Juniores (Campeonato Nacional 2008/2009)

A equipa do Marítimo que volta a participar no “nacional” da categoria na próxima época já conhece a ordem dos jogos e respectivos adversários. Assim sendo, os “verde-rubros” deslocam-se na 1.ª jornada (30 de Agosto) a Alvalade, para defrontarem o Sporting, recebendo na 2.ª ronda (6 de Setembro) a visita da União de Leiria. Na 3.ª jornada (13 de Setembro), terá lugar o derbi com o Nacional. O Marítimo recebe na 6.ª jornada a visita do Benfica.

Remodelação e contenção nos juniores do Marítimo
A equipa de juniores do Marítimo dá o 'tiro de partida' para a temporada 2008/09 esta manhã no campo do Andorinha (9h30) com vista a mais uma participação na zona Sul do campeonato nacional.
Renovação e contenção são as palavras que melhor definem o grupo que se apresenta hoje ao trabalho. O plantel surge muito transformado, já que continuam apenas seis elementos do grupo que garantiu a manutenção na I Divisão em 2008/2009. E só três deles foram presença assídua no 'onze' titular. A estes juntam-se nesta primeira fase, elementos recrutados ao 1º de Maio - uma espécie de equipa B do Marítimo - e alguns ex-juvenis, num total de 28 elementos.

Carlos Paulo sai
Estes passarão por um período de observação até à definição do grupo final que Daniel Quintal deseja que seja formado por 20 jogadores de campo e 2 guarda-redes.
Na equipa técnica registe-se a saída de Carlos Paulo, adjunto de Daniel Quintal, que deixa o clube por motivos pessoais. Entra Filipe Nogueira, um professor de Educação Física que já trabalhou no Marco de Canavezes.

Só madeirenses... para já
O Marítimo optou este ano por algumas restrições financeiras na equipa e para já não se prevê a contratação de nenhum estrangeiro para os juniores. Os três brasileiro da época anterior - Fidelis, Anderson e Mário - transitaram para a equipa B e em testes vão estar dois luso-descendentes.
Daniel Quintal aponta a manutenção como a meta, de preferência, como melhor equipa da Madeira.

Juniores do Marítimo recomeçaram trabalhos
Com uma alteração introduzida na equipa técnica, a saída do adjunto Carlos Paulo que vinha acompanhando Daniel Quintal desde os tempos da passagem do líder pelo CD Ribeira Brava, para a entrada de Filipe Nogueira, o Marítimo reiniciou ontem os trabalhos da nova temporada.
O Marítimo irá voltar a competir na I Divisão nacional júnior e tem, para já, um plantel composto por cerca de 30 atletas, alguns deles a cumprir um estágio de observação.
Os treinos decorrerão na pré-época no Campo do Andorinha e têm assentes a participação no IX Torneio Fernando Justino Ramos que se realiza nos dias 15 e 16 de Agosto, no Vale Paraíso.

No aproveitar esteve o ganho
Eficácia do Sporting decidiu jogo onde a vitória nunca esteve em causa


Daniel Quintal - treinador do Marítimo

Na primeira jornada do campeonato nacional de juniores, o Marítimo foi derrotado na academia de Alcochete, por 4-0, numa partida em que a diferença entre as equipas acabou ser de certo modo ajustável ao resultado.
Dois golos em cada parte, fizeram do conjunto verde e branco, uma equipa tranquila e que sabia bem o que queria, que era evidentemente, vencer e convencer.
O jogo começou com a equipa da casa a estabelecer um ritmo mais acelerado, que fazia recuar o seu opositor e mesmo antes do golo, que surgiu cedo, ainda foram os da casa a terem os melhores brindes, mas que por inoperância dos seus atacantes, só de livre, Michael Santos, fez levantar os fãs de verde.
Depois foi um mastigar de jogo, que nem atava nem desatava, parecendo que as equipas adormeciam na tarde calorenta.
Ao Marítimo falta um pouco mais de traquejo, pois houve momentos em que os miúdos madeirenses até acertavam com as triangulações, mas ficavam por ali.
Veio o descanso e ao que parece, o Marítimo, trazia uma lição mais empreendedora, pois dificultava mais as acções ofensivas dos da Academia. Mas do banco saltava um tal Dánilo, que apenas teve que estar cerca de 20 minutos em campo, para levar a melhor com Marco, que teve duas saídas em falso e como tal, a antecipação, foi importante para que o resultado, nos últimos dez minutos duplicasse.

Empate foi um mal menor
O jogo começou com 25 minutos de atraso, em virtude da falta de policiamento





Quem tivesse assistido apenas aos primeiros 25 minutos da formação júnior do Marítimo, neste seu segundo jogo para o campeonato nacional da categoria, dificilmente aceitaria outro desfecho que não fosse a vitória verde-rubra. Os jovens maritimistas, nesse período, apresentaram um futebol fluido e agradável, com boa circulação de bola e boa utilização dos flancos, reduzindo o União de Leiria ao seu meio-campo e à condição de equipa sem recursos. As oportunidades de golo, para o Marítimo, sucederam-se em bom número e, logo nos primeiros cinco minutos, em duas ocasiões, Dino e Tiago falharam de forma flagrante. Mais tarde, Graça, à sua conta, desperdiçou o golo em duas ocasiões, a primeira com a barra a travar o seu remate e a segunda com o guarda-redes leiriense a se opor com uma excelente defesa, mas a falta de eficácia foi fatal para a equipa orientada por Daniel Quintal, o que não faltou aos leirienses que, na primeira descida a sério à área madeirense, chegaram ao golo. Um tento bem construído pelo ataque forasteiro, com o possante Camané, mais alto que os centrais da casa, a cabecear com êxito.
Este golo teve o condão de causar uma autêntica metamorfose nas equipas. O Marítimo perdeu a clarividência nos seus processos, defendendo mal e apostando num futebol directo, condenado ao insucesso. Ao contrário dos leirienses, que ganharam tudo o que o Marítimo perdeu e foram mais fortes na segunda parte. Valeu a ponta final dos jovens maritimistas, que, em esforço, lograram evitar a derrota, mercê do central Miguel, que cabeceou com êxito uma bola cruzada por Michael, na execução de um livre. Um empate que acaba por ser um mal menor para o Marítimo e para o Leiria.

Opiniões
Daniel Quintal (treinador do Marítimo)
O Marítimo fez 30 minutos muito bons, com um jogo bastante equilibrado, com boas acções ofensivas, mas pecando na finalização. Após o golo e na segunda parte, a equipa teve sempre uma grande atitude, mas revelou alguma imaturidade, dando espaços no meio-campo, apenas conseguindo dar a volta na parte final do jogo.

Mário Artur (treinador do União de Leiria)
Resultado injusto, pois a União de Leiria foi a melhor equipa, a mais bem organizada. Mas é futebol, pois tivemos 10 segundos de desconcentração que nos custaram a vitória.

Quando poucos esperavam
Um golo ao anoitecer da partida, ofereceu ao Marítimo os seus primeiros pontos no campeonato. Acaba por ser um desfecho justo, se levarmos em linha-de-conta as alternâncias no domínio do jogo. Os verde-rubros inciaram muito bem a partida, efectuando uns primeiros vinte minutos de grande pressão e poderiam aí ter chegado ao golo, todavia, após o tento do Leiria, o Marítimo teve muitas dificuldades em encontrar-se e só um golo tardio, salvou a tarde.



O Marítimo entrou muito bem no jogo e nos primeiros vinte minutos criou sérios embaraços ao extremo-reduto dos leirienses.
Logo no primeiro minuto, Dino rematou junto ao poste. Três minutos volvidos, foi Tiago quem criou muito perigo. Aos 11’, Graça enviou a bola à barra. O Marítimo era o conjunto mais perigoso, obrigando o Leiria a actuar perto da sua área, de onde raramente saía. Todavia, com o passar do tempo, os visitantes foram equilibrando um pouco os acontecimentos. Apesar de tudo, foi dos madeirenses nova grande ocasião para golo, marcava o cronómetro 25’, mas Graça cabeceou sobre a barra. Não obstante, a primeira vez que o Leiria se aproximou da baliza de Marco facturou, num cabeceamento de Camará após centro de João Vieira. O Leiria cresceu e aos 39’ Cepeda em boa posição, rematou por alto, na resposta, Michael obrigou o guardião forasteiro a grande defesa. Nos últimos segundos da 1.ª parte, Figa rematou com Marco a meias com o poste, a negar o golo. Na segunda metade, o Leiria foi um conjunto a actuar com muita personalidade, praticando um futebol muito ligado e dispôs de alguns ensejos para sentenciar a partida. Todavia, o Marítimo teve o mérito de acreditar e aos 87 minutos, após um livre de Michael surgiu Miguel livre de oposição, a restabelecer a igualdade. Os derradeiros minutos foram frenéticos, com ambos os conjuntos a poderem fazer pender o “fiel da balança” a seu favor, contudo, até final o resultado não sofreria qualquer alteração.

Num jogo onde a atitude de todos os intervenientes foi exemplar, o empate acaba por ser o desfecho mais ajustado, pelo produzido, no cômputo geral. Na imagem, Dino conduz um ataque dos verde-rubros, apoiado por Rúben Ferreira e perante a expectativa de Brigído.

Cabinas
Daniel Quintal (treinador do Marítimo)
Fizemos trinta minutos muito bons, efectuando um jogo bastante equilibrado, com boas acções ofensivas, mas pecámos na finalização. Na segunda parte tivemos sempre grande vontade e atitude, mas acusámos alguma imaturidade, concedendo muitos espaços a meio-campo, tendo o adversário aproveitado para se organizar. Só na parte final é que conseguimos virar o jogo a nosso favor e aí tivemos várias situações. Vamos ganhar experiência com o decorrer do campeonato. Temos um equipa que a espaços mostrou coisas boas, mas temos muito trabalho pela frente.
Mário Artur (treinador do União de Leiria)
Foi um resultado injusto. A melhor equipa, aquela que melhor jogou, que teve solidariedade e foi unida, foi o União de Leiria. O futebol tem de ser 90’ de concentração e o Marítimo teve o seu mérito, porque acreditou, mas acabámos por perder dois pontos. Os nossos objectivos é ganhar jogo a jogo e depois no final fazer as contas.

Contra-ataque letal...
Numa partida muito disputada, os alvi-negros fizeram prevalecer um maior indíce de eficácia, e acabaram vencendo. O Marítimo lutou até final, mas não teve argumentos para superar a adversidade e acabou, uma vez mais, por claudicar. O Nacional mostrou ter um conjunto com muito potencial, bem servido tecnicamente e bem enquadrados tacticamente. Por outro lado, o Marítmo voltou a mostrar muitas lacunas no momento de finalizar e aí residirá a génese deste resultado negativo.



O Nacional começou bem o jogo e nos primeiros minutos criou perigo junto à baliza do Marítimo. Aos 7’, João Santos rematou sobre a barra. Aos 12’, foi a vez de Gonçalo na sequência de um livre, obrigar Marco a boa intervenção. Com o passar dos minutos, o Marítimo foi equilibrando os acontecimentos e esteve muito perto do golo, à passagem dos 20’, quando Aleksandar não susteve eficazmente um livre cobrado por Rúben Ferreira e Dino não consegui tirar o melhr proveito da situação.
Até que aos 29’ surgiu o primeiro golo da partida, numa infelicidade de Diogo após centro de João Santos. Todavia, a resposta não se fez esperar e pouco tempo volvido, o Marítimo restabelecia a igualdade, num cabeceamento colocado de Graça, após livre cobrado por Michael.
Apesar de tudo, os alvi-negros eram o conjunto mais incisivo e já bem perto do intervalo, Ricardo Drumond esteve muito perto do golo, primeiro num cabeceamento muito perigoso e depois num remate que saiu bem junto ao poste da baliza de Marco.
A segunda metade não poderia ter começado melhor para os nacionalistas, quando Amar aproveitou um ressalto na área para facturar. O Marítimo procurou reagir e aos 56’, Michael obrigou Aleksandar a defesa segura. Contudo, aos 64’, num contra-ataque veloz, João Santo solicitou a entrada de Barreto que rematou fora do alcance de Marco. O jogo ficou aí praticamente sentenciado, ainda que aos 72’, Hélder completamente isolado tivesse tido ensejo de reduzir e poder relançar a partida, tal não aconteceu e o Nacional geriu a partida até final.

Reacções
No final da partida, o treinador do Nacional, Ivo Vieira ao ser instatado a analisar as incidências da partida referiu que «a conquista dos três pontos era o nosso principal objectivo e felizmente acabou sendo conseguido». Sem se deter, considerou que «a vitória é sempre a nossa ideia, seja qual for o adversário. Tenho seguido uma linha de orientação, na integra, que é a procura da vitória, seja em que jogo fôr, sem qualquer tipo de ideologia, relativamente a quem defrontamos. Faço os jogadores acreditar que têm valor e que podem ganhar qualquer jogo. A minha filosofia vai ser sempre a mesma».
Por seu turno, o técnico dos verde-rubros Daniel Quintal afirmava que «provámos durante o jogo, que seria legítimo aspirar a ganhar. Foi uma partida bastante equilibrada, onde tivemos inúmeras oportunidades de golo. O Nacional foi mais eficaz do que nós e como tal podemos considerar a vitória justa. Penso que no futuro vamos ser capazes de jogar melhor. De qualquer maneira, estou satisfeito com a atitude e o empenhos dos jogadores, mas no futebol conquista-se pontos, marcando golos. Temos que melhorar na finalização. Vamos continuar a trabalhar com energia e com esperança».