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Futebolistas madeirenses apostam no estrangeiro

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Futebolistas madeirenses apostam no estrangeiro Empty Futebolistas madeirenses apostam no estrangeiro

Mensagem por danyro 17.07.08 16:38


Espírito de emigrante chegou ao futebol

Futebolistas madeirenses apostam no estrangeiro Futebol

Longe vão os tempos em que os futebolistas madeirenses se mostravam renitentes em 'emigrar'.
A falta de competição nacional retirava visibilidade, as longas e desgastantes viagens de barco ajudavam a esfriar o interesse por outras paragens. O 'espírito ilhéu' era demasiado forte, e embora ao longo dos anos muitos fossem tentando a sua sorte no Continente, ir para o estrangeiro foi tentação que nunca vingou por estes lados. Pelo menos entre os jogadores de futebol.
Mas as coisas foram mudando e hoje, chega à dezena os 'emigrantes' do futebol madeirense.
Cristiano Ronaldo é de longe o mais mediático, mas não é o único, pois nos últimos tempos têm sido vários os jogadores nados ou 'feitos' na Região a tentar a sua sorte lá fora: Danny (Dínamo Moscovo, Rússia), Márcio Abreu (Chernomorets Burgas, Bulgária), Manuel (Panthrakikos, Grécia), Nuno Viveiros (Politectnica Iasi, Roménia), jogam todos em equipas de primeira divisão nos países de acolhimento.
Mas há mais: Zé Vítor (Saint-Gallen, Suíça) e Paulinho ( FC Progresul, Roménia) jogam no segundo escalão dos respectivos países, Jerónimo e Valter, que na temporada passada representaram o Ribeira Brava e tinham como destino para 2008/09 o Pontassolense decidiram aproveitar a oportunidade e viajaram para o Chipre, onde irão representar o Asil Lysis, da II divisão daquele país.
Élio, jogador da AD Machico vai também tentar a sua sorte lá fora, mas neste caso bem mais perto. Vai ser jogador dos também madeirenses Leonardo Jardim e António Vieira no Desportivo de Chaves.
É um claro sinal de mudança, a começar pelas mentalidades.

Espírito está a mudar
Nicola Jokisc chegou à Madeira na década de 90 para representar o União, tendo passado também por Machico e Ribeira.
Ganhou uma 'costela' madeirense e por isso mesmo parte da sua actividade como empresário de futebol é centrada na Região. Trouxe mas também já levou alguns jogadores.
A sua explicação para esta «febre' emigrante é simples: "O espírito" das pessoas está a mudar".
O empresário não tem dúvidas que na Madeira proliferam os talentos. "Há muitos jogadores com qualidade e capacidade para jogar no estrangeiro" garante.
"Mas durante muito tempo era mais confortável ficar na Madeira. Os clubes pagavam bem, ficavam perto da família. Era só vantagens".
Só que a crise chega a todo o lado e, conforme explica Jokisic "isso também se sente no futebol".

Exemplo de Ronaldo motiva
"Há que sair para ganhar a vida isso ajudou a que se registasse uma mudança de mentalidade" considera o empresário.
O exemplo positivo de Cristiano Ronaldo, emigrante de sucesso no futebol madeirense é também apontado por Jokisic como factor de mudança: "Ele saiu na hora certa e o seu sucesso ajudou a levantar o moral a muitos jovens futebolistas madeirenses. O sonho de qualquer jogador é seguir-lhe as pisadas e isso faz com que se ultrapassem muitas dificuldades".
Perante tudo isto não tem grandes dúvidas que a partir de agora serão cada vez mais os futebolistas madeirenses a optar pelo estrangeiro. "Há jovens com muita qualidade e cada vez com maior visibilidade. O trabalho dos clubes e das próprias Selecções da Madeira tem aberto muitas portas e a partir de agora teremos cada vez mais jogadores a apostar no estrangeiro." confia.

Falta de oportunidades
Paulinho é dos melhores exemplos da nova vaga de 'emigrantes'. Formado nas escolas do Marítimo, no início da temporada 2007/08 decidiu tentar a sorte na II divisão do Chipre. "A partir do momento em que soube que o Marítimo não contava comigo a minha primeira opção foi sair" confessa. "Em Portugal a situação financeira dos clubes está cada vez mais complicada e, além disso, os clubes apostam cada vez menos nos portugueses. Porque os meus objectivos passam por mais do que jogar na II divisão ou na segunda Liga em Portugal, arrisquei sair".
Neste momento garante que não está arrependido da opção. "Apesar da experiência no ano passado não ter sido o que estava a espera em termos de condições, não estou nada arrependido. Arrisquei e este ano acho que já consegui dar mais um pequeno passo." Por isso mesmo deixa um conselho: "Quem quer ter sucesso no futebol tem de arriscar. Esta é uma porta de saída e uma aposta para o futuro".
Valter e Jerónimo, que deixaram a Madeira a caminho do Asil Lysis, seguiram as suas pisadas, num claro sinal que o jogador português é bem visto no Centro e Leste da Europa. Paulinho tem uma explicação simples para isso: "Pela minha experiência, quer no Chipre, quer na Roménia, noto que o jogador português tem mais bases do que os jogadores do Chipre ou da Roménia".
Acrescenta contudo um outro factor: "Nestes dois países acho que foi muito importante o sucesso do Ricardo Fernandes no Chipre e o exemplo do Cluj, que foi campeão com muitos portugueses. Esses dois exemplos ajudaram também a abrir muitas portas" sustenta.
Mas há também que tomar em conta Cristiano Ronaldo: "Não tenho dúvidas que o sucesso do Ronaldo ajudou e imenso. Como? Despertando a atenção dos clubes para os jogadores madeirenses".
Apesar de tudo isto, deixar a ilha nem sempre é fácil e durante muitos anos raros foram os jogadores que tentaram a 'aventura'. "Acho que na Madeira sempre existiram bons valores... apenas não havia pessoas capazes e sérias para apostar neles" entende Paulinho. "No meu caso o que mais ajudou e foi ter empresário desde os tempos da Selecção Nacional".
Curiosamente, neste momento até já nem tem empresário. "Há empresários que ajudam e outros que só querem o deles..." desabafa.
Mesmo assim, e graças à ajuda de um amigo, o empresário cipriota Foklis, deu o salto para a Roménia, onde assinou ontem pelo FC Progresul, equipa que vai lutar pela subida à I divisão. Resta saber quantos mais se vão seguir.
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