Clube Sport Marítimo - Equipa B

Torneio do Caniçal - 1ª Jornada: Caniçal 1 Marítimo B 1
Prémio para o empenho

Na segunda partida da tarde, Caniçal e Marítimo B empataram, com os golos a surgirem no curto espaço de 2’ e ainda dentro do primeiro quarto-de-hora da partida.
No seu todo, foi um jogo disputado a um bom ritmo, com o empenho total por parte dos intervenientes.
O primeiro golo, surgiu logo aos 11’, num remate colocado de Diego. O empate não tardou e 2’ volvidos, João Rui na cobrança de um livre, obrigou Cristopher a um defesa incompleta, surgindo Rui Manuel a cabecear para o fundo das redes.
O Caniçal foi o conjunto mais contundente, tendo obrigado Cristopher a defesas apertadas e de qualidade. Não se julgue por aí que o Marítimo B foi um conjunto inofensivo. Longe disso, sendo os exemplos mais flagrantes, a bola enviada ao poste por Víctor Júnior (48’) e uma oportunidade flagrante, por Marquinho (71’).

Torneio do Caniçal 2008 - 2ª Jornada: Ribeira Brava 0 Marítimo B 0
Ribeira Brava melhor

Empate a abrir a segunda jornada do Torneio do Caniçal nos jogos que ontem tiveram lugar no Campo dos Canhas. O Ribeira Brava e o Marítimo B foi um jogo característico de início de época que se saldou por um empate (0-0) que até se justifica, muito embora o Ribeira Brava tivesse sido uma equipa bem mais dinâmica e a ter as melhores ocasiões de golo para marcar ao longo de todo o encontro, nomeadamente na segunda parte.
Apenas por uma vez o Marítimo B -, que teve o presidente Carlos Pereira a acompanhar o encontro - dispôs de uma ocasião de golo, aos 81… minutos, mas Baba não conseguiu fazer o tento, graças também à boa intervenção do keeper Costinha.
Os viscondes revelaram melhor organização, uma melhor dinâmica com as transições ofensivas a serem feitas com mais propriedade, criando alguns embaraços ao Marítimo B e obrigando a algum trabalho a Christopher. A equipa de Joaquim Rodrigues mostrou igualmente um melhor trabalho nas bolas paradas, mormente nos livres, com as bolas a serem lançadas ao segundo poste e a criarem algum pânico ao adversário.
Adversário que, pese embora, tivesse um meio-campo povoado, sentia muitos dificuldades para organizar o seu jogo ofensivo. E nem a barra deixou de estar presente para salvar aquele que bem poderia ter sido o tento do Ribeira Brava…

Torneio do Caniçal 2008 - 3ª Jornada: Marítimo B 2 Pontassolense 2
Empate num bom ensaio



No seu cômputo geral, foi uma partida agradável de seguir, embora com os condicionantes inerentes a um início de época. Apesar disso, foi disputada em bom ritmo e teve emoção até ao derradeiro apito do árbitro.
Os jovens verde-rubros começaram da melhor maneira e logo aos 2 minutos, Baba testou a atenção de Vítor Pereira. Foi o pronúncia para o que haveria de suceder, poucos minutos volvidos, quando o mesmo Baba num remate muito colocado, bateu inapelavelmente o guardião da Ponta do Sol.
O Marítimo B detinha um ligeiro ascendente, até que aos 19’, Bruno restabeleceu a igualdade, também num golo de belo efeito. A partir daí, o Pontassolense cresceu e aos 29’, Mário Rondon cabeceou ligeiramente ao lado, após livre cobrado por Bruno. Na resposta Baba isolou-se, valendo a intervenção, com os pés de Vítor Pereira. Aos 42’ Marquinho voltou a aparecer isolado perante Vítor Pereira que, uma vez mais, esteve insuperável.
Na segunda metade, o Pontassolense adiantou-se no marcador, na cobrnça irrepreensível de um livre, por Rúben marcava o cronómetro 66’.
O Pontassolense mostrava mais argumentos, mas o Marítimo B nunca baixou os braços e teve como prémio dessa louvável atitude, o empate por João Diogo após centro de Diego no derradeiro lance da partida.

Torneio do Caniçal 2008 - 4ª Jornada: Marítimo B 1 Santana 0
Triunfo tranquilo
O brasileiro Lelo jogou 45 minutos na equipa B com uma exibição bastante discreta.



O Marítimo B venceu o Santana pela margem tangencial, numa partida pautada pelo equilíbrio, em que o golo, apontado aos 20 minutos por Helmute, ditou o vencedor justo. Apesar dos escassos lances de perigo ocorridos ao longo do encontro, o guarda-redes Santana foi quem teve mais trabalho. Os jovens maritimistas entraram a todo o gás e desde cedo instalaram-se no meio-campo contrário. Marquinho no flanco esquerdo e Victor Júnior no flanco oposto canalizavam a maioria das acções ofensivas da equipa, que tinham no quarteto defensivo adversário o grande obstáculo para transpor. Só um erro de marcação, aliado ao talento de Marquinho, permitiu aos verde-rubros a obtenção do tento que iria ditar o vencedor.
Os homens de Santana ainda reagiram, mas nunca mostraram argumentos para superar a 'dupla' Canelas/Ricardo Machado.
Na etapa complementar, com as muitas alteração efectuadas, o jogo perdeu qualidade, contudo, foram os verde-rubros que estiveram sempre mais perto da baliza adversária.
Aos 81 minutos, Gonçalo Faria, na transformação de um livre do meio da rua, protagonizou a Fábio a defesa da tarde.
Até ao final o cansaço dos intervenientes foi por de mais evidente e com isso o encontro chegou ao final sem que o marcador sofresse qualquer alteração, apesar do inconformismo patenteado pelos homens do Santana. Arbitragem regular.

Reacções
Nelson Caldeira (Marítimo B)
A primeira parte traduziu um pouco aquilo que é o verdadeiro espírito da equipa e o seu modelo de jogo. Estamos satisfeitos por isso. Na segunda metade fizemos muitas experiências. Com isso, perdeu-se um pouco esses princípios mas os jogadores estão de parabéns pela entrega que tiveram em campo num dia em que o cansaço era muito devido às cargas de trabalho.

Gil Cunha (Santana)
Estávamos a jogar bem, cometemos um erro defensivo que nos foi fatal. Na etapa complementar treinámos um sistema alternativo que não foi muito bem conseguido. Contudo, os jogadores estão assimilando bem o trabalho, com a excepção dos erros defensivos, que temos cometido em demasia.

Torneio do Caniçal 2008 - 4ª Jornada: Marítimo B 1 Santana 0
Helmut na génese da primeira vitória

Numa partida movimentada e interessante de seguir, mormente ao longo da etapa inicial, um golo de Helmut foi o suficiente para os “bês” verde-rubros alcançarem a sua primeira vitória neste torneio de pré-época.
Com efeito, ambos os técnicos voltaram a aproveitar a oportunidade, para dar minutos competitivos aos seus jogadores, efectuando inúmeras alterações após o intervalo.
Fruto dessas mesmas mexidas, o futebol ficou mais confuso e foi menos interessante, embora fosse notório o empenho de todos os jogadores.
Apesar de tudo, foram criadas algumas ocasiões para golo. Aos 65’, um remate de Lelo levou muito perigo à baliza de Fábio. Aos 79’, Zé Estrela atirou forte, mas ao lado e no minuto seguinte Gonçalo Faria na cobrança de um livre, propiciou a defesa da tarde a Fábio.

Torneio do Caniçal 2008 - 5ª Jornada: Marítimo B 0 Camacha 1
Duplo significado: triunfo dos camachenses valeu também a conquista do torneio.

Camacha e Marítimo B disputaram uma partida com um forte ritmo competitivo, muito musculado, como se de um jogo oficial se tratasse, servindo para os técnicos das duas equipas tirarem as devidas ilações quanto à qualidade técnico-táctico dos seus jogadores.
Louve-se acima de tudo a atitude dos atletas das duas equipas, um válido contributo para o interesse que o jogo foi despertando, reforçado pela incerteza do resultado que pairou até final.
Uma vez que irá disputar o campeonato da III Divisão Nacional, a Camacha demonstrou potencial para a breve trecho regressar sem sobressaltos ao escalão que por mérito próprio lhe pertence.
Foi um jogo assim a modos da experiência (Camacha) vs irreverência (Marítimo), mas apesar do futebol mais consistente e melhor sincronizado dos camachenses, os verde-rubros jamais claudicaram e nos minutos finais poderiam ter chegado ao empate.
O golo que ditou a vitória da Camacha na partida e consequentemente no torneio foi apontado por Ludgero ainda nos primeiros quarenta e cinco minutos, num remate traiçoeiro e sem hipóteses de defesa para Chisthoper. Um tento solitário que valeu a vitória no jogo e no torneio.
Nos derradeiros minutos da partida, Miguel teve dois ensejos para rematar mas o esférico nunca levou a direcção desejada.

Reacções
Nelson Caldeira (treinador do Marítimo)
Não foi um jogo bem conseguido da nossa parte pois tivemos muitas dificuldades em nos adaptarmos ao vento. Alterámos o sistema táctico que não teve os efeitos desejados, pois não conseguimos colocar em campo o pretendido. As fortes cargas de treinos dos últimos dias obstaram que a disponibilidade dos jogadores fosse maior.
José Barros (Camacha)
Os meus jogadores realizaram um bom jogo colocando em prática o trabalho desenvolvido na pré-temporada. Naturalmente quando assim é os resultados aparecem. Louva-se a atitude do Caniçal na organização deste torneio. Apesar de todas as vicissitudes e problemas dos últimos dias fomos uns justos vencedores.

Ewerton à experiência na 'B'



O brasileiro Ewerton chegou ontem à Madeira para treinar à experiência na equipa B.
Aos 19 anos, o defesa-central que pertence ao Corinthians Alagoano, deseja seguir as pisadas do internacional português Pepe, que também chegou aos verde-rubros, proveniente deste clube brasileiro.
"Um jogador de técnica e forte na marcação", assim se define Ewerton que vem para a Madeira à procura do sonho de jogar na Europa.
"É um daqueles miúdos que vêm à experiência. Poderá ficar ou não", disse Carlos Pereira sobre o jogador que a partir de agora vai prestar provas na equipa B do Marítimo.

Bem melhor na segunda parte



O calor condicionou e, ainda por cima, era o jogo de estreia para as duas equipas na II Divisão Nacional. Duas equipas com projectos diferentes, mas ambos ambiciosos, se compararmos a ambição de uma equipa que se quer afirmar neste escalão (Caniçal) e uma outra (Marítimo B) preocupada com a formação.
Talvez por isso mesmo, a primeira parte foi fraquinha, jogada a um ritmo brando, com o futebol a ser explanado mais na zona central do terreno, e sem que qualquer das equipas lograsse criar grandes oportunidades para as balizas contrárias. Um ou outro lance mais 'picante' numa ou noutra baliza, foi tudo quanto se viu, já que as defesas normalmente se superiorizavam aos ataques.
A segunda parte foi diferente. Quiçá porque o Marítimo B marcou logo no reatamento da partida, na concretização de uma grande penalidade cometida de forma ingénua por Márcio Camacho sobre Luís Olim e que Victor Júnior converteu de forma exemplar.
O jogo então espicaçou, tornou-se mais interessante e mais emotivo, com o Caniçal a reagir, mercê também das alterações introduzidas na equipa pelo seu técnico, arriscando mais no ataque com as entradas de Afonseca e Edú. E foi este quem desde logo, avisou a defesa maritimista com um forte remate de fora de área que obrigou Cristopher á defesa da tarde. O jogo estava repartido e Marquinhos, naquela que foi a melhor jogada do encontro, feita ao primeiro toque, teve a oportunidade de ampliar a vantagem, mas o seu remate foi de encontro à barra da baliza defendida por Nuno Carrapato. Mas, logo depois, foi a barra, mas agora da baliza maritimista, quem travou um forte remate de Daniel e, deste modo, o Caniçal viu o empate lhe ser negado mais uma vez.
Estavam as coisas equilibradas, até que o jovem Ruben (um jovem ainda júnior), na cobrança estudada de um livre, arrancou um pontapé cruzado e rasteiro, que surpreendeu Nuno Carrapato.
Este golo aconteceu já nos momentos finais da partida, mas, logo em seguida, Balu, infeliz, ao tentar interceptar uma bola advinda de um pontapé de canto, a beneficiar os forasteiros, introduz a bola na sua própria baliza, traindo Cristopher. Um golo que, mesmo que faltando escassos minutos para o término do jogo, teve o condão de manter tudo em aberto, com o Caniçal ainda a acreditar que o empate era possível. Mesmo assim, o Marítimo B esteve à beira de acabar com todas as esperanças do Caniçal, não tivesse Vítor Junior pouca sorte, quando atirou viu um seu remate, na execução de um livre directo, parar na barra da baliza do veterano Nuno Carrapato. Ao invés, ao Caniçal faltou mais clarividência e mais objectividade para dar a volta aos acontecimentos.
Em suma, um jogo que, pela produção das equipas na segunda parte, merece nota positiva e com resultado que acaba, de alguma maneira, por trazer justiça aos vencedores.

Reacções
Para Nelson Caldeira, treinador do Marítimo B, a estreia na presente edição da II Divisão foi positiva. "Estou muito satisfeito com o desempenho dos meus jogadores, em condições muito difíceis, face ao calor que se fez sentir", sustenta.
Depois: "Conseguimos ultrapassar as dificuldades com o esforço de todos os jogadores e chegar a uma vitória que, espero, sirva de mote para uma boa época, face ao equilíbrio previsto numa Série muito difícil, em que todos os pontos serão muito disputados".
De resto, o técnico maritimista, que tem como objectivo alcançar um lugar entre os seis primeiros, alerta para a necessidade de "talvez serem necessários mais pontos do que na época passada".
Nelson Caldeira mostrou-se agradecido ao técnico principal pela cedência de alguns elementos. "Tivemos lesões nos nossos centrais e tivemos que ter uma boa articulação com a equipa A, de forma a colmatar estas brechas".
Bizzaro, que voltou a um complexo que conhece bem, não estava tão satisfeito como o seu homólogo do Marítimo. "Aconteceram coisas boas e outras menos boas, como é normal nesta fase. Penso que fizemos 35 minutos iniciais muito bons, não me lembrando de qualquer lance de perigo por parte do Marítimo, enquanto a minha equipa criou três situações para fazer golo". O treinador do Caniçal fala, depois, que a equipa perdeu-se um bocado, mas lamenta a falta de sorte. "Não gosto muito de agarrar-me à sorte ou azar, mas um facto é que este factor não nos bafejou, já que mandamos umas cinco bolas aos postes e perdemos o jogo".
Os objectivos do Caniçal são claros para Bizarro, já que passam pela equipa alcançar um lugar entre os seis primeiros. "Claro que há outras 11 equipas com esta ambição, mas julgo que o Caniçal, que tem uma equipa nova do meio campo para a frente, tem condições para lá chegar.

Triunfo inquestionável



O Marítimo B entrou com o pé direito no campeonato nacional da II divisão, série A, batendo ontem o Caniçal, por 2-1, num derbi bem disputado, onde as duas equipas se empenharam ao máximo, procurando o melhor resultado.
Apesar de ser início de época, o futebol praticado pelas duas equopas foi de razoável qualidade, sobretudo na segunda parte, fase que coincidiu com os três golos que o jogo produziu.
Os jovens “verde-rubros” podem ser considerados justos vencedores, pois foram a equipa que mais fez pela vida, apesar de o adversário ter lutado sempre até ao fim do jogo, na tentativa de evitar a derrota que o tempo de jogo acabou por confirmar.
O Caniçal que até teve o ascendente, durante um longo período da fase inicial, acabou por ceder às pretensões do adversário na etapa complementar, altura em que os maritimistas mostraram um melhor entrosamento e qualidade no passe.
A equipa de Nelson Caldeira, ontem reforçada com Zé Gomes, Balu e Debray, chegou à vantagem aos 49 minutos, através de uma grande penalidade assinalada pelo juiz da partida, a castigar uma falta de Márcio Camacho sobre Luís Olim na área de rigor. Na cobrança do castigo máximo, Victor Júnior não perdoou, atirando fora do alcance de Nuno Carrapato.
Em vantagem, os jovens “verde-rubros” lançaram-se no ataque e Marquinhos, aos 64’ enviou o esférico à trave.
Dez minutos volvidos, a equipa na zona Leste viu o ferro da baliza de Christopher devolver a bola, após um potente remate de Daniel.
O Caniçal tentava reagir, mas foi de novo o Marítimo quem ampliou a vantagem, por intermédio de Ruben, na execução de um livre indirecto, após um toque curto de Victor Júnior.
Contudo, de tanto porfiar o Caniçal conseguiu reduzir, aos 83’, aproveitando uma infelicidade de Balu, que introduziu a bola na própria baliza, após um pontapé de canto em que o brasileiro foi pouco lesto a afastar o esférico.
Até final, coube ao Marítimo B a última grande oportunidade que o jogo proporcionou, quando Victor Júnior fez a bola embater na barra, na cobrança de um livre directo.

Empate monótono
Não foi um bom espectáculo de futebol aquele a que se assistiu na tarde de ontem na Ribeira Brava, bem pelo contrário. O futebol mostrado pelas duas equipas foi de pouca qualidade e com muito poucas oportunidades de golo, quer para uma, quer para outra equipa. Ainda assim, acabou por ser a formação da casa, o Ribeira Brava, a estar por cima nos primeiros quarenta e cinco minutos de jogo, isto apesar de pouco mostrar em termos de eficácia, como foi o exemplo um remate de Cláudio, ainda aos 10’ de jogo, a proporcionar uma boa defesa a Marcelo. Na sequência do pontapé de canto, Celsinho, que tinha tudo para fazer o golo acabou por rematar por cima da baliza defendida pelo guarda-redes brasileiro do Marítimo. De resto, e em termos de oportunidades de golo, apenas mais uma a registar nesta primeira parte e novamente para o Ribeira Brava, por intermédio de Fernandes para outra boa defesa de Marcelo.
Na segunda parte, pensava-se que o futebol iria mudar, mas as oportunidades criadas no reatamento por Baba e ainda por Mendy, foram “sol de pouca dura” e o jogo rapidamente entrou novamente numa monotonia que roçava o desespero dos muitos espectadores que mereciam mais, em termos de espectáculo praticado.
De resto, acabou por ser num lance de bola parada que o Marítimo chegou à vantagem no marcador. Estavam decorridos 71’ de jogo, quando na sequência de um pontapé de canto, Luís Olim emendou para o fundo da baliza defendida por Cleiton. O golo era de certa forma injusto para a equipa da casa que esteve sempre melhor que os “verde-rubros”, mas a sorte do jogo estava mesmo do lado do Marítimo B. O Ribeira Brava reagiu, como seria de esperar, e, aos 85’, Mendy marca para a sua equipa, num lance em tudo semelhante ao golo do Marítimo. Sem oposição na área o ponta-de-lança limitou-se a empurrar a bola para o fundo da baliza defendida por Marcelo.
O empate, no final, acaba por se aceitar, no entanto, a qualidade do espectáculo deixou mesmo muito a desejar, quer pelo Ribeira Brava, quer pelo Marítimo, e assim sendo, a repartição de pontos é de todo justa.

A justiça esteve nos pés de Mendy



Pelo nível e desenrolar do jogo entre Ribeira Brava e Marítimo B, não seria justo que uma das equipas saísse do Centro Desportivo da Madeira com os três pontos. No entanto, esse cenário chegou a ser uma realidade durante 13 minutos e não fosse o 'justiceiro' Mendy, os verde-rubros conquistariam mesmo o triunfo. Assim, o empate acaba por assentar que nem uma luva aos desenrolar dos acontecimentos. Nenhuma equipa jogou o suficiente para merecer a vitória, mas a derrota também seria um castigo demasiado pesado.

Primeira parte para esquecer
Se o jogo já não foi famoso, então a primeira parte devia ser, simplesmente, eliminada desta história. Nesse período, os tímidos ataques, de lado a lado, não tiveram qualquer consequência. Ainda assim foi o Ribeira Brava que chegou mais vezes até à baliza de Marcelo. Os verde-rubros apresentavam ainda mais dificuldades para circular a bola e prova. Como consequência, o primeiro remate digno desse nome aconteceu apenas a dez minutos do intervalo. E por aqui fica a história de 45 minutos quase sempre mal jogados.
Logo nos minutos iniciais da segunda parte, as duas equipas demonstraram que queriam fazer bem melhor. Talvez por isso foi uma questão de tempo até começar a surgir os primeiro lances de verdadeiro perigo... os tais que levam público aos estádios.
Num espaço de dois minutos, tanto o Marítimo B como o Ribeira Brava podiam ter inaugurado o marcador. A primeira das situações pertenceu ao maritimista Baba que isolado e perante a saída de Nilson tentou o 'chapéu', mas sem sucesso... muito por culpa do guarda-redes da equipa da casa. Quando, no cronómetro assinalava apenas mais um minuto, foi a vez do Ribeira Brava ameaçar através de um cabeceamento de Mendy que passou ligeiramente ao lado da baliza de Marcelo.

Últimos 20 minutos de emoção
Estava dado o mote para um espectáculo melhor. Mas depois desta 'adrenalina' inicial tudo voltou praticamente à estaca zero. E quando o nulo parecia ser o desfecho mais do que provável, os últimos 20 minutos da partida devolveram a emoção e claro trouxeram os golos. O primeiro foi o do Marítimo e contou com a colaboração da defensiva dos ribeira-bravense. Luís Olim não esteve com meias medidas e surgiu onde não estava ninguém para encostar mesmo em cima da linha de golo.
Os jogadores do Ribeira Brava não baixaram os braços - nem mesmo depois da expulsão de Claudio - e acreditaram sempre na igualdade. A contrastar, os jovens maritimistas talvez pensaram que os três pontos já estariam no bolso. Resultado: a equipa da casa marcou mesmo o que acabou por trazer justiça ao resultado final. Até final do encontro, Marquinho teve nos pés a possibilidade de oferecer a vitória ao Marítimo B. Faltou frieza na hora do remate e assim, Nilson - que viu a bola passar perto do poste da sua baliza - agradeceu a falta de pontaria do avançado adversário.

Momentos
Primeiro remate do jogo (13) - Cláudio remata frontal e o guarda-redes Marcelo faz uma boa intervenção.
Cabeceamento de Fernando (25) - Fernando cabeceia entre jogadores do Marítimo B. Marcelo atento segura à primeira.
Sidnei remata por cima (35) - João Diogo sobe pela direita e efectua um cruzamento para o interior da área, onde Sidnei corresponde com um remate à meia volta que passa por cima da baliza de Nilson.
Babá falha o 'chapéu' (46) - Babá surge isolado frente a Nilson, tenta o 'chapéu', mas o guarda-redes do Ribeira Brava evita o golo do Marítimo B.
Mendy ameaça (47) - Após um cruzamento de Celsinho, na direita, Mendy cabeceia ligeiramente ao lado da baliza de Marcelo.
Golo do Marítimo B (71) - Vítor Júnior aponta um canto na esquerda, os defesas ribeira-bravenses não se entendem e Luís Olim livre, à boca da baliza e livre de marcação empurra para o fundo das redes.
Golo do Ribeira Brava (84) - Ludgero surge na esquerda, passa rasteiro para Mendy que sem marcação, não tem dificuldades para apontar o golo do empate.
Marquinho falha isolado (87) - Só tinha Nilson pela frente e rematou ao lado.

Árbitro
Esteve bem até ao intervalo, mas na segunda parte as coisas complicaram. Aos 65 minutos fica por assinalar uma grande penalidade cometida sobre Mendy, numa altura em que o Marítimo já vencia por 1-0. Perante os protestos, Marco Trombinhas, de Beja, entendeu que o jogador do Ribeira Brava tinha simulado a falta. Também nos segundos 45 minutos falhou nalgumas decisões, em prejuízo de ambas as equipas.

Ribeira Brava
Cleiton - Aos 46 minutos não se deixou surpreender com a tentativa de 'chapéu' de Baba. No lance do golo foi surpreendido pelo desvio de bola.
Celsinho - Exibição positiva. A defender não complicou. A atacar teve papel fundamental em vários lances.
Paulinho - Em certos momentos, falhou nas marcações. Subiu de rendimento na segunda parte.
Helvio - O capitão do Ribeira Brava mostrou atenção quando foi chamado a intervir. Exibição segura no centro da defesa.
Vítor Silva - Não esteve mal a defender, mas no aspecto ofensivo já não conseguiu ser tão consistente.
Dinarte - Boa visão de jogo. Os passes longos saíram na maioria das vezes acertados.
Diego - Exibição apagada. Esteve 58 minutos em campo, mas raramente foi capaz de desequilibrar.
Cláudio - Entrou bem na partida e foi dele o primeiro remate do Ribeira Brava. Ao longo do jogo não conseguiu ser constante. Acabou por ser expulso pouco depois do golo do Marítimo B.
Ludgero - Fica ligado ao golo de empate. Bom cruzamento para o interior da pequena área à procura de Mendy... e golo.
Fernandes - Bons pormenores. Em certas ocasiões optou pelos remates de longa distância, mas sem sucesso.
Mendy - Foi uma dor de cabeça para a defensiva maritimista. Aos 47 minutos ameaçou, aos 84 marcou mesmo.
Marco Freitas - Trouxe alguma velocidade e frescura.
Canas - Podia ter feito mais e melhor.
Cristiano - Foi mais uma opção para o ataque. Cumpriu.

Marítimo B
Marcelo - Seguro e atento. Com 13 minutos fez uma boa intervenção após remate frontal de Cláudio. Aos 25 correspondeu com uma boa defesa a um cabeceamento de Fernando.
João Diogo - Algumas indecisões e passes errados. Concedeu alguns espaços no seu flanco.
Ricardo Machado - Seguro a defender, não complicou. Realizou uma exibição positiva.
Luís Olim - Marcou o golo verde-rubro. Teve algumas falhas defensivas, mas na frente acabou por fazer o que outros não conseguiram.
Ruben Ferreira - Apostou pouco no aspecto ofensivo. Tal como o colega do centro da defesa, também teve alguma falhas.
Tito - Exibição pouco conseguida na primeira parte. Depois subiu um pouco de rendimento.
Sidnei - Bons movimentos no meio-campo. Exibição conseguida.
Balú - Começou bem, mas depois baixou de rendimento. No segundo tempo voltou a melhorar.
Vítor Júnior - Um dos melhores no Marítimo B. Mexeu com o jogo da sua equipa, facto pouco aproveitado pelo colegas.
Debray - Tentou mostrar serviço, mas será preciso mais para convencer Lori Sandri.
Baba - Teve o golo nos pés, mas não aproveitou. A tentativa de 'chapéu' a Nilson não resultou.
Marquinho - Falha incrível a três minutos do fim. Isolado podia ter feito bem melhor.
Helmute - Entrou com energia, mas causou pouco perigo para a baliza adversária.
João Diogo - Entrou para o lugar de Sidnei ainda antes do golo. Não trouxe grandes alterações ao jogo maritimista.

Reacções: Críticas à arbitragem
"Um empate com sabor a derrota". Foi desta forma que o capitão do Ribeira Brava, Helvio, caracterizou o jogo de ontem. Mas a arbitragem também não escapou às criticas do jogador: "Não falhou nada, apenas faltou sorte e mais uma vez estão todos contra nós. A comunicação social defende sempre a arbitragem e não é justo. Existem dois lances duvidosos na área do Marítimo B. Um sobre o Cláudio e outro sobre o Celsinho e neste o árbitro decidiu dar a lei da vantagem, algo que não e justo". "Jogámos sempre contra 14", acrescentou visivelmente agastado. Desde o início da pré-época, o Ribeira Brava leva dez jogos sem perder, um facto realçado por Helvio.

Resultado de acordo com o jogo
Para o treinador do Marítimo B, Nelson Caldeira, a sua equipa até fez o mais difícil, mas não conseguiu segurar a vantagem. "Quando o Rib. Brava estava a tomar conta do jogo conseguimos ter a felicidade de marcar o golo. Tivemos oportunidade para fazer o 2-0, mas fomos infelizes na finalização."
Na opinião de Nelson Caldeira o empate até acaba por ser o resultado mais justo. No entanto, não esconde um certo "amargo de boca", uma vez que a sua equipa deixou fugir os três pontos. Quanto às queixas da arbitragem, o técnico verde-rubro considera que se fosse para comentar a arbitragem, o Marítimo também teria razões de queixas em certos lances.

Boa casa merecia melhor espectáculo
As bancadas não estavam cheias, mas o número de espectadores devia chegar para fazer inveja a muitos jogos de divisões superiores. Muitos sócios e adeptos do Ribeira Brava, mas também alguns do Marítimo, cujo a equipa principal só joga no próximo dia 18 frente ao Valência.

Empate monótono
Não foi um bom espectáculo de futebol aquele a que se assistiu na tarde de ontem na Ribeira Brava, bem pelo contrário. O futebol mostrado pelas duas equipas foi de pouca qualidade e com muito poucas oportunidades de golo, quer para uma, quer para outra equipa. Ainda assim, acabou por ser a formação da casa, o Ribeira Brava, a estar por cima nos primeiros quarenta e cinco minutos de jogo, isto apesar de pouco mostrar em termos de eficácia, como foi o exemplo um remate de Cláudio, ainda aos 10’ de jogo, a proporcionar uma boa defesa a Marcelo. Na sequência do pontapé de canto, Celsinho, que tinha tudo para fazer o golo acabou por rematar por cima da baliza defendida pelo guarda-redes brasileiro do Marítimo. De resto, e em termos de oportunidades de golo, apenas mais uma a registar nesta primeira parte e novamente para o Ribeira Brava, por intermédio de Fernandes para outra boa defesa de Marcelo.
Na segunda parte, pensava-se que o futebol iria mudar, mas as oportunidades criadas no reatamento por Baba e ainda por Mendy, foram “sol de pouca dura” e o jogo rapidamente entrou novamente numa monotonia que roçava o desespero dos muitos espectadores que mereciam mais, em termos de espectáculo praticado.
De resto, acabou por ser num lance de bola parada que o Marítimo chegou à vantagem no marcador. Estavam decorridos 71’ de jogo, quando na sequência de um pontapé de canto, Luís Olim emendou para o fundo da baliza defendida por Cleiton. O golo era de certa forma injusto para a equipa da casa que esteve sempre melhor que os “verde-rubros”, mas a sorte do jogo estava mesmo do lado do Marítimo B. O Ribeira Brava reagiu, como seria de esperar, e, aos 85’, Mendy marca para a sua equipa, num lance em tudo semelhante ao golo do Marítimo. Sem oposição na área o ponta-de-lança limitou-se a empurrar a bola para o fundo da baliza defendida por Marcelo.
O empate, no final, acaba por se aceitar, no entanto, a qualidade do espectáculo deixou mesmo muito a desejar, quer pelo Ribeira Brava, quer pelo Marítimo, e assim sendo, a repartição de pontos é de todo justa.

Nélson Caldeira está satisfeito com o "desempenho formidável" dos seus pupilos



B. I.
Nome: Nelson Cândido Andrade Caldeira
Idade: 35
Equipa actual: Marítimo B
Clubes anteriores: Nacional (escolas de formação), Machico, Camacha e Marítimo
Performance na época em curso: 3 vitórias e 2 empates.

Esperava um início de temporada tão positivo?
Os onze pontos alcançados representam um desempenho formidável da equipa ao longo da pré-temporada e são o reflexo do trabalho realizado dentro de campo. A resposta está a ser muito positiva, mas estes reconhecimentos parcelares fazem somente um ponto da situação até à quinta jornada e, portanto, o mais importante será alcançar o objectivo final, de elevado grau de dificuldade.

De que forma é que lida com um projecto que exige constantes alternâncias de jogadores, jogo após jogo?
O aspecto crucial é o espírito que todos têm conseguido trazer à equipa, independentemente de durante a semana terem trabalhado mais com a equipa A, B ou inclusive com os juniores. Importante é ter a consciência de que estamos a defender um projecto importante para o clube, como é a difícil passagem dos juniores para o seniores, projecto esse que necessita de ser defendido todos os domingos.

Que opinião tem de um projecto que tem já dez anos de vida?
É fundamental para o Marítimo e para a formação de jovens jogadores madeirenses e outros que cá vêm ainda muito novos. Trabalhamos para a curto prazo integrar jovens na equipa principal do clube e, depois, a longo prazo, integrá-los numa esfera ainda mais alta como tem acontecido no passado.

Depois de vários anos como adjunto, assume com sucesso o papel de técnico principal. Voltaria a coadjuvar alguém?
O futuro é imprevisível. Estou cá (Marítimo) há dez anos e é com satisfação e orgulho que passei por diversos postos. Sempre o fiz com o mesmo pensamento: colaborar ao máximo no papel que me foi investido e ajudar a equipa a cumprir aquilo que pretende. É com satisfação que constato os objectivos alcançados na época passada, muitos destes jovens jogadores já conseguiram a sua estreia na I Liga, o ano passado foram sete os jogadores com quem, de alguma forma, colaborámos para transportar a esse patamar. Isso para dizer que sinto a responsabilidade de liderar um projecto altamente recompensador a vários níveis.

"Quero marcar muitos golos este ano"
Senegalês Baba evidencia ambição ilimitada e já pede a atenção de Lori Sandri



B. I.
Nome: Papa Babacar Diawara
Idade: 20
Naturalidade: Senegal
Equipa actual: Marítimo B
Posição: Avançado
Clubes anteriores: Ecol Footlibas Diop 10, Dakar Foot Club e J.A.
Golos marcados esta época: 4.

O avançado Baba tem estado em evidência na concretização dos inúmeros lances de golo que a equipa maritimista tem se revelado capaz de criar ao longo destas primeiras cinco rondas da prova.
Autor de um hat-trick, diante do Vianense, a apetência pelo golo deste jovem senegalês merece ainda maior relevo pelo facto de os graúdos - atletas da equipa principal - passarem por momentos conturbados a este nível.

Tem vindo a rubricar um bom início de época, como espelham os 4 golos marcados. Esperava tamanha produção?
Esperava sim. É bom marcar e ajudar a equipa, pois é para isso que trabalho durante os treinos. E um avançado tem sempre de fazer golos, não é? Não coloco limites e quando entro em campo acredito que posso ajudar a equipa.

Tem alguma marca de golos estabelecida?
Não tenho, mas desde que sejam muitos fico satisfeito. Quero marcar golos, mesmo muitos e vou fazer tudo para marcar o mais possível e ajudar a equipa a garantir os seus objectivos.

Sente-se ambientado ao Marítimo e à Madeira?
Pode-se dizer que sim. Estou cá há dois anos e todos me tratam bem. Não tenho razões de queixa, bem pelo contrário. A língua foi um obstáculo no início, mas com a ajuda dos meus colegas tudo se resolveu e agora até já falo um pouco de português. Claro que, por vezes, sinto um pouco de saudades da minha família, que está toda no Senegal, mas isso é normal.

Jogava futebol no Senegal antes de vir para o Marítimo?
Sim, desde pequeno. Sempre gostei de futebol e joguei em vários clubes do meu país antes de vir para Portugal.

É o único elemento da família ligado ao futebol?
Sim. Tenho dois irmãos mais novos e outros dois mais velhos. Mas só eu, o do meio, é que tentei fazer carreira no futebol.

Até onde é que a equipa do Marítimo pode chegar tendo em conta o bom início protagonizado?
Pode atingir o topo da classificação no final do ano. O início foi bom, mas acredito que ainda podemos mostrar um melhor futebol e manter a qualidade dos resultados. Temos uma boa equipa, com bons jogadores, enfim, tudo o que é preciso para continuar a ganhar jogos.

O que o fez ingressar no futebol português?
Tenho um primo em Lisboa e vim para Portugal já com a esperança de poder encontrar um clube que me pudesse ajudar a concretizar o sonho de jogar na Europa. O meu agente falou com os responsáveis do Marítimo, vim à experiência e acabei por ficar até este instante.

Já teve direito a algumas oportunidades na equipa principal, no decorrer da pretérita temporada. Espera nova chance este ano?
Claro que sim. Tentei mostrar valor no ano transacto. Dei o meu máximo, mas acabei por não conseguir ficar no grupo. Agora estou a tentar demonstrar valor para dar novamente o salto e conseguir agarrar a oportunidade de forma definitiva.