontem até voltou ao Caniçal para aniquilar a equipa da casa que vencia por 1-0 (golo de João Rui) até Mourão empatar e oferecer o “caneco” à AD Camacha. E isso faz-se…?

Bem melhor na segunda parte



O calor condicionou e, ainda por cima, era o jogo de estreia para as duas equipas na II Divisão Nacional. Duas equipas com projectos diferentes, mas ambos ambiciosos, se compararmos a ambição de uma equipa que se quer afirmar neste escalão (Caniçal) e uma outra (Marítimo B) preocupada com a formação.
Talvez por isso mesmo, a primeira parte foi fraquinha, jogada a um ritmo brando, com o futebol a ser explanado mais na zona central do terreno, e sem que qualquer das equipas lograsse criar grandes oportunidades para as balizas contrárias. Um ou outro lance mais 'picante' numa ou noutra baliza, foi tudo quanto se viu, já que as defesas normalmente se superiorizavam aos ataques.
A segunda parte foi diferente. Quiçá porque o Marítimo B marcou logo no reatamento da partida, na concretização de uma grande penalidade cometida de forma ingénua por Márcio Camacho sobre Luís Olim e que Victor Júnior converteu de forma exemplar.
O jogo então espicaçou, tornou-se mais interessante e mais emotivo, com o Caniçal a reagir, mercê também das alterações introduzidas na equipa pelo seu técnico, arriscando mais no ataque com as entradas de Afonseca e Edú. E foi este quem desde logo, avisou a defesa maritimista com um forte remate de fora de área que obrigou Cristopher á defesa da tarde. O jogo estava repartido e Marquinhos, naquela que foi a melhor jogada do encontro, feita ao primeiro toque, teve a oportunidade de ampliar a vantagem, mas o seu remate foi de encontro à barra da baliza defendida por Nuno Carrapato. Mas, logo depois, foi a barra, mas agora da baliza maritimista, quem travou um forte remate de Daniel e, deste modo, o Caniçal viu o empate lhe ser negado mais uma vez.
Estavam as coisas equilibradas, até que o jovem Ruben (um jovem ainda júnior), na cobrança estudada de um livre, arrancou um pontapé cruzado e rasteiro, que surpreendeu Nuno Carrapato.
Este golo aconteceu já nos momentos finais da partida, mas, logo em seguida, Balu, infeliz, ao tentar interceptar uma bola advinda de um pontapé de canto, a beneficiar os forasteiros, introduz a bola na sua própria baliza, traindo Cristopher. Um golo que, mesmo que faltando escassos minutos para o término do jogo, teve o condão de manter tudo em aberto, com o Caniçal ainda a acreditar que o empate era possível. Mesmo assim, o Marítimo B esteve à beira de acabar com todas as esperanças do Caniçal, não tivesse Vítor Junior pouca sorte, quando atirou viu um seu remate, na execução de um livre directo, parar na barra da baliza do veterano Nuno Carrapato. Ao invés, ao Caniçal faltou mais clarividência e mais objectividade para dar a volta aos acontecimentos.
Em suma, um jogo que, pela produção das equipas na segunda parte, merece nota positiva e com resultado que acaba, de alguma maneira, por trazer justiça aos vencedores.

Reacções
Para Nelson Caldeira, treinador do Marítimo B, a estreia na presente edição da II Divisão foi positiva. "Estou muito satisfeito com o desempenho dos meus jogadores, em condições muito difíceis, face ao calor que se fez sentir", sustenta.
Depois: "Conseguimos ultrapassar as dificuldades com o esforço de todos os jogadores e chegar a uma vitória que, espero, sirva de mote para uma boa época, face ao equilíbrio previsto numa Série muito difícil, em que todos os pontos serão muito disputados".
De resto, o técnico maritimista, que tem como objectivo alcançar um lugar entre os seis primeiros, alerta para a necessidade de "talvez serem necessários mais pontos do que na época passada".
Nelson Caldeira mostrou-se agradecido ao técnico principal pela cedência de alguns elementos. "Tivemos lesões nos nossos centrais e tivemos que ter uma boa articulação com a equipa A, de forma a colmatar estas brechas".
Bizzaro, que voltou a um complexo que conhece bem, não estava tão satisfeito como o seu homólogo do Marítimo. "Aconteceram coisas boas e outras menos boas, como é normal nesta fase. Penso que fizemos 35 minutos iniciais muito bons, não me lembrando de qualquer lance de perigo por parte do Marítimo, enquanto a minha equipa criou três situações para fazer golo". O treinador do Caniçal fala, depois, que a equipa perdeu-se um bocado, mas lamenta a falta de sorte. "Não gosto muito de agarrar-me à sorte ou azar, mas um facto é que este factor não nos bafejou, já que mandamos umas cinco bolas aos postes e perdemos o jogo".
Os objectivos do Caniçal são claros para Bizarro, já que passam pela equipa alcançar um lugar entre os seis primeiros. "Claro que há outras 11 equipas com esta ambição, mas julgo que o Caniçal, que tem uma equipa nova do meio campo para a frente, tem condições para lá chegar.

Triunfo inquestionável



O Marítimo B entrou com o pé direito no campeonato nacional da II divisão, série A, batendo ontem o Caniçal, por 2-1, num derbi bem disputado, onde as duas equipas se empenharam ao máximo, procurando o melhor resultado.
Apesar de ser início de época, o futebol praticado pelas duas equopas foi de razoável qualidade, sobretudo na segunda parte, fase que coincidiu com os três golos que o jogo produziu.
Os jovens “verde-rubros” podem ser considerados justos vencedores, pois foram a equipa que mais fez pela vida, apesar de o adversário ter lutado sempre até ao fim do jogo, na tentativa de evitar a derrota que o tempo de jogo acabou por confirmar.
O Caniçal que até teve o ascendente, durante um longo período da fase inicial, acabou por ceder às pretensões do adversário na etapa complementar, altura em que os maritimistas mostraram um melhor entrosamento e qualidade no passe.
A equipa de Nelson Caldeira, ontem reforçada com Zé Gomes, Balu e Debray, chegou à vantagem aos 49 minutos, através de uma grande penalidade assinalada pelo juiz da partida, a castigar uma falta de Márcio Camacho sobre Luís Olim na área de rigor. Na cobrança do castigo máximo, Victor Júnior não perdoou, atirando fora do alcance de Nuno Carrapato.
Em vantagem, os jovens “verde-rubros” lançaram-se no ataque e Marquinhos, aos 64’ enviou o esférico à trave.
Dez minutos volvidos, a equipa na zona Leste viu o ferro da baliza de Christopher devolver a bola, após um potente remate de Daniel.
O Caniçal tentava reagir, mas foi de novo o Marítimo quem ampliou a vantagem, por intermédio de Ruben, na execução de um livre indirecto, após um toque curto de Victor Júnior.
Contudo, de tanto porfiar o Caniçal conseguiu reduzir, aos 83’, aproveitando uma infelicidade de Balu, que introduziu a bola na própria baliza, após um pontapé de canto em que o brasileiro foi pouco lesto a afastar o esférico.
Até final, coube ao Marítimo B a última grande oportunidade que o jogo proporcionou, quando Victor Júnior fez a bola embater na barra, na cobrança de um livre directo.

Da incerteza à goleada foi um pequeno passo
O Beira-Mar criou as melhores oportunidades de marcar nos primeiros 45 minutos, mas Nuno Carrapato com duas excelentes intervenções evitou que Amílcar, no minuto inicial, e Duda, à passagem dos 5, chegassem ao golo.
A reacção do Caniçal foi muito ténue e apenas na marcação de um livre indirecto na área adversária, André Moreira, criou algum 'frisson'.
A equipa de Bizarro entrou com outra dinâmica na 2ª parte, e, aproveitando algum cansaço adversário foi avolumando o resultado. Contudo a partida poderia ter outro andamento se a uma displicência de Nuno Carrapato, Duda tivesse arte e engenho para marcar, quando a vantagem ainda era mínima.

Vantagem da primeira guardada na segunda
O Caniçal somou os três primeiros pontos da temporada ao receber e derrotar a formação do Maria da Fonte por uma bola a zero. Um tento marcado na primeira parte por Afonseca que aproveitou da melhor maneira uma desatenção do sector defensivo adversário, foi suficiente para a equipa da casa levar de vencida um adversário que se apresentou na Madeira interessado em disputar o melhor resultado possível.
A equipa madeirense esteve melhor na primeira parte, criou oportunidades para marcar mas os seus avançados não estavam com a pontaria afinada e foram várias as oportunidades desperdiçadas na primeira meia hora de jogo, onde a falta de eficácia ofensiva acabou por se fazer sentir. Ainda assim, aos 36 minutos de jogo, Edú ganhou uma bola no lado direito do seu ataque, penetrou na área adversária e ofereceu o golo a Afonseca, que não se fez rogado, marcando o primeiro e único golo da sua equipa.
O Maria da Fonte só conseguiu reagir à desvantagem na segunda parte, mas não foi feliz, pois os seus jogadores pareciam nervosos na hora de rematar à baliza adversária, tantas que foram as oportunidades de golo desperdiçadas. Por seu turno, o Caniçal pouco fez, já que se limitou a gerir a vantagem trazida da primeira parte, arriscando pouco no ataque à baliza contrária.
No final da partida, o resultado acaba por se aceitar, já que, apesar de tudo, o domínio do jogo acabou mesmo por pertencer à formação da casa.

Que venha o próximo...
Depois de um início prometedor, os terciários do Atlético Clube de Vila Meã, clube orientado pelo nosso bem conhecido Eduardo Luís foram completamente trucidados pelo melhor futebol e eficácia do conjunto madeirense.
O resultado poderá ser um pouco pesado, mas será um prémio para o futebol ofensivo patenteado pelo Caniçal ao longo de todo o período do jogo.



Os primeiros minutos pareciam fazer indiciar que o Caniçal não teria uma tarefa fácil. Logo nos primeiros segundos, Hélder Neto criou muito perigo. Contudo, logo aos 4’, Rui Manuel respondeu com uma incursão pela direita, que culminou com um remate, defendido para canto por Cajo. Na sequência do mesmo, Bruno Costa inaugurava o marcador. Os forasteiros ainda procuraram responder e aos 19’, Batiste obrigou Nuno Carrapato a grande defesa. Contudo, aos 36’ um duplo golpe atingiu o Vila Meã. Primeiro com a justa expulsão de Emanuel e na cobrança do livre, André Moreira dilatou a vantagem.
A segunda metade foi de maior domínio do Caniçal e se dúvidas ainda subsistiam quanto ao vencedor, ficaram dissipadas, quando Edú voltou a facturar para os da casa. A partir daí, ainda mais se acentuou o domínio dos visitados, que ainda viriam a marcar por mais duas vezes. primeiro por Valter Ferreira e já ao “caír do pano”, por Quaresma. Em sûmula, o Caniçal segue em frente na prova raínha do nosso futebol, com toda a justiça.
Trabalho positivo do trio de arbitragem.